Sara de Almeida Leite - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Sara de Almeida Leite
Sara de Almeida Leite
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Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Português e Inglês, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa; mestre em Estudos Anglo-Portugueses; doutorada em Estudos Portugueses, especialidade de Ensino do Português; docente do ensino superior politécnico; colaboradora dos programas da RDP Páginas de Português (Antena 2) e Língua de Todos (RDP África). Autora, entre outras obras, do livro Indicações Práticas para a Organização e Apresentação de Trabalhos Escritos e Comunicações Orais ;e coautora dos livros SOS Língua Portuguesa, Quem Tem Medo da Língua Portuguesa, Gramática Descomplicada e Pares Difíceis da Língua Portuguesa e Mais Pares Difíceis da Língua Portuguesa.

 
Textos publicados pela autora
<i>Mais Pares Difíceis da Língua Portuguesa</i>
Por Sandra Duarte Tavares e Sara de Almeida Leite

Dois anos depois de um primeiro livro sobre parónimos da língua portuguesa, Sandra Duarte Tavares e Sara de Almeida Leite desenvolvem neste novo volume mais 270 «pares difíceis» – e quantas vezes traiçoeiros – para o falante mais desprevenido. Por exemplo: qual a diferença de significado entre as palavras conceção e concessão? E em que contextos devemos usar os verbos avaliar e avalizar, ou os adjetivos lesado e lesionado? Esses são alguns dos pares difíceis da língua portuguesa cujas diferenças de sentido este livro procura esclarecer.

 «Pares difíceis», como lhes chamam muito apropriadamente as autoras, são palavras parónimas, ou seja, palavras com grafia e sonoridade muito semelhantes, mas com significados diferentes - tornando-se, por esse motivo, muitas vezes difícil utilizá-las de forma correta e adequada em todos os contextos.

«Esta segunda série – como se lhe refere Sandra Duarte Tavares – segue a mesma orientação do primeiro volume: de forma concisa e objetiva, não só explicita a diferença de significado entre certos pares de palavras que, a priori, parecem simples e até sinónimos (por exemplo, contagiar e contaminarruim e ruinososensível e sensitivo), como também elucida as diferenças de sentido entre outros vocábulos, menos usados em lingu...

<i>Como Escrever (Tudo) em Português Correto</i>
Um guia para a redação de 20 tipos de texto
Por Sara de Almeida Leite

Como Escrever (Tudo) em Português Correto, da autoria da professora universitária Sara Almeida Leite, publicado pela editora Manuscrito, condensa algumas das «dicas e conselhos práticos para [se] escrever 20 tipos de texto». Apresentado em forma de guia para a melhoria das competências de expressão escrita, integra um conjunto de informações, ferramentas, estratégias, exercícios e modelos que o orientarão desde o início até ao fim do processo de redação de qualquer texto, é assim resumido na respetiva sinopse:

«No dia a dia, na escola, no trabalho ou na vida familiar são vários os textos que temos de redigir: um pequeno recado, uma redação, uma ficha de leitura, um resumo da matéria, a ata da escola ou da reunião de condomínio, uma carta formal de apresentação e um curriculum vitae, um relatório para apresentar no trabalho, um requerimento formal ou simplesmente porque nos queremos aventurar na escrita e elaborar um poema ou um conto.

Todos nós escrevemos. Mas será que escrevemos de forma correta? Há regras básicas que é preciso seguir para escrevermos os nossos textos, em bom português, para que cumpram o seu objetivo, sejam legíveis e não atropelem a gramática. 

· Como organizar e planificar uma composição?

· Que vocabulário devo utilizar em cada tipo de texto?

· Quais os erros mais comuns de pontuação e ortografia que devo evitar?

· Como transmitir as minhas ideias da melhor forma através dos meus textos?

· Que cuidados devo ter quando redijo uma carta de ...

<i>Pares Difíceis da Língua Portuguesa</i>
Por Sandra Duarte Tavares e Sara de Almeida Leite

Livro de Sandra Duarte Tavares e Sara de Almeida Leite, docentes do Instituto Superior de Educação e Ciências e consultoras do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Transcreve-se a sinopse que as autoras disponibilizam no blogue que mantêm, Língua à Portuguesa.

 

Já alguma vez hesitou, quando estava prestes a utilizar a palavra renitente, e considerou que talvez fosse mais adequado dizer reticente? Sabe qual a diferença entre os verbos deferir e diferir? Nunca teve dúvidas sobre os contextos em que as palavras cota e quota podem ser sinónimas? E nunca se atrapalhou na escrita de palavras homófonas, como estrato e extrato?

É bem conhecida a semelhança que existe entre certas palavras, às quais se dá o nome de parónimos, cujas parecenças – que abrangem a pronúncia e a grafia – levam a que se torne muitas vezes difícil diferenciá-las e empregá-las com...

Precariedade... <br> por mais que haja quem a ponha em causa
À volta do barbarismo “precaridade”

«Baseado nas fontes por mim adoptadas (Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa, no S.O.S. Língua Portuguesa, da autoria de Sandra Duarte Tavares e de Sara de Almeida Leite escreveu o provedor do jornal “Público”, na edição do dia 24/08 –, malogrei na convicção de que a forma correcta era “precariedade”. Afinal, as duas formas são admitidas.»

Pergunta:

No livro didáctico Português sem Fronteiras II (COIMBRA, Isabel; Coimbra, Olga Mata, 65), há uma frase em que se diz: «Por isso tem de se telefonar para se saber a que dias é que há espectáculo.»

Gostava de saber se o primeiro se desta frase é partícula apassivante, ou símbolo de indeterminação do sujeito.

Se este se for apassivante, onde está o sujeito da frase?

Ou será que o verbo telefonar pode ser considerado como intransitivo e o se constitui então um símbolo de indeterminação?

Agradeço pela ajuda!

Resposta:

Na oração «tem de se telefonar», o se é pronome clítico que exprime o sujeito indeterminado (cf. Mira Mateus et alii, Gramática da Língua Portuguesa, Lisboa, Caminho, 2003, p. 445), pois o se representa o agente de telefonar (alguém que tem de telefonar).

Não se trata de partícula apassivante, pois não exerce funções de complemento agente da passiva. Se assim fosse, seria possível a estrutura passiva “alguém é telefonado”. Quando o se é partícula apassivante, o sujeito vem normalmente a seguir ao verbo. Por exemplo: «dão-se cãezinhos», «fazem-se chaves», «vendem-se terrenos», etc.

Telefonar é considerado um verbo tanto transitivo como intransitivo.

É um prazer ajudar!