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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Na rubrica Acordo Ortográfico, disponibiliza-se o artigo que o linguista brasileiro Sérgio Rodrigues publicou no jornal Folha de S. Paulo do dia 18 p.p, a propósito do lançamento oficial, na capital de Cabo Verde, da primeira versão do Vocabulário Ortográfico Comum (VOC) e dos vocabulários nacionais associados – recursos que passaram a estar totalmente acessíveis na plataforma do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP). Saliente-se a citação que Sérgio Rodrigues faz de algumas palavras de outro linguista brasileiro, Carlos Alberto Faraco: «Esse vasto acervo poderá servir de base para a escrita de um novo dicionário geral da língua, o que será um passo fundamental [...]. Aos poucos vai se consolidando o conceito de língua pluricêntrica para o português.»

2. Coincidente com o lançamento oficial do VOC e dos cinco vocabulários nacionais já disponíveis na respetiva plataforma, realizou-se igualmente na cidade da Praia a XII Reunião Ordinária do Conselho Consultivo do IILP. O respetivo comunicado final fica transcrito, na íntegra, na rubrica Notícias.

3. No consultório, ficam igualmente em linha quatro novas respostas: existe a palavra "desrespeituoso"? Diz-se que em Portugal nem toda a gente pronuncia o r de rato e carro da mesma maneira: como pode isso acontecer? Podemos escrever «prà frente» num texto formal? Todo significa «cada» ou «inteiro», mas como se consegue fazer essa distinção?

4. Nas emissões desta semana dos programas produzidos pelo Ciberdúvidas* para a rádio pública portuguesa, são entrevistadas a professora universitária Teresa Calçada, a nova presidente do Plano Nacional de Leitura de Portugal, e a linguista moçambicana Inês Machungo, coordenadora do Vocabulário Ortográfico Nacional do seu país, já disponível na plataforma do IILP.

* Língua de Todos (sexta-feira, dia 19 de maio, às 13h15, na RDP África, com repetição no sábado, dia 20, depois do noticiário das 09h00) e Páginas de Português (domingo, dia 21 de maio, na Antena 2, às 12h30, com repetição no sábado seguinte, dia 27, às 15h30). Hora oficial de Portugal continental, ficando ambos os programas disponíveis, posteriormente, aqui e aqui.

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1. Uma conversa com a professora universitária Teresa Calçada, a nova presidente do Plano Nacional de Leitura de Portugal, e uma outra com a linguista moçambicana Inês Machungo, coordenadora do Vocabulário Ortográfico Nacional do seu país, já disponível, dominam as emissões desta semana dos programas produzidos pelo Ciberdúvidas para a rádio pública portuguesa*.

** Língua de Todos (sexta-feira, dia 19 de maio (às 13h15, na RDP África, com repetição no sábado, dia 20, depois do noticiário das 09h00) e Páginas de Português (domingo, dia 21 de maio (na Antena 2, às 12h30, com repetição no sábado seguinte, dia 27, às 15h30). Hora oficial de Portugal continental, ficando ambos os programas disponíveis, posteriormente, aqui e aqui.

2. Da presente atualização do Ciberdúvidas, assinalamos nos Destaques (em baixo e/ou ao lado) as cinco novas respostas em linha consultório; e, na rubrica Montra de Livros, damos destaque ao recém-publicado livro de memórias do académico português Fernando Cristóvão, Nova Peregrinação por Diversificadas Latitudes da Língua Portuguesa (Volume I • 1968-1989).

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. 27 anos depois da assinatura do Acordo Ortográfico pelos então sete países da CPLP e sete anos depois de uma das recomendações do Plano de Ação de Brasília para a Promoção, a Difusão e a Projeção da Língua Portuguesa, o Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa (VOC) encontra-se já disponível na plataforma do IILP. Não integrando ainda os vocabulários nacionais de Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe – estes por razões diferentes entre si – e, naturalmente, do caso sui generis da Guiné Equatorial, Estado-membro também da CPLP, desde 2014 – conta, por agora, com cerca de 310 mil vocábulos. Desses, 73 mil são topónimos de todos os países envolvidos. Como damos conta na rubrica Notícias – e segundo declarações da linguista Margarita Correia, da equipa central do VOC, ao correspondente da agência Lusa, na capital de Cabo Verde –, trata-se, pois, de um «projeto aberto», em que, «a qualquer momento, novas palavras podem ser acrescentadas, incluindo dos três países lusófonos ainda em falta e com cada país a desenvolver ou atualizar o seu vocabulário.»

