O verbo morrer pode ser construído com um grande número de preposições. No caso apresentado, as três hipóteses são aceitáveis, embora não sejam usadas com igual frequência, nem tenham exactamente/exatamente o mesmo significado. «Morrer de tuberculose» ou melhor, morrer de… é a mais frequente. É também a que tem um sentido mais linear: a preposição de ganha, aqui, um sentido causal, equivalendo a morrer de, a morrer por causa de; em morrer com… é transmitida a ideia de causa, mas também de modo, equivalendo, no caso em análise, aproximadamente a “Morrer tuberculoso”, em que o adjectivo adquire valor modal, como se fosse um advérbio de modo; morrer por… é a construção menos frequente, embora transmita a ideia de causa que está igualmente subjacente às outras duas expressões. Pode, ainda, associar-se-lhe uma ideia de processo: «morrer por tuberculose» é «morrer através de tuberculose». No entanto, a expressão morrer por… está muito associada a construções em que morrer surge em sentido figurado. Alguém pode morrer de amores por outrem. E há sempre alguém por quem cada um de nós não morre de amores… E há quem morra por um Ferrari… Por tudo isto morrer por é menos usada quando o verbo tem o seu sentido real.