Referi-me ultimamente ao crioulo de Ceilão (nome vernáculo da ilha referida), indicando até o melhor livro sobre o assunto, ou seja o «Dialecto Indo-Português de Ceilão», por Monsenhor Sebastião Rodolfo Dalgado, Lisboa, Imprensa Nacional, 1900. O grande orientalista refere-se-lhe como «português corrupto» que «falava e ouvia falar na cidade de Colombo, quando vigário geral e superior da missão portuguesa de Ceilão», treze anos antes de largar a ilha, e cita que «o indo-português é mais ou menos entendido por todas as classes na ilha», sendo até 1886 a língua favorita da igreja portuguesa da capital, acrescentando que «sempre foi empregada como meio de pregação e da propaganda pelas missões protestantes». Desconheço a situação actual.