Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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<i>Aura</i>: do futebol à política
Sentido e uso na língua portuguesa

Por estes dias, tem chamado a atenção a palavra aura em dois contextos distintos: no futebol, para falar de Mourinho, e na política, para referir professores. A pergunta que se coloca é: como é usada aura no português contemporâneo? E que sentidos ou valores simbólicos transporta além do literal? É sobre estas questões que Sara Mourato reflete neste texto, analisando a origem, os usos e a dimensão simbólica da palavra.

 

Rebelião no uso da língua portuguesa na literatura
Inovações linguísticas e estilísticas dos escritores portugueses

Neste texto, a consultora Inês Gama reflete sobre a forma como a literatura portuguesa desafia a norma linguística, através da subversão gramatical, da valorização dos regionalismos e da afirmação das vozes femininas, revelando a língua como instrumento vivo e em constante transformação.

“OK”, o “mata-conversa”
Comunicação passivo-agressiva e conflito intergeracional

«Quem quiser ser cruel numa troca de mensagens não precisa de ser eloquente no insulto ou de vetar alguém a um silêncio ostracizante. Escreva “OK” e será o mais requintado passivo-agressivo dos comunicadores. Aprenda.»

Crónica de Luís Pedro Nunes, que, partindo do uso de OK como forma de esquivar o desenvolvimento de uma conversa, dá conta dos conflitos entre gerações gerados pela comunicação escrita por telemóvel. Texto publicado no semanário Expresso em 21/08/2025 e aqui apresentado com a devida vénia.

O <i>keffiyeh</i>, o <i>cofió</i>, a <i>coifa</i>...
Nomes para cabeças cobertas

Um apontamento do consultor João Nogueira da Costa, que o publicou no Facebook em 12/07/2025 e gentilmente o partilha nesta página.

A vereadora que se desdemitiu
Sobre a formação do verbo desdemitir

Em referência a um episódio insólito em Coimbra, em que uma vereadora anunciou a demissão e depois voltou atrás, surgiu o verbo desdemitir. Formado pelo prefixo des- e o verbo demitir, sugere a anulação do ato de demitir. Estará o mesmo bem formado? A esta pergunta responde a consultora Sara Mourato, num texto acerca da formação de verbos que, não sendo recorrentes, exprimem a ideia de separação, afastamento, ablação, ação contrária, de cima para baixo, intensidade ou reforço. 

«Desculpa lá!»
Uma construção coloquial

A construção «Desculpa lá!» é aceitável? A professora Carla Marques responde a esta questão no desafio semanal divulgado no programa Páginas de Português, na Antena 2de 21/09/2025.

«Vai despedir a mãe»
Quando um verbo perde a regência

«Há verbos que exigem uma preposição para o ligar ao seu complemento, conforme acabámos de ver com o verbo ir. No entanto, há aqueles que a dispensam («ouvi vozes»). A presença ou não de uma preposição a seguir a um verbo pode alterar o sentido de uma frase.»

Apontamento do linguista e professor Tomás Calomba (Universidade de Luanda/IPGEST) a respeito do uso de despedir sem regência, que leva a dizer «despedir a mãe» em vez de «despedir-se da mãe». Texto gentilmente cedido pelo autor ao Ciberdúvidas e transcrito mantendo a ortografia vigente em Angola, ao abrigo do Acordo Ortográfico de 1945.

Trema!
Uma história difícil para a cidadania

Um episódio da atual vida política portuguesa recuperou do esquecimento um sinal gráfico que há muito não se usa em Portugal, embora há cerca de duas décadas ainda fosse empregado no Brasil: o trema, ou seja, o sinal de separação vocálica (diérese). Um apontamento de Carlos Rocha.

Na imagem, pormenor do cartaz associado à promoção dos cursos de língua alemã do Goethe Institut em Portugal no ano letivo de 2025/2026 (fonte: página do Goethe Institut Portugal no  Facebook, 12/09/2025). Tradução das palavras e da frase em alemão: Hamburger = hambúrguer; Hamburg = Hamburgo; Bürger = cidadão; Ein Bürger der Stadt Hamburg isst ein Hamburger = «um cidadão da cidade de Hamburgo come um hambúrguer».

Da política, da cultura e dos paraísos perdidos
A «vida líquida» e as ameaças à liberdade
Por Dora Gago

«[...] Basta percorrermos as redes sociais para nos depararmos com aspectos cínicos, manipulados e manipuladores, muitas vezes ao serviço de ideais extremistas, convertidos em sérias ameaças às mais elementares formas de liberdade» – sustenta a escritora e professora universitária Dora Gago num artigo de opinião publicado no Jornal do Algarve de 23 de Agosto de 2025. Mantém-se a ortografia de 1945 conforme o original.

Alguns dos desafios da sala de aula moderna
Entre o progresso e a pressão

Neste artigo de opinião, a consultora Inês Gama discute e analisa alguns dos desafios da sala de aula moderna, destacando o uso equilibrado da tecnologia, a gestão da diversidade estudantil e a promoção do bem-estar emocional.