Fornecendo a metodologia um conjunto de procedimentos de descoberta susceptíveis de ajudar o linguista a determinar as regras de uma língua, julgo que a gramática metódica será a que enunciar essas regras, enquanto a histórica, como é sabido, estuda a evolução da referida língua através dos tempos.
Sendo assim, o adjectivo, numa língua como a nossa, é a palavra que se junta ao substantivo para o qualificar (adjectivo qualificativo) ou para o «actualizar» numa frase (adjectivo determinativo), categoria esta relativamente restrita. Em dada língua tem de se aprender o uso do adjectivo, com ou sem verbo, variável ou não, indeclinável ou declinável, suas possibilidades de emprego substantivado ou adverbialmente, etc. Com os advérbios, que a gramática tradicional define como palavras que acompanham verbos, adjectivos ou outros advérbios para lhes modificar ou precisar o sentido, passa-se o mesmo, no sentido em que, ao estudar-se uma língua se tem de saber, p. ex., os seus lugares na oração (mais ou menos rígidos), a possibilidade de os adjectivos serem usados adverbialmente, (como em latim, romeno ou alemão), em suma qual o seu emprego correcto.
Quer para o adjectivo, quer para o advérbio, em gramática histórica, terá de averiguar-se a sua evolução, p. ex. a passagem de certos adjectivos a advérbios, a história do seu uso no decorrer dos tempos, etc.