A língua da nossa diversidade, a consagração da UNESCO, o termo desglobalização e um curso de português na Venezuela
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A língua da nossa diversidade, a consagração da UNESCO, o termo desglobalização e um curso de português na Venezuela
1. Uma consulente do Brasil escreve-nos um tanto intrigada por em Portugal, com verbos da 1.ª conjugação, a 1.ª pessoa do plural do pretérito perfeito se escrever com acento agudo, como acontece com entregámos. No consultório, esclarece-se este traço de diversidade da nossa língua, a que se soma outra dúvida de natureza semelhante vinda de Angola, sobre a diferença de uso entre o adjetivo específico e o particípio passado especificado....
As marcas da língua nos jazigos, a sua consagração pela UNESCO e a criatividade brasileira na dupla vitória do Flamengo de Jorge Jesus
1. Os edifícios históricos que têm inscrições gravadas nas suas pedras são, não raro, testemunhos vivos da evolução da língua e da sua grafia. As marcas de diferentes fases linguísticas encontram-se, por exemplo, em lápides e jazigos nos quais se identificam as famílias que ali descansam. Neste âmbito, no Consultório, procura-se encontrar uma explicação para o facto de, em muitas lápides, sobretudo do século XIX, a palavra família surgir sem acento, situação que não...
A elasticidade do adjetivo brutal, o maltratado verbo havere à volta da língua e das eleições na Guiné-Bissau
1. «Se nos disserem "O cozinheiro é brutal", devemos ir cumprimentá-lo ou fugir a sete pés?» – pergunta Carla Marques, consultora permanente do Ciberdúvidas, que, em O nosso idioma, dedica um apontamento à elasticidade semântica que o adjetivo brutal tem demonstrado em variados registos, pelo menos, desde a arte literária oitocentista de Eça Queirós à informalidade da apreciação de um filme nos nossos dias. Na mesma rubrica, um texto de Carlos Rocha aborda o valor...
O uso do conjuntivo, a morte de José Mário Branco, o CILPE 2019 e os 10 anos da Cátedra de Português na Universidade Eduardo Modlane
1. Os falantes nativos de português usam o conjuntivo sem grandes questionamentos, mas os estrangeiros que o aprendem já adultos nem sempre se sentem à vontade com as subtilezas do seu uso frásico. Por exemplo, quando se emprega o verbo esperar para construir uma frase começada por «espero que...», que forma de conjuntivo deve figurar na oração que vem depois, em referência a algo já ocorrido: «espero que corresse bem», ou «espero que tenha corrido bem?» A resposta à questão faz parte da...
A expressão temporal guineense «fiz cinco anos em...», a formação de infelizmente e as expressões formulaicas
1. As variantes do português em diversos países são marcadas por uma evolução própria e autónoma, fruto de várias razões a que não são alheias as variáveis individuais. O português falado na Guiné-Bissau assume também esta autonomia, mas as inovações e contrastes com a variante do português europeu acabam por oferecer dúvidas aos falantes. É o caso da expressão «fiz cinco anos no Brasil». No Consultório analisa-se a aceitabilidade desta construção, que inclui o...
A má dicção de competitividade, a pronominalização em tem-la visto e a compreensão escrita entre os jovens de Portugal
1. Em Portugal, é sabido que as vogais e, i e u (ou o), quando átonas, são um desafio para a boa dicção. Palavras como ministério e produtividade saem diminuídas sob formas como "mnistério" e "prutividade", em consequência da redução vocálica que caracteriza a variedade lusitana. No Pelourinho, um novo apontamento dá conta de mais uma ocorrência deste fenómeno,...
Vírgulas incontornáveis, duas gramáticas de PLNM, o termo adotabilidade e o louvor do português na Academia francesa
1. Mas, afinal, há vírgulas obrigatórias ou não? Que regras, que critérios, enfim, que dicas podem existir para o seu uso correto? Em O nosso idioma, regressa este tema incontornável, com um texto de Carla Marques, consultora permanente do Ciberdúvidas, que apresenta um conjunto de situações de escrita onde as vírgulas afirmam a sua necessidade.
2. Diversificam-se as obras destinadas a apoiar as aulas e os cursos de Português como Língua Não Materna (PLNM). Na Montra de livros,...
Sentidos do verbo temperar, a pronúncia de «às avessas», o último Cuidado com a Língua! (no veterinário) e o amor pelo adjetivo
1. Os sentidos das palavras atêm-se aos usos e são os usos que lhes asseguram a vitalidade ou lhes ditam o esquecimento. Esta ação, associada aos efeitos da própria temporalidade ao incidir sobre a língua, leva a que certos sentidos que já tiveram momentos de uso pleno se tornem opacos e distantes dos falantes. É o que parece motivar a questão relacionada com a possibilidade de outros sentidos do verbo temperar, que não o de "condimentar a comida". Para além desta, outras...
Fenómenos de concordância, usos da vírgula com orações, a grafia e pronúncia de redarguir, o verbo duelar e as eleições em Espanha
1. A concordância é um fenómeno sintático que se manifesta ao nível da frase, afetando diversos dos seus constituintes (nomes, adjetivos, verbos, determinantes, pronomes) e envolvendo marcas como o número, o género ou o tempo. A complexidade deste processo gramatical gera, com alguma frequência, dúvidas que nascem do confronto entre as regras gramaticais e a diversidade e riqueza dos usos de uma língua. Duas das questões colocadas no Consultório são um bom exemplo desta realidade: estará correta a...
O centenário de Sophia de Mello Breyner, os femininos de poeta e druida, o português na Venezuela e o legado de Jorge de Sena
1. A obra e a personalidade de Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004) deixaram memória perene na vida literária e cívica de Portugal. É o que se assinala neste dia, 6 de novembro de 2019, em que se cumprem cem anos sobre o seu nascimento, um aniversário marcado por um extenso programa de atividades culturais a realizar até 20/12/2019 no Porto (sua cidade natal), em Lisboa e noutras cidades portuguesas (ver programa aqui). No Ciberdúvidas, a rubrica Antologia dá igualmente testemunho do génio...
