Quando o português não parece suficiente, recorremos ao inglês para um appetizer ou talvez um pouco de awareness. Afinal, porque não usamos a nossa língua quando tal é possível?
Quando o português não parece suficiente, recorremos ao inglês para um appetizer ou talvez um pouco de awareness. Afinal, porque não usamos a nossa língua quando tal é possível?
Estará correta a expressão «mandato de captura»? Não, claro, mas, devido à aproximação fonética entre mandato e mandado, a pivô da CNN Portugal usou a palavra errada, não uma, mas quatro vezes.
A professora universitária Sónia Valente Rodrigues propõe um pequeno apontamento sobre a omnipresença do verbo dar no mês de dezembro.
«Um tantão de páginas e perfis autointitulados de “ciência”, “curiosidades”, “conhecimento” e por aí vai não têm um pingo de vergonha em lançar invencionices etimológicas sem comprovação para atrair seguidores e angariar cliques» – adverte Rafael Rigolon, biólogo e divulgador de temas científicos (incluindo os linguísticos), sobre os cuidados a ter com conteúdos que, na Internet, difundem ideias falsas ou deturpadoras sobre a origem e o uso de palavras e expressões. Apontamento publicado no mural Língua e Tradição em 30/12/2024, no Facebook, e aqui transcrito com a devida vénia.
Bruno Lage, ao afirmar que «o que interessa é responder da forma que todos ansiam», chamou a atenção para a conjugação correta do verbo ansiar.
«Já quase generalizada em Portugal, mas erradíssima, é a incompreensível pronúncia da modalidade desportiva que, em língua portuguesa, se escreve râguebi como "reiguebi"» — critica a linguista Carmen Gouveia num apontamento em que reúne alguns maus usos recorrentes nos canais de televisão de Portugal.
«Numa rua assombrada pela beleza daquele sermão de Padre António Vieira e da partida como destino, está, à porta de um estabelecimento, esta tabuleta: Please wait to be seated (Espere que lhe indiquem uma mesa).»
Texto da jornalista Fernanda Câncio sobre a proliferação de estabelecimentos da restauração em Lisboa nos quais a língua de comunicação é não o português, mas o inglês. Transcreve-se, com a devida vénia, parte deste texto publicado no Diário de Notícias em 3 de novembro de 2024.
Um jornalista disse «barrela de perguntas» por «barragem de perguntas». O consultor Paulo J. S. Barata assinala a confusão e comenta o uso figurado de barragem em «barragem de perguntas».
Quando se diz que uma pessoa «entrou num contentor do lixo», será que estamos diante de uma expressão bem escolhida? A consultora Sara Mourato questiona a opção linguística de uma notícia em português inspirada na que foi dada por uma publicação espanhola, onde o espanhol meter se tornou entrar. De facto, não seria mais natural meter(-se) para dar conta da ocorrência?
«Percebemos, como frequentemente acontece na língua, que o diabo está nos detalhes», reflete o consultor Paulo J. S. Barata acerca de um uso insólito do adjetivo caloroso na cobertura televisiva dos desacatos motivados pela morte de uma pessoa em 21/10/2023 no Bairro do Zambujal (Lisboa), na qual a Polícia da Segurança Pública se viu envolvida.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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