Catacus, denominação de uma planta usada essencialmente na culinária alentejana, tem uma única grafia tanto para o singular como para o plural – catacus – como se verifica no Vocabulário Ortográfico do Português ou no Grande Dicionário da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado.
Note-se que o substantivo se forma a partir de cata, do verbo catar, com a junção de cus, em alusão ao facto de as folhas mais tenras e adequadas para a cozinha se encontrarem muito junto do pé, isto é, do "cu" da planta, na visão popular (Manuel Joaquim Delgado, A Linguagem Popular do Baixo Alentejo, 1951, pág. 83).
Sendo cus o plural de cu, a grafia com -z está, portanto, incorreta. No entanto, note-se que se encontram, tanto no singular como no plural, registos do substantivo grafado com -z – "catacuz", no singular, e "catacuzes", no plural (idem). Mesmo reconhecendo que a grafia com -z é errada, refira-se a razão provável de se formar o plural em -uzes (ou melhor, -uses): como se observa na obra de Manuel Joaquim Delgado, este plural incorreto – usado num contexto completamente informal – será formado por analogia à forma popular filhós – filhoses ou a casos (corretos) como o de giz – gizes.