Os conceitos de hiperonímia e hiponímia são os que se aplicam melhor à relação de arte com cinema, teatro, pintura, escultura ou literatura. Neste caso, não se trata de relações de todo-parte (holonímia-meronímia), porque estas, ao contrário das de hiperonímia-hiponímia (ou seja, de hierarquia), impedem a transmissão de propriedades semânticas da palavra semanticamente mais abrangente. Por exemplo, tampo ou perna (merónimos) referem partes de um todo a que se chama mesa (holónimo) sem serem subtipos deste todo. Contudo, se empregarmos cinema, a realidade em referência é um subtipo daquilo que o vocábulo arte designa.
Este comportamento é focado no Dicionário Terminológico, que define assim a relação de holonímia:
«As relações de holonímia/meronímia distinguem-se das de hiperonímia/hiponímia na medida em que nestas há uma transferência de propriedades semânticas que não se verifica naquelas. Por exemplo, "sardinha" é hipónimo de "peixe", porque também é "peixe". Já a palavra "escama" não pode ser encarada como um hipónimo de "peixe", uma vez que, apesar de ser uma parte do peixe (merónimo), não é um subtipo de peixe.»