Neste artigo, a consultora Inês Gama apresenta uma reflexão pessoal sobre os hábitos de leitura das gerações mais novas e a sua capacidade para ler os grandes clássicos.
«Algumas das palavras do Novo Testamento até já ocorrem em Linear B, na escrita dos tempos da Guerra de Tróia.»
Apontamento do classicista e professor universitário Frederico Lourenço no Facebook em 18 de setembro de 2024.
«Mesmo a flutuar num mar de equívocos, e além de todas as escritoras zombies, alegra saber e celebrar o facto de Florbela permanecer entre nós, com a sua poesia, o seu caminho ímpar, singular, no panorama literário.»
Artigo da professora e escritora Dora Gago, transcrito, com a devida vénia, da revista digital Algarve Informativo, com a data de 3 de agosto de 2024.
«A linguagem literária é o uso da língua em seu "estado de arte". É exatamente por esse motivo que, ao longo de dois milênios, ela serviu de modelo, de "ideal linguístico" para o chamado "bom uso" da língua registrado nas consagradas gramáticas normativas, que sistematizaram a "norma-padrão".»
O gramático brasileiro Fernando Pestana sublinha a importância que tradicionalmente se dá ao uso literário da língua para a elaboração da norma-padrão, neste apontamento publicado no mural do Facebook Língua e Tradição, com a data de 8 de maio de 2022.
«Para um país órfão de informações biográficas do seu poeta maior [Luís de Camões], esta primeira torna auspiciosa a investigação em que, finalmente, uma contemporânea avança e permite reconstituir em muito aquilo que se dizia ser impossível.»
Artigo sobre a biografia de Luís de Camões, de Isabel Rio Novo, da autoria do jornalista João Céu e Silva, transcrito, com a devida vénia, do Diário de Notícias de dia 8 de julho de 2024.
«É que, dos bancos das escolas aos bancos das universidades, das esplanadas da pátria aos universitários praxistas que ululam selvaticamente nas ruas das cidades e se rebolam nos jardins desta ou daquela alameda, dos jotinhas futuros vampiros da política aos aspirantes a milionários (é o dinheiro o único fito deste nosso tempo português), perguntemos: quem hoje, entre os 15 e os 35 anos ouviu Fausto?» – interroga-se o professor, poeta e ensaísta António Carlos Cortez acerca da importância que o legado do cantautor português Fausto (1949-2024) pode ter no plano da educação dos jovens. Texto transcrito com a devida vénia da coluna "Direto à Leitura", do Diário de Notícias de 6 de julho de 2024- Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945
«[...] [O] nome de Daniel Filipe persiste na nossa memória, não só dos que ainda se lembram do extraordinário A Invenção do Amor, extenso e torrencial poema que ele gravou em fita e viria a ser editado anos depois em disco, como do impacto dos seus livros A Invenção do Amor e Outros Poemas e Pátria, Lugar de Exílio (poesia em tempo de guerra) [...]» – escreve o jornalista Nuno Pacheco neste texto, publicado no jornal Público no dia 9 de maio de 2024, onde recorda a vida e obra do poeta cabo-verdiano. Mantém-se a norma ortográfica de 1945, usada pelo autor.
«Camões [...] partilha com Vergílio uma sensibilidade especial. E o seu poema dedicado a Bárbara segue a defesa vergiliana da beleza negra.
Ora, esta declaração de amor por uma mulher negra mexeu com as ideias feitas e com os preconceitos dos estudiosos de Camões.»
Artigo que faz parte de uma série que o professor universitário, classicista e escritor Frederico Lourenço dedica aos 500 anos do nascimento de Camões, no mural no Facebook. O presente texto, publicado em 21 de abril de 2024, diz respeito a um poema camoniano que contraria o estereótipo literário da beleza feminina branca e loira.
«Para a celebração [dos 500 anos de Luís de Camões] não interessa tanto o rigor (impossível de estabelecer) da data real do seu nascimento, mas sim a oportunidade que esta comemoração oferece aos povos lusófonos de relerem o maior autor da sua língua. Porque, na realidade, a melhor homenagem que podemos [fazer-lhe] é relermos a sua obra.»
Primeiro apontamento que o professor universitário e classicista Frederico Lourenço (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra) dedicou em 24 de março de 2024, no seu mural de Facebook, ao 5.º centenário do nascimento de Luís Vaz de Camões, provavelmente nascido em 1524. Texto aqui transcrito com a devida vénia.
«Agostinho da Silva [1906-1994] pertencia a outra estirpe de intelectuais: esses bem próximos da vida concreta das pessoas e que, na polis, dando a ler o seu Fernando Pessoa, compreendeu algo de simples e verdadeiro: a sociedade que criámos fez de nós exércitos prontos para a guerra: a guerra da competição, a guerra da economia que mata, a guerra do lucro e do dinheiro, da fama e da vida adulta.»
Reflexões do escritor, ensaísta e professor português António Carlos Cortez sobre o livro Um Fernando Pessoa, de Agostinho da Silva, na coluna "Direto à Leitura" do Diário de Notícias em 9 de março de 2024. Mantém-se a ortografia de 1945, seguida pelo autor.
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