Os escritores de língua portuguesa podem, mais uma vez, queixar-se do esquecimento da Academia Sueca, na atribuição do Prémio Nobel da literatura. Jorge Amado, José Saramago, João Cabral de Melo Neto, António Lobo Antunes – para só referir os mais citados, invariavelmente, na habitual bolsa das apostas dos noticiários – foram desta vez preteridos pelo italiano Dario Fo. Frustração deles e de todos os lusófonos seus leitores que, ainda por cima, voltaram a ouvir mal pronunciado o nome do inventor da nitroglicerina.
"Nóbel", porquê "Nóbel" (como se continua a dizer, erradamente, no audiovisual português) se a pronúncia portuguesa é /No-bél/ (o mais aproximada da pronúncia original)?!
Só uma explicação: ignorância e imitação do que se ouve em inglês. Tão asneirenta como a moda que pegou do "Gulbênkian", em vez de /Gulbenkiã/, como o próprio Gulbenkian pronunciava.
É esse o problema destes erros mil vezes repetidos...