De facto, o caso de infanta é considerado uma exceção (ou um caso particular de formação de feminino dos substantivos/nomes terminados em -nte) por Cunha e Cintra, na sua Nova Gramática do Português Contemporâneo (Lisboa, Sá da Costa, 2001, p. 195).
Segundo a obra citada, e tal como o consulente refere, «os substantivos terminados em -e [não incluídos os que designam títulos de nobreza e dignidades que formam o feminino com as terminações -esa, -essa e -isa: abade-abadessa, conde-condessa, duque-duquesa, sacerdote-sacerdotisa] são geralmente uniformes» (idem).
Estes gramáticos assinalam ainda a particularidade dos substantivos finalizados em -nte, «de regra originários de particípios presentes e de adjetivos uniformes latinos» (idem), razão pela qual «essa igualdade formal para os dois géneros é quase que absoluta» (idem). Alertam-nos, também, para a realidade de «um pequeno número que, à semelhança da substituição -o (masculino) por -a (feminino), troca o -e por -a de regra», entre os quais se encontra infante. Assim: elefante-elefanta, governante-governanta, infante-infanta, mestre-mestra, monge-monja, parente-parenta.
Em observação, há, ainda, a indicação de que «os femininos giganta (de gigante), hóspeda (de hóspede) e presidenta1 (de presidente) têm ainda curso restrito no idioma» (idem).
1 Sobre presidenta, veja-se os textos relacionados.
Cf. Governo substitui “direitos do Homem” por “direitos humanos”