2. Da presente atualização do Ciberdúvidas assinalamos, entretanto:

• Um apontamento da professora Arlinda Mártires na rubrica Pelourinho, em alusão a um vídeo com o músico brasileiro Caetano Veloso, intitulado «Deitaram meu gerúndio fora». O desafio do ex-ministro português das Finanças e da Educação Guilherme d’Oliveira Martins, atual administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, para os professores combaterem os “resumos” de obras literárias e a porem as crianças a ler escritores de língua portuguesa para melhorar o domínio do idioma.

• Cinco novas respostas no consultório [vide registo nos Destaques].

3. Uma dessas respostas esclarece o uso e o significado da palavra tríduo. E, já agora, a propósito do tão festejado pelos seus adeptos tetracampeonato de futebol do Benfica: qual é, afinal, o sentido preciso do elemento de formação tetra? Uma antiga controvérsia, a pretexto de outros dois clubes portugueses com igual sucessão de títulos ganhos, não podia ser mais atual. Aqui, aqui e aqui. E também aqui.

4. Ainda dois registos de impacto mediático em Portugal:

• A «tolerância de ponto» concedida pelo Governo português aos funcionários públicos coincidente com a visita do papa Francisco a Fátima levou muitas notícias a equivalerem o termo a um feriado. Nada disso, como se esclarece aqui.

• A vitória, pela primeira vez, de um cantor português no festival da Eurovisão 2017. Cantando em português para 26 países, com recordes acrescidos de audiência, Salvador Sobral protagonizou outro feito: foi o representante de Portugal com mais pontuação de sempre, vencendo tanto na votação do júri como na do público.

5. Finalmente, uma chamada de atenção para o tema do ilha da Madeira, no 9.º episódio da nona série do magazine televisivo Cuidado com a Língua!, regressando um mês depois da sua última emissão. Na terça-feira, dia 16/05, na RTP 1, às 21h00*.

* Hora oficial de Portugal Continental, com repetição nos canais internacionais da RTP (ver aqui), ficando também disponível na sua página oficial. Outras informações, aqui.

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1. A visita oficial do papa Francisco a Fátima nos dias 12 e 13 de maio impõe passar em revista o muito que o Ciberdúvidas tem em arquivo a respeito dos temas do cristianismo e do prolongado impacto cultural das suas correntes – em especial, a católica – sobre a língua portuguesa: "A invocação do nome Nossa Senhora"; "As palavras do papa"; «Ser mais papista que o papa»; "Bíblia (escreve-se sem itálico)"; "Bíblia / biblioteca"; "A evolução semântica de igreja, bispo, ministro e missa"; "Padre, P. e Pe"; "A forma de tratamento de um padre"; "Padre, madre, abade, abadessa"; "O aumentativo de padre"; "Sobre a prática do catolicismo"; "Origem das palavras católico e catolicismo"; "Católico, 'catolicato' e 'catolicossato'"; "A origem da palavra igreja"; "Igrejas evangélicas"; "A origem da expressão 'roubo de igreja'"; "A história e o significado da expressão XPTO"; "XPTO"; "A.C. - d.C.; Jesus Cristo; a.I. - d.I."; "A. D. e d. C."; "A organização católica Opus Dei em português é feminina"; "O feminino da palavra bispo"; "Forma de tratamento de cardeal"; "Cheirar a bispo»/«entrar o bispo"; "Baptizado"; "Baptismo e baptizado"; "A pronúncia da palavra batizado"; "Cruz de falecido e cruz de eclesiástico"; "A influência do latim eclesiástico"; "A pronúncia do latim (em escolas e universidades e no âmbito eclesiástico)"; "Maiúsculas em três casos específicos"; "Congreganismo"; "O acto de dar o dízimo (nas igrejas)"; "'Filho da Igreja', 'filho de Deus', 'filho das ervas' e 'filho das malvas'"; "Santo / São".

