O anglicismo Mayexit, a padronização da toponímia, as proparoxítonas e o Festival de Cannes (também) em português
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O anglicismo Mayexit, a padronização da toponímia, as proparoxítonas e o Festival de Cannes (também) em português
1. Quando se caracteriza a ordem de palavras do português, costuma falar-se na ordem SVO, que é o mesmo que dizer que numa frase da nossa língua aparece primeiro o sujeito, depois o verbo e, eventualmente, os seus complementos e modificadores: «Ela apresentou a sua demissão na sexta-feira». Contudo, nem sempre é assim, pois sabemos que a inversão do sujeito é frequente nas interrogações – «Apresentou ela a sua demissão na sexta-feira?» – e até em certas declarações, como se pode confirmar no consultório, numa...
O léxico das eleições europeias, a luta estudantil pelo clima e as palavras espanéfico, espernético e espernéfico
1. As eleições para o Parlamento Europeu, que decorrem nos 28 Estados-membros da União Europeia de 23 a 26 de maio, trouxeram para a atualidade mediática vocábulos ligados a tendências políticas ou à ação política. A construção da União Europeia e das vicissitudes também linguísticas que esta organização tem procurado ultrapassar são aspetos que justificam a (re)leitura de alguns artigos e respostas disponíveis no arquivo do Ciberdúvidas: "União Europeia";...
O feminino de maestro, dez anos de Acordo Ortográfico,populismo linguístico no Brasil e Chico Buarque, Prémio Camões 2019
1. «Ele chegou a casa e sentou-se no sofá e descansou um pouco e...» – não haverá nesta frase excesso de ocorrências da palavra e? Uma nova resposta do Consultório define em que condições se pode repetir esta conjunção. Outras questões também fazem parte da atualização deste dia: como analisar a maneira de referir a ação associada à frase «meti-me a viajar»? E como descrever a apreciação expressa em «valeu a pena lutar»?...
A pluralidade dos estudos gramaticais, uma gramática para todos, um cómico exercício de tradução e os significados de redundância
1. A gramática e as suas áreas constitutivas têm, ao longo dos séculos, sido testemunhas de uma especialização cada vez maior. Ao longo dos tempos, os estudos gramaticais aprofundaram novas áreas de estudo no âmbito específico da gramática e também no da sua relação com outras disciplinas. Esta diversidade de abordagens que se tem desenvolvido nos estudos linguísticos está a par com a variedade de perguntas que chegam ao Consultório do Ciberdúvidas. Nesta nova...
A expressão «mundos e fundos», poesia entre pais e alunos, falar em público e o perfil de quem corrige erros gramaticais alheios
1. Os exageros podem ser literários – basta lembrar a hipérbole –, mas, no quotidiano, assalta-nos a desconfiança quando alguém desata a «prometer mundos e fundos», expressão que é o tópico de uma das cinco novas respostas do Consultório. Dúvidas também suscitam o verbo provar, a identificação de uma função sintática, as palavras que denotam os denominadores das frações e um caso de interrogativa indireta.
2. Entre alunos de 12, 13 ou 14 anos, terá a disciplina de...
Variação linguística do português, a expressão «poça de maré», a hipercorreção de «copo com água» e o termo desplante
1. A riqueza do português caracteriza-se, entre outros aspetos, pela variação que compreende, marca distintiva das potencialidades de uma língua dinâmica. Algumas das dúvidas colocadas no Consultório emergem da tentativa de compreender alguns aspetos desta diversidade, as suas origens e as suas margens. Tal atitude fica clara na tentativa de conhecer a origem da pronúncia da palavra esôfago, do português do Brasil, que contrasta com a pronúncia europeia...
O verbo apostar, uma confusão com o nome descrédito, palavras alusivas ao santuário de Fátima e o português no cinema
1. Será aceitável dizer-se «aposto em como consigo dar um salto»? Não será melhor «aposto que consigo dar um salto»? Um pouco de pesquisa histórica é capaz de mostrar que não há razão para rejeitar o uso de apostar em como em lugar de apostar que, conforme se conclui numa das novas respostas em linha no Consultório. Esta atualização traz ainda dúvidas acerca de uma oração relativa introduzida por cujo, do uso frásico do...
Usos do infinitivo pessoal, a expressão «campo pelado» e a diversidade geográfica (dos regionalismos às variantes da língua)
1. O infinitivo pessoal, ou seja, a forma flexionada do infinitivo, é um fenómeno linguístico particular da língua portuguesa que ocorre em situações específicas, mas que não deixa de gerar espaço para a liberdade expressiva e, claro, para hesitações dos falantes. É este facto que está na base da dúvida entre a escolha de «Trabalhavam para comer» e «Trabalhavam para comerem». Outras dificuldades podem também surgir quando se pretende classificar orações no quadro de uma abordagem gramatical...
A expressão «estar à porta», 20 regionalismos de Portugal, o português a perder-se no Porto e o inglês a ganhar pelos dicionários
1. «Estar à porta» é um uso mais correto do que «estar na porta»? A resposta não poderá ser categórica, como se observa no Consultório, que recebe ainda mais perguntas: como se usam os verbos indagar e abismar? Na frase «a personagem principal é a Sementinha», o predicativo do sujeito é realizado por que expressão? Como analisar e classificar os sintagmas «encontro de cientistas» e «encontro científico»? E por que razão se escreve coletânea...
Em louvor da língua portuguesa, o género das profissões e um episódio entre Augusto Abelaira e a gramática
1. A propósito do Dia da Língua Portuguesa e da Cultura, celebrado a 5 de maio, Margarita Correia, presidente do Conselho Científico do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), num artigo intitulado "Viva a língua portuguesa!" (originalmente publicado no Diário de Notícias de 5/05/2019), faz o ponto da situação relativamente a algumas ações levadas a cabo no âmbito da promoção da língua e do Acordo Ortográfico de 90, com especial destaque para o lançamento (em...
