1. Ao consultório, regressa a discussão do uso do masculino plural em referência aos dois géneros: será «todas e todas» mais correto que «todos»? Ou a escolha de um dos usos pouco tem que ver com a correção gramatical? Outro tópico retomado, mas numa perspetiva diferente: o da pronúncia das vogais átonas do nome da cidade turca de Antioquia. E volta o tema do emprego de obrigado, só que, desta vez, como substantivo. Completam esta atualização perguntas sobre a boa formação do adjetivo eudemónico – que, entre outras aceções, pode significar «relativo ao bem-estar» – e acerca do modo verbal mais adequado a uma oração começada por «não porque....» – «não porque seja...», com verbo no conjuntivo, ou «não porque é», no modo indicativo?
Imagem retirada e adaptada do sítio eletrónico espanhol Clases de Periodismo (18/12/2015).
2. Uma chamada de atenção para a Pedipedia, uma enciclopédia pediátrica em linha, lançada no dia 11 de dezembro p. p. na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa. Trata-se de um recurso com intuitos pedagógicos e acesso gratuito, concebido, segundo o respetivo texto de apresentação, «para apoio à prática clínica, à formação na área da saúde infantil e simultaneamente um meio de divulgar conhecimentos práticos na área da saúde às famílias (pais e cuidadores), às crianças, aos jovens e adolescentes». É de realçar o papel que este projeto atribui à língua portuguesa, como veículo internacional de informação especializada e, sobretudo, útil: «A Pedipedia pretende ser ainda um canal privilegiado de cooperação entre os diversos países lusófonos na área da saúde.»
Sobre o nome próprio Pedipedia, observe-se que a sua formação constitui uma amálgama de dois termos, pediatria, «especialidade médica que estuda as crianças e suas doenças» (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, 2001, s. v. pediatria), e enciclopédia, «obra que reúne considerável soma de conhecimentos» (idem, s. v. enciclopédia).
3. A apresentação do texto literário aos bebés? A pergunta causa estranheza. Que texto? Que literatura? Contudo, se falamos de língua materna conexões haverá, filamentos invisíveis, uma luz vibrátil do som da voz materna, no entorno familiar da língua. Este é o tema principal do programa Língua de Todos (transmitido pela RDP África, na sexta-feira, dia 14 de dezembro, pelas 13h15*; com repetição no sábado, 15/12), numa conversa com a professora Renata Junqueira de Souza. No Páginas de Português (nova emissão na Antena 2, no domingo, 16 de dezembro, às 12h30*; com repetição no sábado seguinte, 22 de dezembro, às 15h30), fala-se da diplomacia cultural em Macau, a partir de Macau, para o vasto continente chinês e para o arquipélago cultural dos países vizinhos, do Vietname à Indonésia. O Instituto Português do Oriente tem um novo diretor, Joaquim Coelho Ramos, e as relações entre Portugal e essa zona do globo é antiga de séculos. Por via dos interesses financeiros, das trocas económicas, da constelação de países da CPLP, das integrações regionais – União Europeia incluída – o idioma de Camões conhece um significativo interesse nas universidades chinesas. O Páginas de Português conversa com Joaquim Coelho Ramos, diretor do Instituto Português do Oriente.
* Os programas Língua de Todos, e Páginas de Português ficam disponíveis posteriormente aqui e aqui. Hora oficial de Portugal continental.
1. A história que Portugal e o Brasil partilham motiva uma dúvida relacionada com a possibilidade de existência de arcaísmos comuns entre as variantes do português de Pernambuco e a do português europeu. É esta mesma língua que leva falantes do lado de cá e de lá do Atlântico a colocarem questões sobre funções sintáticas: «Qual a função dos constituintes «de bobo» ou «linda» com o verbo fazer-se?» e «Qual a função de um constituinte dependente do adjetivo costumado?» A busca da correção da língua justifica a questão «Qual a melhor opção: «Devora-os a todos» ou «devora-os todos»?» e «Qual o gentílico do topónimo Lobão?» (respostas disponíveis no Consultório)
2. Na rubrica Controvérsias, regressamos ao tema do género na língua com um artigo de opinião (publicado originalmente no jornal Público) de António Bagão Félix, economista e professor universitário, que aborda ironicamente as possíveis consequências dos excessos associados ao princípio da linguagem inclusiva: desde as redundâncias, à hipotética formação de novas palavras, sem esquecer o uso de símbolos que buscam um género "neutro", como @, x ou até *.
3. A propósito ainda da visita do Presidente chinês Xi Jinping, José Ribeiro e Castro, político e advogado português, deixa, num artigo originalmente divulgado no jornal Público, dois grandes desafios: o desenvolvimento de zonas do interior do país em parceria com a indústria asiática e a aposta na aprendizagem do mandarim de forma alargada pelos jovens portugueses (acompanhada de uma política de promoção da aprendizagem do português na China), como forma de construir uma real vantagem para os portugueses no quadro do mercado global. Uma reflexão também sobre a importância do multilinguismo na economia e sociedade globais.