2. Comemora-se também em 13 de maio a assinatura em 1888 da Lei Áurea, que aboliu a escravatura no Brasil. Acerca de tópicos relacionados com o flagelo do tráfico de escravos, que tanto marcou o colonialismo português, (re)leiam-se nas nossas páginas "À volta da palavra (e do conceito) escravatura" e "Acerca das palavras escravo e servo".

3. O Brasil foi precisamente a primeira* das 28 viagens por 21 países cujas memórias o académico português Fernando Cristóvão narra no livro Nova Peregrinação por Diversificadas Latitudes da Língua Portuguesa (Volume I • 1968-1989). Reunindo os diários dessas  impressões «pelas rotas da Lusofonia», recolhidas ao longo dos  21 anos da sua presidência no então ICALP (Instituto de Cultura e Lingua Portuguesa), foi lançado nesta semana, em Lisboa. Dele daremos nota, oportunamente, na rubrica Monta de Livros.

* «No princípio, foi o Brasil – conta Fernando Cristóvão, logo no primeiro capítulo de Nova Peregrinação por Diversificadas Latitudes da Língua Portuguesa. Foi a primeira viagem, de estadia algo longa, por indicação do meu Mestre Vitorino Nemésio, de quem comecei por ser assistente [na Faculdade de Letras de Lisboa], com o objetivo de ilustrar, nas aulas práticas que eu dava, as exposições teóricas dele (...) teve como objetivo dar-me uma ideia do Nordeste do Brasil relativa à colonização portuguesa e transmiti-la nas aulas de Literatura Brasileira que dava na Faculdade de Letras de Lisboa. Aprendizagem prática muito baseada em contactos diretos com a população, observando a sua linguagem (muito dela até me parecia a de João de Barros ou Camões), folclore (especialmente dos cantadores ao desafio), modos de vida, problemas de diversificada ordem, em vivência solidária, conhecimento de textos e autores que nenhuma história da literatura regista.»

4. Em O Nosso Idioma, fica disponível um breve guia para bem escrever, num conjunto de sete dicas que a linguista e professora Sandra Duarte Tavares publicou na revista Visão do dia 11 p.p.

5. No consultório, pergunta-se: escreve-se "arieiro", ou "areeiro"? Que diferença existe entre «ao princípio» e «a princípio»? E entre «de fome» e «à fome»? Será possível que uma forma verbal como «tem vindo a crescer muito» quase não se use no Brasil? Finalmente, «começar do começo» – só pode constituir um pleonasmo vicioso?

6. O falecimento do jornalista e escritor Baptista-Bastos, em 9/05/2017, motiva a homenagem que lhe é prestada pelo programa Páginas de Português, no dia 14 de maio, na Antena 2, às 12h30*, com repetição no sábado seguinte, dia 20, às 15h30*. No outro programa produzido pelo Ciberdúvidas para a rádio pública portuguesa da presente semana – Língua de Todos de sexta-feira, dia 12 (às 13h15*, na RDP África, com repetição no dia seguinte, depois do noticiário das 09h00*) –, novamente Sandra Duarte Tavares, com uma abordagem ao tema dos verbos irregulares em português.

* Hora oficial de Portugal continental.

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1. Faleceu nesta terça-feira, dia 9 p.p, o jornalista e escritor português Baptista-Bastos. Um "príncipe da escrita", como a ele se referiam, com respeito e admiração, os seus colegas de profissão, além de uma carreira brilhante pelos jornais onde trabalhou desde os tempos do salazarismo em Portugal, Armando Baptista-Bastos, de seu nome completo, deixa ainda uma vasta e diversificada obra literária. Com uma marcante presença nos media nacionais, como entrevistador e colunista de pena contundente, da sua autoria foi a famosa frase «Onde é que você estava no 25 de Abril?», mote das entrevistas que conduziu no programa Conversas Secretas, entre 1996 e 1998, no canal de televisão SIC. Em 2005, foi o vencedor do Prémio João Carreira Bom, atribuído pelo conjunto das suas crónicas publicadas no Jornal de Negócios do ano anterior*.

