Neste apontamento, a consultora Inês Gama aborda a língua usada pelos jovens na Internet.
«Passaram já dois anos, um pouco mais, e aprendi algumas palavras. Eis o meu vocabulário: um, dois, três, e «olá, meu amor». «Queria um abatanado, se faz favor.» Depois agradeço. Tenho um caderno onde guardo essas frases todas.»
Apontamento da jornalista arménia Raya Khatcharyan acerca da sua adaptação à língua e cultura de Portugal, num processo em que até a mudança de alfabeto, do arménio para o alfabeto latino, tem profundo impacto psicológico.
A propósito do julgamento do antigo primeiro-ministro português José Sócrates, leu-se a forma errónea "banca rota" num artigo de opinião. O consultor Carlos Rocha explica porque se escreve bancarrota, sem separar banca de rota.
«Quando buscamos as datas de entrada de cada palavra na língua [...], vemos sempre que as de formação popular são mais antigas que as de formação erudita. Estas foram convidadas a participar da festa do idioma principalmente no período renascentista, quando a língua passou a ser empregada em domínios intelectuais onde antes só vigorava o latim.»
Apontamento publicado em 5 de julho de 2025 no mural do autor no Facebook e aqui divulgado com a devida vénia.
O uso do comparativo de inferioridade de grande numa frase como «A minha casa é menos grande do que a tua» é aceitável? A professora Carla Marques aborda a questão no desafio semanal divulgado no programa Páginas de Português, na Antena 2, de 13/07/2025.
«Meu interesse aqui é tentar dar uma explicação sintática para esses fenômenos linguísticos ainda próprios da norma popular, da linguagem coloquial, sobretudo de pessoas com baixo grau de letramento – algumas até com diploma» – adverte o gramático brasileiro Fernando Pestana sobre as construções incorretas «para mim estudar», em lugar de «para eu estudar», e «o porquê ele faltou», em vez de «o porquê de ele faltar».
Reflexão publicada em 30 de junho no Facebook e aqui transcrita, com a devida vénia.
Diz-se "metereologia" ou "meteorologia"? A consultora Inês Gama responde a esta questão no desafio semanal divulgado no programa Páginas de Português, na Antena 2, de 6 de julho de 2025.
«O uso incontestavelmente estabilizado na norma culta é o grande ponto final da mudança linguística» – defende o gramático Fernando Pestana num apontamento dedicado à regência de apaixonar-se com a preposição em, uso que se verifica informalmente no português do Brasil. Texto incluído em 29 de junho de 2025 no mural Língua e Tradição (Facebook) e aqui divulgado com a devida vénia.
Haverá alguma diferença entre meias e peúgas? A distinção pode ter menos que ver com o significado e mais com o estilo da comunicação, sugere o consultor João Nogueira da Costa.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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