4. No âmbito da atualidade internacional, destaque para os eventos, em Lisboa, assinalando o 70.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento aprovado pela Assembleia Geral da ONU, a 7 de dezembro de 1948, em Paris (notícias aqui e aqui):
– A cerimónia comemorativa na Assembleia da República Portuguesa, a 10 de dezembro, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa;
– A entrega do Prémio Direito Humanos 2018 à Obra Vicentina de Auxílio aos Reclusos, numa sessão anterior à comemoração do aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos;
– O lançamento da obra Livres e Iguais – Os Direitos Humanos na Escola, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada e com ilustrações de Ana Seixas;
– A exposição 70 anos depois: o que ainda há por fazer? – organizada pela Rede Ação Jovem, uma rede de jovens ativistas da Amnistia Internacional, e com o objetivo de estabelecer um paralelo entre os 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e as ações desenvolvidas atualmente pela Amnistia Internacional ;
– Análises divulgadas pela comunicação social portuguesa a propósito do que ainda falta cumprir para que a Declaração se torne uma realidade, com especial destaque para os casos da violência sobre as mulheres, do racismo e da pobreza (no Diário de Notícias) e ainda o crescimento do discurso do ódio em Portugal (num alerta da Amnistia Internacional).
5. No domínio da literatura de língua portuguesa, registamos a atribuição do prémio Oceanos de Literatura 2018 à escritora brasileira Marília Garcia, pela sua obra Câmera Lenta. Na mesma cerimónia foram também anunciados os vencedores dos 2.º, 3.º e 4.º lugares deste prémio, atribuído anualmente desde 2002.*
* O prémio do 2.º lugar foi atribuído ao escritor português Bruno Vieira Amaral, com a obra "Hoje estarás comigo no paraíso"; para o 3.º lugar foi escolhido o poeta português Luís Quintais, com a obra "A noite imóvel"; e o prémio do 4.º lugar distinguiu o poeta moçambicano Luís Carlos Patraquim, com a obra "O deus restante". Mais pormenores aqui.
1. Estendendo-se também à atividade financeira, a tecnologia digital cunha, como sempre, a sua terminologia em inglês. Sem haver distinção gramatical de género nesta língua, que fazer, por exemplo, com o empréstimo blockchain («tecnologia de cadeia de blocos»)? Usá-lo como nome feminino, à semelhança da sua tradução para português? A questão, que pode não ter resposta óbvia, é comentada no consultório, onde se fala ainda da grafia do advérbio alacremente, se procura identificar a classe de palavra de «o outro», se avalia o uso de «chamar de» e se discute o contraste entre as orações coordenadas conclusivas e as subordinadas consecutivas.
2. Fazer o papel do Diabo não é tarefa fácil, porque exige conhecer-lhe o estilo e as palavras. Para os mais desassombrados, na Montra de Livros apresenta-se uma obra que reúne vocábulos incómodos e definições que só podiam lembrar àquele cujo nome convém não proferir: da autoria do norte-americano Ambrose Bierce (1842-1914), trata-se do Dicionário do Diabo, traduzido em português por Rui Lopes.
3. As Controvérsias disponibilizam um texto – transcrito do blogue Diário de um Linguista (5/12/2018) –, no qual o autor, o linguista brasileiro Aldo Bizzocchi, relaciona a variação linguística com a desigualdade social, defendendo o direito ao conhecimento e ao uso coletivos da norma-padrão.
4. Entre a rejeição liminar e o apoio ativista, assim se acolhem em Portugal os ecos das recomendações do movimento PETA para combater linguagem antianimal. Num documento originalmente escrito em inglês, esta organização não governamental dedicada aos direitos dos animais sustenta que as palavras têm o seu peso e que é preciso criar novas expressões, que substituam as alusivas a maus-tratos infligidos aos animais. Propõe, por exemplo, que em vez de se dizer «matar dois coelhos de uma cajadada» – em inglês, «to kill two birds with a stone» (em tradução literal, «matar dois pássaros com uma pedra») –, se passe a empregar qualquer coisa como «dar de comer a dois coelhos com uma cenoura», numa adaptação (muito livre) da versão em alternativa – «feed two birds with a scone» (literalmente, «alimentar dois pássaros com um scone»). Será a militância capaz de revolucionar as expressões idiomáticas e apagar a inscrição de tempos em que a humanidade se mostrava menos preocupada com os direitos dos animais?
5. Ainda no contexto da visita a Portugal de Xi Jinping, presidente da República Popular da China, uma chamada de atenção para o artigo que o político e advogado português José Ribeiro e Castro assina no Público de 6/12/2018, para defender o ensino do mandarim aos Portugueses como investimento em recursos humanos capazes de competir numa economia globalizada.
