A forma fixada pela tradição normativa é Gertrudes, conforme regista o Vocabulário da Língua Portuguesa (1966), de Rebelo Gonçalves. Este mesmo autor refere, como de uso popular, a forma Estrudes, mas não inclui "Gertrude" como eventual variante.
Gertrudes" é igualmente a entrada deste nome próprio no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa (2003), de José Pedro Machado, que lhe dá como origem o francês Gertrude, este, por sua vez, empréstimo do alemão Gertrud, por via alsaciana. O aportuguesamento exibe um -s, que Machado atribui à fonética popular (adição de um segmento no fim da palavra, ou seja, paragoge). Este autor menciona ainda que a variante Estrudes resultará de uma reinterpretação fonética do nome a partir de outra variante "G'trudes". Embora Machado não explique esta relação, é provável que, por queda do e da primeira sílaba (aférese), o segmento g (uma fricativa pré-palatal sonora) tenha ensurdecido por assimilação à consoante t, também surda, fazendo a palavra soar "chtrudes".
Como se disse, é nome de origem alemã, segundo ainda Machado (op. cit.) um composto dos elementos germânicos gari-, ger-, «lança», e trud-,«fiel». Deve a sua popularidade ao culto a Santa Gertrudes, que tem a sua festa a 16 de novembro (Machado menciona a data de 15 ou 16 de setembro, mas trata-se de engano).