Se está a fazer referência ao artigo «Os neologismos nos meios de comunicação social portugueses», de Tiago Freitas, Celeste Ramilo e Eva Arim, incluído em A Língua Portuguesa em Mudança (org. Maria Helena Mira Mateus e Fernanda Bacelar do Nascimento, Lisboa: Caminho, 2005, págs. 51-65), só posso citar o que esses investigadores afirmam:
«Os neologismos são as palavras novas da língua, isto é, as palavras que entraram há pouco tempo ou que ainda estão num processo de integração no léxico da língua. [...] (O) conceito de neologismo contempla também (1) os vocábulos cujo uso não chega a generalizar-se e (2) os vocábulos que permanecem na língua por pouco tempo» (idem, pág. 51).
Não há, como se vê, considerações sobre prazos de integração de tais unidades lexicais. E calculo que seja difícil estimá-lo, porque o critério será certamente a sua dicionarização, que pode ser apressada ou feita com resistências. Muito dependerá da projecção que tal neologismo tenha entre quem acompanha o uso linguístico e o avalia.