6. A atualidade fica também marcada por algumas notícias respeitantes à promoção internacional da língua:
– na Escola Internacional da ONU, em Nova Iorque, o português vai começar a ser ensinado como língua extracurricular, graças à ação conjunta das missões do Brasil e de Portugal;
– em Lisboa, no Instituto Camões, tomou posse em 6/12/2018 o novo diretor executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), Incanha Intumbo (na foto), assinalando nesta sua primeira intervenção pública o problema do financiamento do organismo e o seu empenho na «sensibilização» junto dos países-membros da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) que ainda não adotaram o Acordo Ortográfico de 1990.
6. Voltamos a lembrar que, no programa Língua de Todos, (na RDP África, sexta-feira, dia 7 de dezembro, pelas 13h15*; com repetição no sábado, 8/12), é entrevistado José Viale Moutinho, a propósito da publicação da Camiliana, pelo Círculo de Leitores. O Páginas de Português (na Antena 2, no domingo, 9 de dezembro, às 12h30*; com repetição no sábado seguinte, 15 de dezembro, às 15h30) foca o contacto fronteiriço entre o português e o castelhano numa conversa com a professora Iolanda Ogando, da Universidade da Extremadura.
* Os programas Língua de Todos, e Páginas de Português ficam disponíveis posteriormente aqui e aqui. Hora oficial de Portugal continental.
1. As palavras novas nascem das necessidades de comunicação. É neste contexto que, na presente atualização do Consultório, se analisa a possibilidade de formar o adjetivo preletivo a partir do nome preleção. Também a pronúncia de uma palavra "nova" para o falante pode dar azo a dúvidas: é o que acontece com a forma verbal esmero. O uso do singular no complemento do nome na expressão «crimes de leso-patriotismo» é alvo de explicação numa outra resposta. E a que classe de palavras pertence a expressão «graças a Deus» e qual a sua função sintática? Por fim, as orações de uma frase poética e a elevação do sujeito a complemento direto dão matéria para uma última questão.
Na imagem, pintura de René Magritte, Golconde, de 1953.
2. A questão das palavras que se gastam dá mote a um novo apontamento de Carla Marques, professora e consultora do Ciberdúvidas, desta feita à volta do verbo fazer, cuja interpretação exige, por vezes, um esforço interpretativo acrescido, disponível na rubrica O Nosso Idioma.
3. No mundo da lusofonia, registe-se a atribuição do Prémio Literário Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM)/ Eugénio Lisboa (2.ª edição) a Aurélio Manuel Furdela, contista e dramaturgo moçambicano, pela obra Saga d'Ouro. Um prémio que incentiva a criação literária moçambicana.
4. A propósito da difusão e alargamento da língua portuguesa no mundo, destacamos as seguintes notícias:
– No México, no próximo ano letivo (com início do verão de 2019), o ensino secundário orientado pela Universidade Latina da América passará a contar com o português língua estrangeira como disciplina obrigatória no ensino do "bachillerato" (correspondente ao ensino secundário), conforme noticia o Instituto Camões (ler nota informativa aqui);
– A criação de um leitorado de português no México, na Universidade de Guadalajara;
– O aumento da frequência de cursos de português na África do Sul, em resultado de um esforço para firmar a importância da língua portuguesa em África.
5. O programa Língua de Todos, que vai para o ar na RDP África, na sexta-feira, dia 7 de dezembro, pelas 13h15* (com repetição no sábado, 8/12), entrevista José Viale Moutinho, a propósito da publicação da Camiliana, pelo Círculo de Leitores, em quatro volumes. Páginas de Português, emitido pela Antena 2, no domingo, 9 de dezembro, às 12h30* (com repetição no sábado seguinte, 15 de dezembro, às 15h30), conversa com a professora Iolanda Ogando, da Universidade da Extremadura, sobre os portuguesismos e espanholismos que marcam os falares das gentes que habitam do lado de cá e do lado de lá do Guadiana e sobre a utilidade dos portuguesismos para ensinar o idioma de Camões como língua estrangeira.
* Os programas Língua de Todos, e Páginas de Português ficam disponíveis posteriormente aqui e aqui. Hora oficial de Portugal continental.
1. «Não gostar de tudo» será o mesmo que «não gostar de nada»? A diferença é comentada no consultório, cuja atualização inclui a análise de uma frase de Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett (1799-1854), um breve apontamento sobre a história da insólita grafia Bahia e o regresso das dúvidas ainda suscitadas pelo verbo contratualizar.
