No sentido de «comunicar por telefone com alguém», só se aceita a segunda frase, ou seja, a frase em que telefonar é um verbo que seleciona um constituinte com a função de complemento indireto: «telefonei à Teresa» > «telefonei-lhe».
Pode considerar-se que este comportamento sintático é simplesmente idiossincrático, mas a equivalência de telefonar com «ligar a/para alguém» e ou com as perífrases «falar a/com alguém ao/pelo telefone» e «fazer um telefonema a/para alguém» sugerem que o verbo em causa seguiu o modelo sintático de outros verbos de comunicação, ao mesmo tempo que absorveu um complemento direto que está implícito na sua significação («fazer um telefonema», «usar o telefone»).