Frederico Lourenço - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Frederico Lourenço
Frederico Lourenço
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Frederico Lourenço (Lisboa, 1963) doutorado pela Universidade de Lisboa, é especialista em Estudos Clássicos, além de ensaísta, tradutor e escritor. Traduziu a Ilíada e a Odisseia (Prémio D. Diniz da Fundação Casa de Mateus e Grande Prémio de Tradução APT/PEN), bem como a poesia da Grécia antiga, que selecionou para um volume intitulado Poesia Grega de Álcman a Teócrito.  Entre o seus livros de ensaios, contam-se Grécia Revisitada (2009), Estética da Dança Clássica (2014) e Livro Aberto: Leituras da Bíblia (2015). No domínio do relato de ficção ou autobiográfico, é autor de Pode Um Desejo Imenso, Amar não Acaba, À Beira das Estrelas e A Formosa Pintura do Mundo.

 
Textos publicados pelo autor
Camões: 500 anos
A releitura como homenagem

«Para a celebração [dos 500 anos de Luís de Camões] não interessa tanto o rigor (impossível de estabelecer) da data real do seu nascimento, mas sim a oportunidade que esta comemoração oferece aos povos lusófonos de relerem o maior autor da sua língua. Porque, na realidade, a melhor homenagem que podemos [fazer-lhe] é relermos a sua obra.»

Primeiro apontamento que o professor universitário e classicista Frederico Lourenço (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra) dedicou em 24 de março de 2024, no seu mural de Facebook, ao 5.º centenário do nascimento de Luís Vaz de Camões, provavelmente nascido em 1524. Texto aqui transcrito com a devida vénia.

 

Luís de Camões e «outra coisa»
A propósito da comemoração do 10 de Junho em Portugal

«Todos conhecemos o famoso verso do Canto VII d' Os Lusíadas: «numa mão sempre a espada e noutra a pena», com que Camões se descreve a si próprio. A maior parte da pessoas pensa: ah, pois! O grande herói da Índia, dos Descobrimentos, do Império! A espada e a pena, as armas e as letras! Só que não é nada disso. A espada de que fala Camões é outra espada.»

Apontamento do professor universitário, classicista, tradutor e escritor Frederico Lourenço a propósito da passagem de mais um 10 de Junho e dos tabus que rodeiam a interpretação da obra épica de Luís de Camões.

 

Salomé e a linguagem inclusiva
Sobre «discípulas e discípulos» na Bíblia
 «Há dias, reli a passagem de um profeta do Antigo Testamento, Joel, que atribui a Deus esta frase: «Profetizarão os vossos filhos e as vossas filhas... e sobre os Meus escravos e sobre as Minhas escravas derramarei o Meu espírito e profetizarão» (Joel 3).»
 
Apontamento do professor universitário, classicista, tradutor e escritor Frederico Lourenço sobre o uso de fórmulas de plural inclusivas nos textos bíblicos. Texto publicado pelo autor no seu mural de Facebook em 18 de janeiro de 2023. Mantém-se a ortografia de 1945, conforme o original.
<i>Posídon</i> vs. <i>Posêidon</i>
Como transcrever o nome do deus grego?

Publicação do professor universitário, classicista, tradutor e escritor Frederico Lourenço (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra) no seu mural de Facebook, a respeito do aportuguesamento do nome de um dos deuses da mitologia grega – Posídon ou Posêidon. Mantém-se a ortografia de 1945, adotada no texto original.

O Latim do Zero
Da Eneida a Vergílio em 50 Lições
Por Frederico Lourenço

Além da intensidade com que se entrega à investigação e à tradução dos textos em línguas clássicas, o professor universitário e classicista Frederico Lourenço (Lisboa, 1963) tem-se batido nos últimos anos pela recuperação do estudo do latim e até do grego no ensino não universitário português. A presente publicação – sob a chancela da Quetzal Editora –, decorre das dificuldades impostas pela pandemia de covid-19 e nasceu, como faz questão de frisar o autor, da decisão de prosseguir a docência em latim por canais digitais, não só em atenção dos seus alunos, mas também para o vasto público que já o segue pela Internet (ver aquiaqui e aqui). É, portanto, um curso de latim que o autor lança a todos como desafio e que se revela como um importante auxiliar do estudo autónomo (e exigente) desta língua-matriz da portuguesa – no fundo, correspondendo a uma preocupação pela produção de materiais acessíveis quer a estudantes quer a autodidatas.

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