2. Na rubrica O nosso idioma, a jornalista Rita Pimenta explora a semântica do vocábulo combustível, na ordem do dia por causa dos distúrbios em Paris, em 1/12/2018, durante a manifestação dos «coletes amarelos» contra o aumento do preço dos combustíveis (texto transcrito do jornal Público, de 2/12/2018). Nas Controvérsias, outra mudança que se rejeita: a da alteração do nome de um velho largo em Lisboa, severamente criticada pela jornalista Ana Fernandes no Público de 28/11/2018.
3. Em Diversidades, a língua veicular do nosso tempo, o inglês, tem o seu perfil histórico traçado pelo professor universitário e tradutor Marco Neves, num texto que se transcreve com a devida vénia do blogue Certas Palavras.
4. A atualidade fica marcada neste dia pela visita oficial a Portugal do presidente da República Popular da China, Xi Jiping (na imagem, o nome China, em mandarim Zhōngguó). O contacto com a China tem motivado empréstimos vocabulares e a criação de muitas expressões, que já foram objeto de atenção no consultório e nas demais rubricas do Ciberdúvidas, a saber: "Marco Polo e o negócio da China"; "Iuane e yuan"; "O hífen em palavras como tinta da China"; "O sufixo -idade e o 'sentimento de ser chinês'"; "O gentílico de Nanquim (China)"; "Marco Polo, Angola e uma final do futebol português … em inglês". Sobre o intercâmbio linguístico com este país, tendo por centro o território de Macau, ler também "Macau, «enorme ponte virtual» entre a China e a língua portuguesa", "O português em África e na China, do ângulo de Macau", "Português Língua Estrangeira: negócio da China?", "O português na televisão e na China"; "A sintaxe do medo, o termo decrescimento e os palavrões na relação com o ser humano"; "O português em expansão, palavras de inadequado uso, o verbo desmoer e uma oração relativa 'bíblica'"; "O Português na China".
5. Continuando com temas da atualidade, refira-se ainda a Cimeira do Clima que a Organização das Nações Unidas realiza de 2 a 14/12/2018, em Katowice, na Polónia. Uma palavra recorrente nas notícias será com certeza descarbonizar, que denota a redução das emissões poluentes por ação humana. À volta do tema, sugere-se a consulta dos seguintes artigos e respostas: "Os adjetivos derivados de clímax: climáctico e 'climácico'" ; "..'Alterações climáticas' ou 'mudanças climáticas'"; "A formação da palavra edafoclimático"; "Condições atmosféricas"; "As acepções do adjectivo temporal"; "Condições edafoclimáticas" ; "O adjectivo climatérico"; "Do clima à ortografia". E, à medida que 2018 chega ao seu termo, aparecem as já tradicionais listas de candidatas à palavra do ano, salientando-se cinco entre elas, no que diz respeito a Portugal. Trata-se da tradicional iniciativa da Porto Editora, conforme uma notícia do jornal digital Observador: assédio, toupeira, professor, paiol e populismo. Para saber porquê, ler aqui.
1. No Consultório, identificamos dissomia como a palavra procurada por um consulente para traduzir um termo do francês. Indaga-se, ainda, a origem da expressão «grande soda», a regência do verbo dignar-se (com preposição a, de ou sem preposição) e a grafia de um topónimo alemão (Listenstaine ou "Lichtenstein"?).
2. Diferentes rubricas do Ciberdúvidas apresentam atualizações:
– A mais recente publicação de Manuel Monteiro, revisor linguístico e formador, intitulada Por Amor à Língua, é apresentada na Montra de Livros, numa apreciação que equaciona pontos fortes e fracos de um livro que procura diagnosticar e corrigir os vícios da «linguagem que por aí circula», como se refere no subtítulo;
– A confusão entre lasso e laço, identificada na notícia da edição digital de um jornal desportivo, motiva um novo apontamento no Pelourinho, onde se dá conta das diferenças entre as duas palavras homófonas;
– No Correio, debate-se uma questão de ordem político-económica que busca razões para não serem vendidas obras portuguesas no Brasil.
3. Entre as atualidades no âmbito da língua portuguesa:
– A Universidade Aberta está a liderar a criação de uma rede de ensino a distância em conjunto com seis instituições de ensino superior de países de língua oficial portuguesa. Este projeto estuda a criação de cursos livres, licenciaturas, mestrados e mesmo doutoramentos, que poderão ser frequentados nos países lusófonos a partir de casa;
A propósito de ensino a distância, lembramos o projeto Ciberescola da Língua Portuguesa, que oferece materiais gratuitos de apoio à aprendizagem do português, bem como cursos de Português Língua Estrangeira (PLE) a alunos adultos, dados através de videoconferência.
