Escreve-se Adem (palavra grave) ou Adém (palavra aguda, com a aberto e acento tónico na sílaba -em)1.
Também já foi possível escrever este topónimo com acento grave: Àdem era a forma defendida nos meados do século XX por um autor prescritivista como o português Vasco Botelho de Amaral (Grande Dicionário de Dificuldades e Subtilezas do Idioma Português, 1958). No entanto, uma alteração de 1973 aos códigos ortográficos então vigentes – o do Acordo Ortográfico de 1945, em Portugal, e o do Formulário Ortográfico de 1943, no Brasil – levou à supressão deste acento na maioria das palavras2.
1 São estas as grafias registadas por Rebelo Gonçalves no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (1966), obra ainda hoje de referência quanto à fixação de muitos topónimos estrangeiros. Adém é a única forma registada pelo Vocabulário Onomástico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras.
2 Hoje o acento grave só ocorre na contração da preposição a com as formas de feminino do artigo definido – à (crase, como é chamada no Brasil) e às – ou com com os demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo – àquele(s), àquela(s), àquilo – ou, ainda, com os compostos aqueloutro(s)/aqueloutra(s) – àqueloutro(s), àqueloutra(s). Convém reforçar que este uso, embora explicitamente definido na Base XII do Acordo Ortográfico de 1990, foi fixado antes, em 1973, como se afirma no corpo da resposta.