A palavra ética não tem um significado próprio e diferente para os políticos, embora alguns destes, por vezes, tentem modificar os sentidos da palavra. Assim, ética é, primeiro que tudo, o «conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade». Depois, trata-se também da «parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo esp. a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social». No âmbito da filosofia, «em doutrinas racionalistas e metafísicas, [consiste no] estudo das finalidades últimas, ideais e, em alguns casos, transcendentes, que orientam a ação humana para o máximo de harmonia, universalidade, excelência ou perfectibilidade, o que implica a superação de paixões e desejos irrefletidos» ou «no empirismo, materialismo ou positivismo, [trata-se do] estudo dos fatores concretos (afetivos, sociais etc.) que determinam a conduta humana em geral, estando tal investigação voltada para a consecução de objetivos pragmáticos e utilitários, no interesse do indivíduo e da sociedade» (in Dicionário Eletrônico Houaiss).
O Dicionário da Porto Editora, por sua vez, define ética como «princípios morais por que um indivíduo rege a sua conduta pessoal ou profissional; código deontológico». Chama-lhe ainda «moral» e «ciência da moral». Na área da filosofia, diz que é «disciplina que procura determinar a finalidade da vida humana e os meios de a alcançar, preconizando juízos de valor que permitem distinguir entre o bem e o mal».
Ética vem «do grego 'ethiké' [epistéme], “a ciência relativa aos costumes”, pelo latim 'ethica-', de igual significado».