– Num artigo publicado na sua página, a Vortexmag recorda-nos que o sítio BuzzFeed incluiu em 2015 a palavra desenrascanço entre as "28 mais belas palavras que a língua inglesa deveria roubar" ao japonês, ao francês, ao indonésio, entre muitas outras línguas. São palavras belas sem tradução para a língua inglesa e que são explicadas aos leitores por meio de paráfrases. A palavra desenrascanço foi apresentada como «improvisação de última hora de uma solução apressada mas perfeitamente eficaz» (tradução proposta no artigo sobre o assunto) significado a que se segue a referência à conhecida personagem fictícia de uma série dos anos 80, MacGyver, mestre na resolução improvisada de problemas complexos, no desenrascanço, diriam os portugueses (cf. lista de palavras selecionadas aqui).
Uma questão sobre o verbo desenrascar e a sua origem passou já pelo Consultório e a seleção da palavra pelo sítio BuzzFeed foi também devidamente assinalada (aqui).
4. Destaque também para o programa Língua de Todos, que entrevista Iolanda Ogando, da Universidade da Estremadura, de Badajoz, sobre os portuguesismos como estratégia para a reivindicação da literatura nas aulas de Português como Língua Estrangeira (na RDP África, na sexta-feira, dia 30 de novembro, pelas 13h15*, com repetição no sábado, 1/12). No programa Páginas de Português, emitido pela Antena 2, no domingo, 2 de dezembro, às 12h30* (com repetição no sábado seguinte, 8/12, às 15h30), estaremos à conversa com Manuela Pargana Silva, coordenadora nacional da Rede de Bibliotecas Escolares, sobre os 20 anos deste projeto e os desafios para o futuro.
* Os programas Língua de Todos, e Páginas de Português ficam disponíveis posteriormente aqui e aqui. Hora oficial de Portugal continental.
1.Como traduzir para inglês, francês, alemão ou castelhano o termo açorda, tão típico da cozinha do Portugal meridional? Para resolver este e outros problemas de tradução no domínio da gastronomia, a Montra de Livros apresenta o Dicionário Gastronómico Multilingue, numa edição da Dinalivro, em Portugal, e da Estante, no Brasil, da autoria de Rodolfo Farinha.
Uma brevíssima nota etimológica: açorda é um arabismo, do árabe hispânico attúrda, «sopa de pão; migas de pão cozido» ou «sopa de alho» (ver o Dicionário Houaiss e, de Federico Corriente, o Diccionario de Arabismos, Editorial Gredos, 2003).
2. Muita gente gostaria que o uso da vírgula fosse sempre previsível, ditado por regras simples. A verdade é que, havendo casos em que tal sinal é obrigatório, há muitas situações que dependem da intenção de quem escreve. É esta a conclusão a que se chega no consultório, com uma resposta a propósito do emprego de vírgula com orações subordinadas adverbiais. Outras questões nesta atualização: falando do título de um jornal, escreve-se «entrevista à Bola», ou «entrevista a A Bola»? Qual a etimologia do verbo chegar? Que sentido tem a construção «ou não fosse»? E, para manifestar uma opinião, será que «acho que...» é a única expressão disponível?
3. Em Portugal as notícias sobre a greve dos estivadores do porto de Setúbal referem a preocupante situação laboral desses trabalhadores – e não só desses, valha a verdade...–, mas, nos canais audiovisuais, volta-se a pronunciar mal a palavra precariedade, que perde indevidamente o i.
Recordemos o muito que aqui tem sido dito sobre tão maltratado vocábulo: "Precariedade e não 'precaridade'", "Precariedade", "Como dizer mal ("precaridade") escrevendo bem (precariedade)", "Unicidades a mais e a menos de um 1.º de Maio", "Polémicas linguísticas", "Precariedade, sem aspas" "Razões q. b. para recusarmos o barbarismo 'precaridade'", "Teimando no erróneo 'precaridade'", "Precariedade, pagar e salário", "Precariedade", "'Tá-se bem' – ou um verbo em vias de extinção", "Falando de precariedade,sem esquecer o aniversário de Cesário Verde", "Falar de precariedade no 1.º de Maio", "Precariedade, e não 'precaridade'", "Dois velhos tropeções, a linguagem náutica no Cuidado com a Língua!", "O escusado anglicismo startup, o velho tropeção na 'precaridade' e... palavras e expressões com História", "O regresso de 'precaridade' e outros erros insistentes".
4. Ainda a respeito da atualidade à volta da língua portuguesa, registe-se a atribuição do Grande Prémio de Ensaio da Associação Portuguesa de Escritores ao poeta, romancista e professor universitário Helder Macedo pelo livro Camões e Outros Contemporâneos, que reúne ensaios e testemunhos sobre a influência perdurável da obra de vários autores .
Sobre Helder Macedo, lembramos este seu diálogo com o escritor brasileiro Ferreira Gullar (prémio Camões 2010) – num trabalho da autoria do jornalista João Paulo Cotrim, publicado na revista Up Magazine (revista de bordo da TAP Portugal), em 2013, com o titulo "Diálogos Atlânticos".
