Carlos Rocha - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Carlos Rocha
Carlos Rocha
1M

Licenciado em Estudos Portugueses pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, mestre em Linguística pela mesma faculdade e doutor em Linguística, na especialidade de Linguística Histórica, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Professor do ensino secundário, coordenador executivo do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, destacado para o efeito pelo Ministério da Educação português.

 
Textos publicados pelo autor
<i>Sicário</i>
Semântica e etimologia

Na sequência do trágico acidente do «elevador da Glória», ocorrido em Lisboa, em 03/09/2025, gera-se acesa discussão à volta da responsabilidade política de Carlos Moedas, atual presidente da Câmara Municipal da capital portuguesa. Num cenário de troca de acusações sobre responsabilidade política, Moedas emprega o termo sicário, acirrando ainda mais os ânimos. O consultor Carlos Rocha dedica uma breve nota à etimologia da palavra.

Na imagem, estatueta de bronze de um gladiador trácio, empunhando uma sica (Gália romana, séculos II-III, Museu da Biblioteca Nacional de França).  Crédito: Wikipédia (09/09/2025).

«Se se» não é redundância
Sobre os encontros de palavras homónimas

Os fogos de agosto de 2025 em Portugal são, numa revista, o tema de um editorial que começa pelo que será com certeza uma gralha. O consultor Carlos Rocha lembra que a sequência «se se» está correta e engana-se quem pensa que a repetição é errónea.

«Fizeram com que se reerguesse», <br>e não
A confusão entre o pronome se e a terminação verbal sse

Dois equívocos num só erro é como se pode descrever o caso comentado pelo consultor Carlos Rocha, que recorda o cuidado a ter para não confundir o pronome se com a terminação verbal sse do imperfeito do conjuntivo.

<i>Entreteve</i>, e não
Tropeçar com a mulher de César e derivados de ter

Os verbos derivados de ter não perdoam aos incautos que se fiam na regularidade da conjugação verbal. E, em  Portugal, num comentário televisivo sobre Mário Centeno, ex-governador do Banco de Portugal, mais uma vez se confirmou que entreter é tão traiçoeiro como conter, deter, reter ou manter. O consultor Carlos Rocha dá conta deste caso.

Para quê tantos anglicismos nos CTT?
A propósito da expressão «hora de corte»

Em Portugal, nas lojas e pontos dos serviços dos CTT, lê-se «hora de corte» com o significado de «hora limite para recolha de correio». O consultor Carlos Rocha interroga-se sobre o sentido de corte na referida expressão, num apontamento que revela igualmente como um serviço de correios, com longa tradição em Portugal, usa anglicismos esquecendo-se do vernáculo.