Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Jacopo del Deo Médico Bolonha, Itália 232

Reparei que, nalgumas formas verbais que acabam por vogal + em, há a interposição de um /j/ entre vogal e em:

saem → /'sa.ɐ̃j̃/ → /'saj.ɐ̃j̃/

põem → /'põ.ɐ̃j̃/ → /'põj̃.ɐ̃j̃/

Sobre essa regra, tenho duas dúvidas:

1) É por causa do mesmo fenómeno que as formas verbais têm e vêm se pronunciam /'tɐ̃j̃.ɐ̃j̃/ e /'vɐ̃j̃.ɐ̃j̃/, em vez que /'tɛ.ɐ̃j̃/ e /'vɛ.ɐ̃j̃/?

2) Essa regra pode aplicar-se também a outros encontros vocálicos? Por exemplo, alguns falantes pronunciam a frase «é ela» como /ɛj 'ɛ.lɐ/, outros como /ɛ 'ɛ.lɐ/. Ambas as pronúncias estão corretas, ou uma é mais adequada do que a outra?

Obrigado

José Moreno Aposentado Évora, Portugal 283

Ouve-se cada vez com maior frequência desejar a alguém «tudo de bom!».

Como se vê, nem se trata de uma pergunta, pois nunca ouvi ninguém perguntar «tudo de bom?», mas de um desejo, habitualmente numa despedida ou como remate de uma conversa telefónica.

A minha questão tem a ver com a inclusão da preposição de na frase. Não seria suficiente e correto dizer-se só «tudo bom!»...?

E, já agora, pergunta-se: «tudo bom?» ou «tudo bem?»?

Muito obrigado!

Joaquim E. Oliveira Jornalista Lisboa, Portugal 164

Qual a grafia correta deste ser mitológico: Tifão, Tífon ou Tifeu?

Muito obrigado.

Maria Teresa Dangerfield Tradutora Londres, Inglaterra 253

Esta dúvida surgiu-me quando estava a falar com uma colega sobre um texto que ela escreveu e que li, com o propósito de o rever.

Uma das poucas questões surgidas versou a pontuação quando se usavam aspas. Esta é a frase:

«"Deve ser por isso que .... são iguais a ele.”, pensou.»

A minha colega argumentou que, quando uma frase entre aspas fica completa, a pontuação deve ficar dentro das aspas. Por isso, colocou um ponto final na frase que transcreve um pensamento, e uma vírgula a seguir.

Embora concorde com a afirmação de que a pontuação deve ficar dentro das aspas, tratando-se de uma frase completa, penso que este é um caso diferente, pois tem ainda a intervenção do narrador. Em minha opinião, o ponto final só deve ficar a seguir à intervenção do narrador, como acontece nos diálogos.

Estarei enganada? Será diferente quando se trata de transcrever pensamentos?

Ficar-vos-ei muito grata pela vossa ajuda.

Quim Fernández Tradutor Barcelona, Espanha 140

Em português de Portugal escreve-se "paternofilial" ou "paterno-filial"?

No dicionário online Priberam aparece paternofilial, mas na grande maioria de documentos que aparecem na net em português de Portugal a forma registada é paterno-filial, inclusivamente em documentos jurídicos.

Qual das duas formas é correta?

Obrigado!

Cláudio Nuno Maldonado Empresário Ericeira , Portugal 272

Tenho uma régua antiga em latão onde está escrito a palavra uma com h, ou seja, "huma".

Será que, por gentileza, me saberão informar em que data deixou de se escrever dessa forma?

Muito obrigado.

Gilda Pestana Professora S. Vicente - Madeira, Portugal 209

Em que contextos a palavra trás é um advérbio ou uma preposição?

Marlene de Fátima Formadora Chaves, Portugal 207

«A casa branca e cinzenta é nova, pertence à mãe da Cátia.»

Aqui o da que função desempenha? Como se pode classificar?

M. Margarida Velindro Rodrigues Professora Coimbra, Portugal 219

Na frase «Os adolescentes leem sentimentos, gestos e silêncios», posso considerar a presença de sinestesia?

Agradeço a vossa ajuda.

Tomás Carvalho Engenheiro Lisboa, Portugal 281

Há pouco escrevi a a seguinte frase:

«Há algo que possa fazer para me entreter no entretanto?»

Fiquei de imediato a questionar-me sobre se entreter e entretanto teriam a mesma origem etimológica.

Será que me podem esclarecer?

Obrigado.