1. No Pelourinho, um apontamento de Ana Sousa Martins, coordenadora da Ciberescola da Língua Portuguesa, que denuncia as consequências de uma má tradução da palavra inglesa negro, colocando em evidência a dimensão ofensiva que introduz na versão portuguesa do livro A Estranha Morte da Europa, de Douglas Murray (texto divulgado na rubrica "Cronicando" do programa Páginas de Português (Antena 2, de 30/12/2018).
2. A atualização do Consultório centra-se nas áreas da etimologia, sintaxe, semântica e pragmática, estando as questões relacionadas com a origem do apelido Albuquerque, a omissão do artigo definido num título de jornal, o uso do quantificador quanto, o significado de baixo-ventre e a opção pelo singular ou plural numa construção anafórica.
3. Quanto à atualidade relacionada com a língua, destacamos os seguintes eventos:
– o lançamento da obra Sobre conflito linguístico e planificação cultural na Galiza contemporânea. Dez contributos, de Elias J. Torres e Roberto Samartim, com a chancela da Através/Editora, no dia 18 de janeiro, na Livraria Centésima Página, em Braga, pelas 18h00;
– a apresenação da obra Camões e Cervantes – contrastes e convergências, de Helder Macedo e Carlos Alvar, uma edição do Camões, I.P. e do Instituto Cervantes, no dia 21 de janeiro, no auditório do Camões, I.P., pelas 16h30;
– e uma nova sessão de "Camões dá que falar", com a presença de Catarina Furtado, apresentadora de televisão e embaixadora do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), evento organizado pelo para Camões, I.P., no dia 22 de janeiro, pelas 18h00, no auditório do Camões, I.P., em Lisboa.
4. No que respeita aos programas de rádio da responsabilidade do Ciberdúvidas, destacamos a conversa com o novo diretor-executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, Icanha Itunga, sobre projetos e perspetivas, no programa Língua de Todos, na RDP África, sexta-feira, 18 de janeiro às 13h15 (com repetição no sábado, dia 19 de janeiro), depois do noticiário das 09h00*. Destacamos também o programa Páginas de Português, que entrevista o linguista Afonso Miguel, que acabou de defender a tese de doutoramento intitulada Integração morfológica e fonológica de empréstimos lexicais bantos no Português Oral de Luanda, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (programa emitido na Antena 2, no dia 20 de janeiro, às 12h30**, com repetição no sábado seguinte, dia 26 de janeiro, pelas 15h30*).
* Hora oficial de Portugal continental, ficando ambos os programa disponíveis posteriormente, aqui e aqui.
5. Um registo final para a resolução do Conselho de Ministros do Governo português, que aprovou no dia 18 p.p. uma proposta de lei que determina o uso da expressão Direitos Humanos nos documentos oficiais do Estado, em substituição de Direitos do Homem, decisão que foi apresentada como um contributo para a promoção da igualdade de género. Cf. Governo substitui “Direitos do Homem” por “Direitos Humanos” + Nada de escrever "direitos do Homem": Governo adota a expressão "direitos humanos"
A propósito da problemática da linguagem inclusiva, recordamos alguns textos disponíveis no Arquivo do Ciberdúvidas: A busca de harmonia de uma língua que une e divide; A linguagem inclusiva, esse "perigo público"; Infanta, um caso particular de feminino; Sobre o uso da forma presidenta no Brasil e em Portugal; A tropa no feminino; "Os sem palavras", de Helena Matos; "Car@s leitorxs (e utentas"), de António Bagão Félix; «Amigas e amigos» e «amigos e amigas» ; "Os cidadãos e a gramática", de Maria Regina Rocha; "Calem-se", de Miguel Esteves Cardoso; "Dobrar a língua", de Fernanda Câncio; O sexo das palavras, de Nuno Pacheco; Gramática ainda não tem sexo, de Henrique Monteiro; "O que fazemos com a linguagem?", de Anselmo Borges; "Quem fala assim não é gago nem gaga", de Ricardo Araújo Pereira; "Desigualdades sociais, desigualdades linguísticas", de Aldo Bizzocchi; etc,