Não há consenso acerca da morfologia e da ortografia de bebé nos casos em questão.
A palavra bebé é usada quer como substantivo quer como adjetivo. Quando associado a substantivos comporta-se como adjetivo, equivalente a «recém-nascido, imaturo, pequenino» e concorda no plural: «ursos bebés», «estrelas bebés», «trutas bebés», «gatos bebés». Este é o funcionamento e a ortografia que o dicionário da Academia das Ciências de Lisboa atesta, sem grafar com hífen. No entanto, no Brasil, o Dicionário Houaiss (1:ª edição, de 2001, e edição de 2009) assinala o seguinte:
«seguindo outro substantivo, ao qual se liga por hífen, é um determinante específico e significa "recém-nascido", "com poucos dias ou meses" (panda-bebê, esquilos-bebês); vindo antes do substantivo, pode ligar-se ou não por hífen (bebê panda ou bebê-panda).»
Nem o atual Acordo Ortográfico nem os anteriores normativos facultam elementos que permitam identificar o uso mais adequado, pelo que, neste momento, se pode dizer que:
a) bebé tem plural quando associado a outro substantivo: urso bebé/ursos bebés;
b) na escrita, depois de um substantivo, pode figurar ou não com hífen: «ursos bebés» e ursos-bebés.
Observe-se, ainda assim, um caso que está dicionarizado como palavra autónoma, o de lua-bebé, cujo plural o Vocabulário Ortográfico Comum fixa como lua-bebés, ou seja, apenas com o elemento bebé pluralizado. Contudo, o vocabulário ortográfico da Porto Editora regista luas-bebés, uma forma congruente com o que acima foi dito e que, portanto, se deve aceitar como mais correta.