Aceita-se e é legítimo o adjetivo em questão.
Trata-se de um termo usado em textos especializados, que já encontrou registo dicionarístico – p. ex. no dicionário da Porto Editora (versão eletrónica - ) –, com o significado de «que causa, promove ou propicia a obesidade» (idem).
Do ponto de vista da sua formação, obesogénico pode ser discutível entre estudiosos mais exigentes com a homogeneidade etimológica dos chamados compostos eruditos, formados por radicais gregos ou latinos, porque associa a um elemento de origem latina, obeso, um elemento de outra proveniência, de origem grega, -génico. Nesta perspetiva, patogénico é um termo bem formado, homogéneo, por juntar dois radicais de origem grega, pato- (do grego clássico páthos, «sofrimento, paixão») e -génico, «relativo à origem, ao desenvolvimento» (que tem por base -genia, elemento que encerra o radical gen-", também do grego, de génos, «raça, tronco, família»). No entanto, há compostos híbridos, que combinam elementos gregos e latinos – basta mencionar bígamo (bi latino + -gamo grego) ou monocultura (mono grego + cultura latino) –, o que legitima a formação de obesogénico.