5. No programa Língua de Todos, transmitido pela RDP África, na sexta-feira, 30 de novembro, pelas 13h15* (com repetição no sábado, 1 de dezembro), entrevista-se Iolanda Ogando, da Universidade da Estremadura, de Badajoz, sobre os portuguesismos como estratégia para a reivindicação da literatura nas aulas de Português como Língua Estrangeira. O Páginas de Português, programa que vai para o ar na Antena 2, no sábado, 2 de dezembro, às 12h30* (com repetição no sábado seguinte, 8 de dezembro, às 15h30), inclui uma conversa com Manuela Pargana Silva, coordenadora nacional da Rede de Bibliotecas Escolares, sobre os 20 anos deste projeto e os desafios para o futuro.
* Os programas Língua de Todos, e Páginas de Português ficam disponíveis posteriormente aqui e aqui. Hora oficial de Portugal continental.
1. A importância das palavras fica bem patente na nova atualização do Consultório. Elas suscitam dúvidas sobre a sua grafia (bola ou bôla?), a sua origem (mandonismo faz parte do português do Brasil?) e as suas concordâncias (Olhos cinza ou olhos cinzas? e «O problema do Brexit é as fronteiras» ou «são as fronteiras»?)
2. A atualidade traz à tona palavras que se repetem incessantemente na comunicação social ou nas conversas quotidianas:
– Black Friday é a expressão oriunda dos Estados Unidos que dominou o comércio em Portugal e noutros locais do mundo e que já deu origem a termos derivados como Black Weekend ou Black Week. Em português, deveria preferir-se a designação Sexta-feira Negra, termo que continua em segundo plano face ao domínio da expressão inglesa;
Podemos recordar um pouco da história do aparecimento do nome/conceito Black Friday aqui e aqui.
– A palavra risco desencadeia a reflexão da jornalista Rita Pimenta na sua coluna semanal no P2 (suplemento do jornal Público): os riscos presentes na derrocada de uma pedreira em Borba ou evocados pela morte de uma família em Sabrosa, que «vieram lembrar como é "um risco" viver em Portugal», como afirma a autora;
– Mármore, outro termo relacionado com a derrocada da pedreira de Borba, é palavra retomada por Galopim de Carvalho, professor universitário português jubilado, muito conhecido pela defesa da divulgação e preservação do património relacionado com os dinossauros, num texto publicado originariamente na sua página pessoal do Facebook. Nele recorda a origem e a história da palavra, as características geológicas do calcário e ainda palavras relacionadas com mármore;
– A ilha Sentinela do Norte, na Índia, e os seus habitantes, os sentinelenses, viram-se recentemente envolvidos na notícia do homicídio de um missionário estadunidense que decidiu evangelizar este povo que há muito vive isolado do mundo, devido ao seu caráter violento. Estes factos são o ponto de partida para a nova publicação do tradutor e professor universitário Marco Neves, no seu blogue Certas Palavras. Nela, reflete-se sobre as condições de aparecimento da linguagem entre os seres humanos, assinalando estudos fundamentais sobre o assunto e destacando alguns traços comuns às diferentes línguas humanas que serão também característicos da língua dos sentinelenses, que nunca ninguém ouviu.
3. Da autoria de Marco Neves é o recém-publicado Dicionário de Erros Falsos e Mitos do Português, da editora Guerra & Paz – em destaque na rubrica Montra de Livros, com um apontamento do editor executivo do Ciberdúvidas, Carlos Rocha. Trata-se de uma obra que procura desmistificar ideias feitas sobre usos considerados incorretos e na qual o autor defende um uso mais aberto da língua.
1.«Surpresa inesperada», «pequenos detalhes» ou «ambos os dois» são bons exemplos de pleonasmos, isto é, de sequências de palavras redundantes. Em O nosso idioma, a linguista Carla Marques explica o seu funcionamento, num texto que é também um exercício divertido para tomar consciência dessas expressões e saber evitá-las em discurso. Noutro apontamento, Sara Mourato comenta o topónimo Valhadolid, um dos aportuguesamentos do nome da cidade castelhana de Valladolid, onde, em 21/11/2018, se realizou a 30.ª Cimeira Luso- Espanhola. Entre o muito que se publicou no século XX em Portugal sobre preceitos normativos, recupera-se um texto do professor universitário, jornalista e escritor português Agostinho de Campos (1870-1944), a respeito dos usos incorretos da locução «ponto de vista». Já que se fala de erros, leia-se a reflexão feita pelo linguista brasileiro Aldo Bizzocchi no seu blogue Diário de um Linguista (20/11/2018), à volta do papel da inovação, variação e mudança na vida dos idiomas (texto transcrito, com a devida vénia, para O nosso idioma). Finalmente, porque se fala da dinâmica das línguas, transcreve-se a crónica que o professor e jornalista angolano Edno Pimentel assinou em 22/11/2018, no semanário Nova Gazeta, em torno de um caso de escusada concordância – «ela foi pouca esperta»
2. A abreviatura de observação, Obs., deve escrever-se sempre com ponto? O que é mais correto: «há que fazê-lo», ou «há que o fazer»? E a que classe de palavras pertencerá a palavra próprio? As respostas fazem parte da atualização do consultório, que inclui mais duas questões, uma sobre o regionalismo matação e outra sobre o uso de maiúsculas iniciais no geónimo Península Itálica.