* Vide o texto lido por Baptista-Bastos na cerimónia da atribuição do Prémio João Carreira Bom, de 2005: As palavras. Assim como estes outros seis disponíveis igualmente no arquivo do Ciberdúvidas: "Espinoteantes tolejos", "Andanças da minha escrita", "O mistério do cérebro dos portugueses", "A viagem sem epílogo", "O traço de união" e "Contra o 'sotaque único'".

2. Ainda sobre o falecimento do jornalista e escritor Baptista-Bastos, e em sua homenagem, debruça-se o programa Páginas de Português, dia 14 na Antena 2, às 12h30**, com repetição no sábado seguinte, dia 20, às 15h30**. Quanto ao outro programa produzido pelo Ciberdúvidas para a rádio pública portuguesa da presente semana – Língua de Todos de sexta-feira, dia 12 (às 13h15**, na RDP África, com repetição no dia seguinte, depois do noticiário das 09h00**) –, a convidada é a linguista Sandra Duarte Tavares, com uma abordagem ao tema dos verbos irregulares em português.

** Hora oficial de Portugal continental.

3. Na atualização deste dia, deixamos no consultório os esclarecimentos a cinco novas questões: diz-se «um bate-chapa» ou «um bate-chapas»? Do adjetivo afim é aceitável a formação do advérbio afimmente? E não se andará a exagerar no uso de um outro advérbio, literalmente? E quantos deíticos ocorrem a frase «por aqui passou gente famosa»? Por fim, será «de coração» uma locução frequente no mundo de língua portuguesa?

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1. A alusão à expressão popular portuguesa «alma até Almeida», no Pelourinho A "intensão" da SIC, assinado pelo advogado e escritor Domingos Lopes, e a origem obscura do nome da cidade Tomar são duas das seis novas respostas na atualização do consultório deste dia.

2. Assinaladas devidamente nos Destaques, em baixo (ou à direita), aí damos também nota de um terceiro topónimo, estrangeiro, este: Qatar. Mas que, não obstante a sua forma há muito aportuguesada, Catar – logo, assim é que devia ser sempre escrita –, a comunicação social portuguesa continua a optar em sentido contrário. Como se voltou a ler, a propósito das notícias da visita oficial do primeiro-ministro português, António Costa, a este país árabe, no Médio Oriente.

Cf.: A grafia de Catar, a vírgula em Saramago, a origem de briche, dêixis e o verbo saltar

 

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1. Festeja-se em 5 de maio o Dia da Língua Portuguesa e das Culturas na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o qual, valorizando o idioma como vínculo e património comum de diferentes povos e países, marca igualmente o começo de uma série de comemorações em diferentes pontos do globo. A propósito das iniciativas promovidas ou apoiadas por Portugal, em cerimónia realizada em 3 de maio p. p., o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva salientou o lugar do português entre as principais línguas do mundo e como a mais falada no hemisfério sul, prevendo que em meados deste século a língua portuguesa venha a ser falada por 400 milhões de falantes, dado o potencial demográfico dos países africanos da CPLP.

2. Na rubrica Pelourinho, transcreve-se do blogue O Chocalho, do advogado e escritor Domingos Lopes, um apontamento sobre como no espaço mediático se anda a confundir intenção com intensão.

3.  Ainda sobre a promoção da língua portuguesa, merecem registo:

• a estreia de filmes de realizadores da CPLP que a RTP2, um dos canais da televisão pública portuguesa, leva a cabo até 23 de julho do presente ano; 

• as declarações do presidente da república de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, que defende a adoção de medidas drásticas para a disseminação do português entre a população do seu país.

4. Nos programas produzidos pelo Ciberdúvidas para a rádio pública portuguesa*, a professora universitária Margarida Calafate Ribeiro, especialista em Estudos Pós-Coloniais na Universidade de Coimbra,  aborda as razões por que os PALOP adotaram o português como língua oficial.

