Diversidades - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos que versam sobre as variedades nacionais e regionais do português.
«Me empurra» e «empurra-me»
Brasil vs. Portugal: sistemas distintos ou normas diversas?

«Tanto "me empurra" quanto "empurra-me" são possibilidades gramaticais da mesma língua: a língua portuguesa. A primeira frase reflete a norma linguística brasileira, em sua modalidade falada. A segunda frase reflete a norma linguística lusitana. Mas ambas as frases fazem parte do que o linguista Eugenio Coseriu chama de sistema

Uma avaliação do rofessor de  português brasileiro Fernando Pestana sobre as semelhanças e dissemelhanças entre o português do Brasil e o português europeu à luz dos conceitos de sistema e norma. Texto tanscrito, com a devda vénia, da página do Facebook do autor..

Anatomia e genética dos Khoisan
O povo mais antigo do planeta
Por Jornal de Angola

Também conhecidos como bosquímanos ou boxímanes, os Khoisan – que vivem no Sul de Angola e na Namíbia e de língua baseada em cliques – são considerados o grupo humano mais antigo do planeta.

 

Texto transcrito, com a devida vénia, do Jornal de Angola, do dia 21 de agosto de 2024.

Kwadi: uma língua perdida de Angola com uma história para contar
Diversidade étnica e linguística da Província do Namibe

«Há várias razões para pensar que ainda há pouco tempo as línguas [da província angolana do Nnamibe] e as culturas locais teriam sido muito mais variadas» – escreve o biólogo e antropólogo Jorge Rocha (Faculdade de Ciências da Universidade do Porto) a respeito da história cultural e linguística da Província do Namibe, no Sudoeste de Angola, onde comunidades como os kwepes preservam tradições apesar das adversidades do deserto.

Neste artigo, publicado no jornal Público no dia 8 de agosto de 2024 e  aqui transcrito com a devida vénia, foca-se a língua kwadi, quase extinta, e referem-se as interações entre diferentes povos, mostrando como línguas, costumes e genes se misturam ao longo do tempo, revelando a complexidade e diversidade cultural da África Austral. O texto enfatiza ainda que a perda de uma língua é a perda de uma visão de mundo. Mantém-se a ortografia de 1945, conforme o texto original.

«Aí ele pegou e foi embora»:<br>uma expressão do Brasil
Usos informais do verbo pegar

«Para alguns gramáticos, a construção «pegar e [verbo]» é uma perífrase, isto é, uma frase que tem mais palavras do que deveria. Nos textos escritos e em discursos formais, portanto, é recomendável evitá-la» – observa o biólogo e divulgador de temas gramaticais braileiro Rafael Rigolon acerca de um uso idiomático e informal que é típico do português Brasil.

Apontamento do mural Língua e Tradição publicado em 14 de julho de 2024 no Facebook e aqui transcrito com a devida vénia.

 

Mobilização maciça contra o ódio à língua catalã
A política linguística do governo das Ilhas Baleares

Neste texto aborda-se a situação política e social nas Ilhas Baleares, focando-se a situação da língua catalã no contexto da atuação do governo regional, liderado pelo Partido Popular (PP), que tem um pacto com o partido de extrema-direita Vox. O autor, o sindicalista Rafael Borrás Ensenyat, na sequência de um artigo seu intitulado Viragem à extrema direita nas Ilhas Baleares, destaca várias medidas que visam diminuir o uso e a importância do catalão, bem como dá conta da grande manifestação que se realizou em 5 de maio de 2024 em Palma, capital desta região autonómica insular. Texto originalmente publicado na revista eletrónica de língua espanhola Sin Permiso, no dia 10 de maio de 2024. Tradução livre. 

A língua <i>talian</i>
Património cultural imaterial e referência cultural do Brasil

«Os migrantes italianos [...] [no Brasil] (1875-1912) provinham de diferentes regiões italianas e falavam línguas e dialetos diferentes, mas foram primeiro irmanados nas longas viagens de navio entre o Velho e o Novo Mundo e depois distribuídos aleatoriamente por diferentes regiões rurais, sobretudo dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná» – escreve a professora universitária e linguista Margarita Correia a respeito do talian, uma língua franca de origem italiana que se desenvolveu no Brasil. Artigo incluído no Diário de Notícias em 13/05/2024.

A influência portuguesa na doçaria japonesa
Kompeitō e kasutera

A influência da presença portuguesa no Japão durante o século XVI, particularmente na alimentação e doçaria japonesa, é evidenciada neste texto com dois exemplos específicos: o kompeitō, um tipo de rebuçado típico japonês, e o kasutera, um bolo que guarda semelhanças com o pão-de-ló tradicional. O texto, da autoria da consultora Sara Mourato, explora a origem destes doces no Japão, assim como do nome que lhes é dado. 

Traduzir

«Um planeta repleto de línguas não significa mundos fechados, mas que se podem atravessar. Traduzir é esse trabalho ecológico, corporal e convivial, de atravessamento de significados e lugares de pertença.»

Crónica do filósofo André Barata acerca do papel da tradução publicada no suplemento Ipsílon do jornal Público do dia 8 de março de 2024.

A diversidade de línguas no Festival da Canção
De Moçambique ao Brasil

Na procura pela música representante na Eurovisão 2024, em Malmö, a consultora Sara Mourato destaca a diversidade linguística entre os participantes, influenciada pela presença de artistas de diferentes origens.

As questões linguísticas <br> nos programas eleitorais dos partidos (1)
As eleições de 10 de março de 2024 em Portugal

Crónica da linguísta e professora universitária portuguesa Margarita Correia dedicada à atenção que os partidos políticos portugueses dão à lingua portuguesa, nomeadamente a Iniciativa Liberal, o Partido Comunista Português, o Bloco de Esquerda e o Livre, no contexto das eleições de 10 de março de 2024 em Portugal. 

Texto publicado no Diário de Notícias de 26 de fevereiro 2024, aqui reproduzido, com a devida vénia.