Diversidades - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos que versam sobre as variedades nacionais e regionais do português.
A influência tupi no português do Brasil
A visão do linguista Glastone Chaves de Melo

«O linguista [Glastone Chaves de Melo] critica tanto os estudiosos portugueses, que ignoravam os avanços da filologia brasileira, quanto os brasileiros que, movidos por lusofobia, desejavam (desejam?) repudiar o legado europeu e advogar uma independência linguística impossível» – sublinha o gramático Fernando Pestana neste artigo em que resume e comenta a posição do referido linguista brasileiro relativamente ao impacto das línguas do grupo tupi na evolução do português do Brasil. Texto incluído em 20/10/2020 no mural Língua e Tradição (Facebook) e aqui transcrito com a devida vénia.

O que é um nome magiar?
A propósito do Nobel da Literatura de 2025

László Krasznahorkai ganhou o Prémio Nobel de 2025, e, em Portugal, os profissionais dos media devem ter sentido alguma perplexidade quanto à maneira mais adequada de pronunciar o nome do escritor. Sobre a língua nacional da Hungria e aos gentílicos relativos a este país, um apontamento do consultor Carlos Rocha.

Isaac Alonso Estraviz
O autor de um dicionário galego de português
Por Miguel Anxo Fernán Vello

«[O Dicionário Estraviz] [...] de livre acesso e em linha ultrapassa bem os 150 000 verbetes ou entradas de vocábulos, incorporando, além do léxico galego, as formas léxicas da comunidade de países de língua portuguesa, herdeira esta, como é bem  sabido – com as suas diferentes evoluções e variedades – do idioma próprio do nosso velho país galego» – sublinha o escritor e editor galego Miguel Anxo Fernán Vello, neste artigo que assinala os 90 anos de vida que o lexicógrafo, também galego, Isaac Alonso Estraviz, completou em 2025. Adaptado ao português, apresenta-se o texto originalmente escrito em galego e incluído em 01/08/2025 no jornal El Progreso, publicado em Lugo (Galiza). 

 

O que os jeitos de falar dizem sobre nós e os outros
Como a variação da língua influencia a perceção social e molda identidades

 «A construção de julgamentos com base na fala não é um fenômeno novo. [...] [E]sse comportamento aparece até em textos bíblicos.»

Artigo de divulgação científica da autoria do jornalista brasileiro Arthur Marchetto e publicado na Revista Pesquisa FAPESP (n.º 354, edição impressa), em agosto de 2025, e republicado no jornal digital Nexo. O tema em destaque é o da investigação sobre a possibilidade de os falantes mudarem de pronúncia quando migram da terra natal para outro lugar, no mesmo país. Transcreve-se o texto com a devida vénia, mantendo as características brasileiras do original, exceto no subtítulo, adaptado ao português de Portugal.

O que falta para normalizar a língua guineense? 
O debate foi lançado

 «A dinâmica linguística [do kriol] na escrita e na oralidade, nas redes sociais, rádios, nos livros e blogs, sobretudo pela sua expansão mundial através da sua diáspora, mesmo sem uma base consensual e formal, faz com que a cada dia se torne imperativa a sua oficialização» – sublinha a jornalista guineense Karyna Gomes a respeito de um debate que se realizou em 9 de maio de 2025, no âmbito da Mostra de Arte e Cultura da Guiné-Bissau promovida pela Associação MoAC Biss, e que foi dedicado ao tema da oficialização do kriol ou crioulo guineense. Trabalho publicado em 14 de maio de 2025 no jornal digital Mensagem de Lisboa e aqui divulgado com a devida vénia.

 

Os nomes de Leão XIV
Francis, Prevost, Leão: entre a origem germânica e a latina

«O nome papal latino Leo (XIV) – Leão –, LEO, com declinação LEONIS, corresponde ao alemão Löwe («leão») e aparece ocasionalmente como nome da moda (em 2024, 26 rapazes receberam o nome Leo em Leipzig» – refere o linguista alemão Dieter Kremer sobre os nomes próprios e o nome papal de Leão XIV. Apontamento publicado no mural do Centro de Onomástica da Universidade de Leipzig (Namenkundliches Zentrum der Universität Leipzig) no Facebook, 09/05/2025). Texto traduzido do alemão (com auxílio do ChatGPT), com algumas adaptações e com título e subtítulo da responsabilidade editorial do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa.

 

«É necessário um organismo para salvaguardar <br> a língua mirandesa»
Alfredo Cameirão, presidente da Associação da Língua e Cultura Mirandesa

 «A] língua devia ser ensinada na escola com a mesma dignidade com que são ensinadas as outras línguas» – refere-se na introdução a esta entrevista a Alfredo Cameirão, presidente da Associação da Língua e Cultura Mirandesa, pela jornalista Ana Monteiro Fernandes, sobre a situação da língua mirandesa, que se fala em Portugal no canto nordeste do distrito de Bragança, no concelho de Miranda do Douro e numa freguesia do concelho de Vimioso.

Trabalho publicado em 16 de fevereiro de 2025 na revista digital Comunidade, Cultura e Arte e que aqui se partilha com a devida vénia, com algumas adaptações. Texto escrito segundo a norma ortográfica de1945.

 

Quando o francês se inspirou no português
Algumas palavras francesas de origem portuguesa

Neste apontamento a consultora Inês Gama apresenta algumas palavras francesas cuja origem é portuguesa.

Os falares da ilha Terceira
Limpa-pingas, sueras e moquenca

Na ilha Terceira, especificidades lexicais e fonéticas, como a harmonização das vogais tónicas, reforçam a identidade local. Expressões populares, divulgadas por iniciativas como as da atriz Maria Duarte, revelam a riqueza cultural e linguística da região, sublinhando a importância dos falares açorianos como um grupo distinto no panorama da dialetologia portuguesa.

Os humanos aprendem palavras com o ChatGPT
Delve («mergulhar, aprofundar») e outros casos do inglês

«Uma análise de 300 000 conferências revela que a influência da inteligência artificial generativa vai além da escrita e já conquista a expressão oral» – assinala o jornalista Jordi Pérez Colomé, dando conta de como o ChatGPT está atuar como agente de difusão e ativação lexical. Tradução do artigo que o referido autor assinou no jornal espanhol El País em 24 de outurbro de 2024. Título e texto originais com algumas adaptações.