* Língua de Todos de sexta-feira, dia 5 (às 13h15, na RDP África, com repetição no sábado, dia 6) e Páginas de Português de domingo, 7 de maio (na Antena 2, às 12h30, com repetição no sábado seguinte, dia 13). Hora oficial de Portugal continental.

5. Deve dizer-se «a população de Portugal é dez milhões», ou «a população de Portugal são dez milhões»? O verbo ser e a sua concordância caprichosa voltam a ter a atenção do consultório, onde também se acolhem outras quatro perguntas: o que é uma «frase matriz»? Dispendiosidade é palavra bem formada? Existe o verbo pulirar? E que significará arava, que ocorre num dos romances do escritor português Aquilino Ribeiro (1885-1963)? O que se entende por «frase matriz» nos estudos de sintaxe?

6. As notícias sobre a introdução em Portugal de meios tecnológicos auxiliares para as equipas de arbitragem no futebol, na próxima época, trouxeram, de novo, a variação do termo, com hífen (vídeo-árbitro) e sem hífen (videoárbitro). Vale então a pena lembramos o que já aqui foi esclarecido anteriormente, sobre as regras do uso do hífen nas palavras prefixadas, antes e depois do Acordo Ortográfico. Ou seja: os que o seguem, devem escrever como se ilustra ao lado a primeira página do jornal " A Bola", na ilustração ao lado – e não como o fez  um outro diário desportivo português, o "Record", que adotou igualmente a norma de 1990; os que se mantêm conforme a anterior norma de 1945, então devem escrever vídeo-árbitro – e não videoárbitro, como o fez o jornal que em Portugal mais contesta as novas regras ortográficas. Sejam estas ou as anteriores, pelo imperativo do rigor no bom uso do idioma nacional no espaço público.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. 30 anos antes de publicar Variantes Cariocas da Língua Portuguesa, um glossário de mais de 5000 entradas em dois volumes sobre o riquíssimo património linguístico do Rio de Janeiro, o geólogo António Correia de Pinho debruçou-se sobre uma área que, ao tempo, foi de todo tema inovador. Obra por isso considerada de referência na época – «não só por ser a primeira do género, mas também e, sobretudo, porque reúne e fixa em português, por ordem alfabética, os termos correntemente utilizados na indústria petrolífera, nas áreas de exploração, desenvolvimento e produção». É o que se dá conta na rubrica Montra de Livros sobre o seu ainda hoje utilíssimo Glossário dos mais Úteis Termos. Expressões, Abreviaturas e Símbolos Usados na Indústria do Petróleo.

2. A professora universitária, Margarida Calafate Ribeiro, especialista portuguesa em Estudos Pós-Coloniais, é a convidada dos programas produzidos pelo Ciberdúvidas para a rádio pública portuguesa*, abordando as razões de ordem histórica, política e cultural que conduziram os PALOP na opção pelo português como língua oficial.

* Língua de Todos de sexta-feira, dia 5 (às 13h15**, na RDP África, com repetição no sábado, dia 6) e Páginas de Português de domingo, 7 de maio (na Antena 2, às 12h30**, com repetição no sábado seguinte, dia 13.

** Hora oficial de Portugal continental.

3. São cinco as novas respostas em linha no consultório, na presente atualização do Ciberdúvidas: sobre o significado do verbo desarriscar e a grafia e a etimologia da palavra seara; a diferença entre desculpa e perdão, geral, general e generalidade; e, finalmente, à volta da frase «Nunca se dignou a aproximar-se» (ou, antes, «Nunca se dignou a se aproximar»?).

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1. Contrariando a visão de alguns órgãos mediáticos em Portugal, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (AO) tem desenvolvimentos no espaço da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP):

♦ em Moçambique, prevê-se a sua aplicação a partir dos primeiros meses de 2018, coincidindo com o começo do novo ano letivo no país;

♦ e os vocabulários ortográficos nacionais (VON) do Brasil, de Cabo Verde, de Moçambique, de Portugal e de Timor-Leste vão ser lançados formalmente em 12 de maio p. f. na sede do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, na cidade da Praia, em Cabo Verde. Trata-se de documentos associados ao Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa (VOC), aprovado em 2014 em Díli, na X Conferência dos Chefes de Estado e de Governo (CCEG) da CPLP, e acessíveis na plataforma do VOC, a qual, recorde-se, teve apresentação pública em fevereiro de 2015, em Lisboa. Refira-se que falta elaborar (no primeiro caso) ou concluir (nos dois últimos dois) os VON de Angola, da Guiné-Bissau e de São Tomé e Príncipe.

