Literatura - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Artigos sobre Literatura
<i>O Menino do Elefante</i>, de Luís Filipe Sarmento
Um grito de liberdade no trapézio da literatura
Por Dora Gago

«O Menino do Elefante é uma obra verdadeiramente necessária nos tempos que correm, delineando-se como um grito de liberdade imprescindível perante as sombras emergentes na actualidade» – afirma a escritora e professora universitária Dora Nunes Gago sobre este livro de Luís Filipe Sarmento.

Artigo inédito, cedido ao Ciberdúvidas pela autora, que o escreveu seguindo a norma ortográfica de 1945

Quem nos manda usar o português <br>que se fala em Lisboa?
Língua e autenticidade na escrita literária

«Tomar o português lisboeta como neutro, relegar o calão para as caves da produção literária, cria uma falsa neutralidade que tem como efeito literal a horizontalização de uma arte que não só se quer múltipla como se quer capaz de dizer a vida, com textura e corpo» – defende a escritora e crítica literária  portuguesa  Ana Bárbara Pedrosa, neste artigo de opinião à volta da importância que a representação da variação e dos desvios linguísticos pode ter na criação literária.

Texto incluído no jornal digital Observador em 5 de julho de 2025 e aqui divulgado com a devida vénia, escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

 

<i>O Avesso da Casa</i>, de Ozias Filho
Duas artes na interrogações de um tempo
Por Dora Gago

 «[O autor] não procura respostas, mas sim a indagação, num "processo de catarse criativa" (p. 14), que permite esse constante questionamento que alicerça a criação. Neste caso, essa indagação é feita através de duas partes, de duas artes: a poesia e a fotografia.»

Nota de leitura da professora universitária e escritora Dora Gago a respeito do livro O Avesso da Casa do autor luso-brasileiro Ozias FilhoTexto publicado em 3 de julho de 2025 na revista digital Caliban e aqui transcrito com a devida vénia, mantendo a norma ortográfica de 1945, seguida pela autora.

 
 

 

Breve nota de leitura sobre <i>Um lápis no Punho</i>, de João Ventura
Fragmentos de ficção crítica
Por Dora Gago

Um «riquíssimo livro-biblioteca (a reler e a revisitar)», constituído por «"inúmeras paisagens escavadas, gravadas no papel", cerzidas a lápis, por um “legente”, ou melhor, um leitor cheio de qualidades que transpõe para a escrita» – assim se refere a escritora Dora Nunes Gago a Um Lápis no Punho, do ensaísta João B. Ventura, numa nota publicada no Jornal do Algarve de 28 de fevereiro de 2025. Texto aqui partilhado com a devida vénia, mantendo a ortografia de 1945, adotada pela autora no texto original.

Uma cascata de música além do tempo
Sobre Eu sou Elvis, de D.H. Machado
Por Dora Gago

«Imergimos nesta “meditação”, dividida em sete partes, como uma espécie de andamentos musicais cujos títulos são versos profundamente simbólicos» – refere a escritora e professora universitária Dora Nunes Gago acerca do livro Eu sou Elvis, de D.H. Machado, que recria em língua portuguesa o que terá sido, em 1968, o regresso do cantor norte-americano Elvis Presley à atividade musical e ao estrelato. Recensão publicada em 29 de junho de 2025 na revista Caliban e aqui transcrita com a devida vénia, mantendo a ortografia de 1945, conforme o original. 

 

 

Ainda Camões: biografia imaginada (con)sentida
Uma fonte inesgotável de mitos

«Camões é fonte inesgotável de mitos, não apenas pelo seu percurso existencial, mas ainda pela epopeia poética em torno da qual se desenvolveu, desde a sua morte aos nossos dias, uma imagem nacional que contribuiu para a criação de um imaginário coletivo e de uma filosofia portuguesa em torno dos heróis nacionais, os lusitanos e a lusitanidade» – sublinha Ana Cristina Alves, investigadora auxiliar e coordenadora do serviço educativo do Centro Cultural e Científico de Macau neste artigo a respeito das recriações poéticas da biografia de Camões e da passagem do poeta por Macau.

Artigo publicado no jornal Hoje Macau em 17/06/2025 e aqui transcrito com a devida vénia.

 

 

 

O que podem as palavras?
Evocar as Novas Cartas Portuguesas
Por Dora Gago

«Hoje, acender o poder das palavras veiculadoras de valores de liberdade, de igualdade, de paz, revela-se cada vez mais necessário, perante tantos retrocessos a que se assiste, um pouco por todo o mundo, perante a aceitação passiva das maiores barbaridades» – defende a escritora e professora Dora Nunes Gago neste apontamento incluído no Jornal de Letras, n.º 1424, de 30 de abril de 2025 e aqui partilhado com a devida vénia.

Da magnífica arte de dialogar
Diálogos com Lídia Jorge, de Carlos Reis (breve apontamento)
Por Dora Gago

«O livro intitulado Diálogos com Lídia Jorge, da autoria do professor catedrático emérito da Universidade de Coimbra Carlos Reis, [constitui] uma publicação essencial, não apenas para alargarmos o nosso conhecimento da obra de Lídia Jorge, mas sobretudo, para nos enriquecermos com a discussão de temas atuais do mundo, da sociedade portuguesa, que nos ajudam a entender o passado e o presente e a equacionarmos o futuro.»

Comentário da escritora e professora universitária Dora Nunes Gago sobre Diálogos com Lídia Jorge, um lançamento das Edições Dom Quixote. Texto transcrito com a devida vénia do Jornal de Letras, n.º 1422, de 2 de abril de 2025.

Ana Paula Tavares
A propósito do lançamento de Poesia Reunida

«Paula Tavares é uma das maiores e mais deslumbrantes vozes da poesia em português. Seria fundamental distingui-la, celebrá-la, como merece. Julgo que estamos tão longe de lhe sermos justos. A sua Poesia Reunida está publicada pela Caminho, num objeto elegante, lindíssimo, e sinto que anda discreta nas livrarias, lenta.»

Artigo do escritor Valter Hugo Mãe, sobre a poetisa angolana Ana Paula Tavares e o seu último livro publicado, Poesia Reunida (Caminho). Texto transcrito coma devida vénia do JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias, de 2 de abril de 2025.

Camilo em fuga, com as mulheres e a traço grosso
Um retrato de Camilo Castelo Branco

«Escreveu Aquilino que a desgraça de Camilo provinha toda da natureza física degradada em que encarnara o seu espírito sublime» – regista* o jornalista e político português Alfredo Barroso.

* Nova versão de um artigo de 2015, reescrito e aumentado pelo autor, a propósito do bicentenário do nascimento de Camilo Castelo Branco — divulgado no Facebook e aqui partilhado com a  devida vénia. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.