3. Ainda sobre a visita oficial a Portugal do Presidente de Angola, João Lourenço, entre 22 e 24/11/2018, já devidamente assinalada na nossa anterior Abertura. Interrogado sobre o combate à corrupção no seu país, João Lourenço afirmou, em linguagem metafórica, estar disposto a «matar o ninho do marimbondo» (= ninho de uma espécie de vespas), mesmo que leve umas picadas. Marimbondo tata-se de um agolanismo registado no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa com a definição genérica de «designação comum e imprecisa aos insetos himenópteros, espécie da família dos vespídeos e pompilídeos, sociais ou solitários, geralmente maiores e dotados de ferrão, distinguindo-se das vespas por manterem as asas anteriores longitudinalmente dobradas quando estão pousados». A fonte citada menciona uma variante, maribondo, e atribui a origem de ambas as formas ao quimbundo mari'mbondo, um composto de ma, prefixo de plural, e rimbondo, «vespa». Sobre a influência do quimbundo e outras línguas bantas de Angola no português consultem-se os seguintes artigos e respostas: "A língua quimbundo" (1997); "Quimbundo/kimbundo" (1998); "Quicongo e quimbundo" (1999); "Quimbundo no português" (2000), "Xingo" (2014); "Um cubico sem aspas" (2015).
A imagem construída por João Lourenço com base no vocábulo marimbondo foi muito comentada pela comunicação social portuguesa. Sobre as declarações do Presidente angolano em Portugal, saliente-se a visão da jornalista Bárbara Reis em "Até os marimbondos ajudaram para criticar José Eduardo dos Santos", artigo de opinião saído no jornal Público em 23/11/2018: «Os marimbondos são vespas que caçam aranhas e a sua picada está no topo da escala da dor das picadas de insectos. Fazem parte da cultura popular angolana e há até um poema de Ernesto Lara Filho [1932-1977], "Picada de Marimbondo", que foi musicado pelo célebre Waldemar Bastos (e que Fausto adaptou para o seu disco A Preto e Branco [com versão de Filipe Mukemba]). Porque está a falar para dentro, mas também para fora, Lourenço usou a imagem com calma: “Quando nos propusemos combater a corrupção em Angola, tínhamos noção de que precisávamos de ter muita coragem, sabíamos que estávamos a mexer num ninho de marimbondos. Até se costuma dizer que a picada da vespa é mais dolorosa do que a picada da abelha, por isso imaginem... Nós sabíamos que podíamos ser picados. Já começámos a sentir as picadelas. Mas isso não nos vai matar. Não é por isso que vamos recuar. É preciso destruir esse ninho de marimbondos. Quantos marimbondos existem nesse ninho? Não são muitos. Angola tem 28 milhões de habitantes, mas não há 28 milhões de corruptos. O número é bastante reduzido. Há uma expressão em Angola: somos milhões e contra milhões ninguém combate. Essa expressão continua viva, não morreu. Que ninguém pense que, por todos os recursos que tem, de todo o tipo, consegue enfrentar-nos.” O recado ficou dado. Mais tarde, um jornalista angolano lembrou que a frase de propaganda das FAPLA (Forças Armadas Populares de Libertação de Angola), que ele ouviu muitas vezes quando era um jovem pioneiro, acaba assim: “Quem combate será derrotado.” [...]»
Cf. Sobre a evolução semântica do lexema “marimbondo”
4. Quanto aos programas produzidos pelo Ciberdúvidas para a rádio pública portuguesa, refira-se o Língua de Todos, que se centra no projeto de Português Língua Não Materna para alunos do 1.º Ciclo que a Ciberescola desenvolve em parceria com a Direção Geral de Educação (RDP África, sexta-feira, dia 23 de novembro, pelas 13h15*; com repetição no sábado, 24/11). No programa Páginas de Português, a situação da língua portuguesa na Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e em Cabo Verde é o tema central de uma entrevista às investigadoras Maria Antónia Barreto e Clara Carvalho (Antena 2, domingo, 25 de novembro, às 12h30*; com repetição no sábado seguinte, 1 de dezembro, às 15h30).
* Os programas Língua de Todos, e Páginas de Português ficam disponíveis posteriormente aqui e aqui. Hora oficial de Portugal continental.