2. Ainda sobre a questão ortográfica, o espaço que lhe está destinado acolhe o comentário crítico de D'Silvas Filho a propósito de um artigo publicado no Jornal de Angola com o título Na esteira de um parecer sobre o Acordo Ortográfico, segundo o qual «há preocupações que impedem o Estado angolano de ratificar o AO90 sem que se operem as rectificações que se fazem necessárias».

3. Na rubrica Controvérsias, acolhe-se uma reflexão à volta do uso da incómoda palavra escravatura, quando se faz a história do império colonial português. Trata-se do artigo que o historiador português João Pedro Marques publicou no Diário de Notícias de 24 de abril de 2017, sob o título original “Falando de escravatura. Um ponto prévio”.

4. No Pelourinho, José Mário Costa assina um apontamento sobre um erro «anos a fio» cometido nos media portugueses (e as razões disso): o mau uso do verbo reunir como transitivo versus na sua forma pronominal.

5. São cinco as novas respostas em linha no consultório: o que pode significar «palmo a palmo» num trecho do romance Memorial do Convento, do escritor português José Saramago (1922-2010)? Água e aquático são da mesma família de palavras? Que quererá dizer «ter um temperamento saturnino»? E porque se escreve coxofemoral assim mesmo? Finalmente, o topónimo português Marvão terá origem árabe – mas de que palavra desta língua?

6. Nos programas produzidos pelo Ciberdúvidas para a rádio pública portuguesa, um convidado em comum: o linguista português Ivo Castro. No Língua de Todos de sexta-feira, dia 28 (às 13h15*, na RDP África, com repetição no sábado, 29), fala sobre as mudanças ocorridas no português de Portugal, na sequência do processo de descolonização decorrente do 25 de Abril de 1974, com o regresso dos chamados "retornados” de África e o posterior fluxo migratório de africanos para Portugal. No Páginas de Português de domingo, dia 30 (na Antena 2, às 12h30*, com repetição no sábado seguinte, dia 6 de maio, às 15h30*), Ivo Castro aborda o novo vocabulário político e social surgido em Portugal depois do 25 de Abril de há 43 anos.

7. Com o feriado do 1.º de maio, na próxima segunda-feira, voltaremos com nova atualização na quarta-feira seguinte, dia 3/05.

* Hora oficial de Portugal continental.

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1. Como deverá ser pronunciado um estrangeirismo incorporado na língua portuguesa desde os finais do século XVIII, como é o caso do vocábulo «vintage»? A pergunta e a resposta constam da reflexão da professora Maria Regina Rocha que deixamos disponível na rubrica Controvérsias – questionando os dicionários portugueses que indicam uma transcrição fonética que «nem respeita o original inglês nem corresponde à pronúncia portuguesa», conforme as regras da fonologia da nossa língua. É caso para se dizer: os dicionários também se enganam...

2. Na presente atualização do consultório ficam em linha quatro novas respostas, conforme se indica nos Destaques desta página.

3. O linguista português Ivo de Castro é o convidado dos programas produzidos pelo Ciberdúvidas para a rádio pública portuguesa:

• Falando no Língua de Todos de sexta-feira, dia 28 (às 13h15*, na RDP África, com repetição no sábado, 29) sobre as mudanças ocorridas no português de Portugal, na sequência do processo de descolonização decorrente do 25 de Abril de 1974, com o regresso dos chamados "retornados” de África e o posterior fluxo migratório de africanos para Portugal.

• E no Páginas de Português de domingo, dia 30 (na Antena 2, às 12h30*, com repetição no sábado seguinte, dia 6 de maio, às 15h30*), com uma abordagem à volta do novo vocabulário político e social surgido em Portugal depois do 25 de Abril de há 43 anos.

* Hora oficial de Portugal continental.