1. A tendência para a harmonia é uma das características dos usos da língua. Os falantes procuram a regularidade, o que gera as dúvidas. Um dos objetivos do Consultório passa pelo auxílio no esclarecimento das questões que a língua oferece aos seus utilizadores. Na presente atualização, mostra-se como as incertezas linguísticas podem passar pela grafia correta de uma palavra (dí(c)tico, dêí(c)tico ou deí(c)tico? ou ainda pitaia ou pitaya?), pelos sentidos veiculados pelas palavras («uma colisão pode ser repetida?» e «o vento faz-se sentir ou sente-se?»), pela disposição ("à inglesa") do texto na página («Quais as normas de indentação (recuo de parágrafo)?») ou pela tentativa de compreensão do uso dos pronomes no cotejo entre uma expressão espanhola («me lavé las manos») e uma portuguesa («lavei as mãos»).
2. Os problemas ortográficos são uma das causas de desequilíbrio na harmonia da língua. Ciente desta realidade, Sandra Tavares Duarte, professora e linguista, reúne, em artigo publicado originalmente na edição digital da revista Visão, um conjunto de erros que importa procurar corrigir. Marco Neves, tradutor e professor, buscando palavras que unem e a propósito de um agradecimento aos seus leitores, desvenda a história da palavra obrigado (texto que se trancreveu do seu blogue Certas Palavras). Em sentido contrário, Miguel Esteves Cardoso, colunista do jornal Público, reflete sobre as palavras gastas, usadas automaticamente, sem a novidade da primeira vez, na sua crónica diária.
3. Quanto à atualidade relacionada com a língua portuguesa:
– Registe-se a visita a Portugal do Presidente angolano, João Lourenço, de 22 a 24 de novembro (notícias aqui e aqui). Trata-se da primeira visita oficial a Portugal, numa missão que procura estreitar as relações entre Portugal e Angola.
A reaproximação entre Portugal e Angola abre espaço também para revisitar algumas publicações do Ciberdúvidas relacionadas com o português falado em Angola. Destacamos a evolução desta variante do português, questões lexicais diversas relacionadas com os termos esquebra, chota, palanca (negra) e outros, ainda o neologismo calorear, o verbo manter ou empréstimos do umbundo ao português. Recordamos também o Dicionário de Regionalismos Angolanos, o programa de rádio produzido pela Radio Nacional de Angola com a colaboração do Ciberdúvidas sobre os Mambos da Língua, um vídeo que apresenta e explica vocábulos característicos do português de Angola e ainda as crónicas de Edno Pimentel, professor de português em Angola e colaborador do jornal Nova Gazeta.
– Ainda uma nota para a mais recente polémica linguística: após Pedro Filipe Soares, líder da bancada do Bloco de Esquerda, ter usado o termo "camarados" na XI Convenção do Bloco de Esquerda, num descuido propiciado pela linguagem inclusiva, Nuno Melo, eurodeputado do CDS, veio acusá-lo de estar disposto a «assassinar a língua portuguesa, para sublinhar proclamações de género ridículas», num artigo publicado do Jornal de Notícias. Em resposta à polémica que se gerou em torno do erro, que foi prontamente corrigido, Pedro Filipe Soares, num artigo do Público, veio recordar que a língua é ideológica e tem história, defendendo ainda que há uma campanha contra a linguagem inclusiva.
As polémicas relacionadas com as questões de género na língua têm estado presentes em diversos artigos publicados no Ciberdúvidas, entre os quais destacamos "Qual a regra gramatical que permite a forma presidenta?", "Os cidadãos e a gramática", "Calem-se, por favor, mas de vez", "A propósito do feminino de procurador-geral da República", "Sobre o género gramatical das palavras" e "Pai e Mãe Nossa que estais no céu".
Cf. Governo substitui “direitos do Homem” por “direitos humanos” + A linguagem inclusiva, esse "perigo público"
4. O programa Língua de Todos, que vai para o ar na RDP África, na sexta-feira, dia 23 de novembro, pelas 13h15* (com repetição no sábado, 24/11), apresenta uma entrevista com a professora Ana Paula Gonçalves, sobre o projeto desenvolvido pela Ciberescola de ensino de Português Língua Não Materna aos alunos do 1.º Ciclo, em parceria com a Direção Geral de Educação. Num apontamento, a nossa colaboradora, Ana Sousa Martins, refere-se ainda à importância do latim para a aprendizagem do português. No programa Páginas de Português, emitido pela Antena 2, no domingo, 25 de novembro, às 12h30* (com repetição no sábado seguinte, 1 de dezembro, às 15h30), a situação da língua portuguesa na Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e em Cabo Verde constitui o tema central de uma entrevista às investigadores Maria Antónia Barreto e Clara Carvalho. Estas especialistas registam as variações e percecionam tendências e evoluções.
* Os programas Língua de Todos, e Páginas de Português ficam disponíveis posteriormente aqui e aqui. Hora oficial de Portugal continental.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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