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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1.   A 19 de novembro de 1935, já muito debilitado da crise hepática que o haveria de vitimar no hospital de São Luís dos Franceses, em Lisboa – faz precisamente 82 anos no dia 30 do presente mês –, Fernando Pessoa escreve o último poema na língua materna: «Há doenças piores que as doenças»No entanto, é em inglês que  ele redige a última frase, na véspera do seu falecimento: «I know not what tomorrow will bring1. É o que recorda a professora Maria Eugénia Alves, na reflexão que assina na rubrica O Nosso Idioma quanto à surpreendente opção do poeta, na sua hora final, pelo idioma em que fora educado em Durban

1 Em português: «Não sei o que o amanhã trará 

Cf.: Fernando Pessoa: 10 das melhores frases do génio + Banda desenhada francesa recria últimos dias de vida de Fernando Pessoa

2. Uma segunda efeméride  destes dias são os 25 anos do SMS, sigla do inglês Short Message Service, «serviço de mensagens curtas». Foi  a 3 de dezembro de 1992 que a primeira mensagem de texto (“Feliz Natal”) foi enviada por Neil Papworth, um jovem engenheiro informático, então com 22 anos de idade, a um colega de trabalho, através de uma operadora comercial, no Reino Unido. Sobre esta sigla e as suas marcas no vocabulário comum do português neste meio século decorrido, vários textos podem ser procurados no arquivo do Ciberdúvidas.² E na rubrica Diversidades deixamos transcrito um trabalho difundido pela agência Lusa sobre o que o uso «desenfreado» do SMS mudou a forma de se escrever... inclusive nas salas de aula.

² Por exemplo: Um SMS ou uma SMS? E o plural?O género de SMS + Sigla e empréstimo  + A “smsização” da língua  + Dicionário para chat, SMS e e-mail

3. No consultório³, responde-se a sete perguntas, que abrangem áreas muito diversificadas: da singular expressão «entrou por uma perna de pinto e saiu por uma perna de pato», usada em parlendas no Brasil, ao uso do verbo ouvir selecionado pelo verbo de controlo querer, a partir de uma frase do Sermão de Santo António aos Peixes, do Padre António Vieira: «Já que me não querem ouvir os homens […]». Ainda no domínio da sintaxe, o esclarecimento é sobre o emprego do infinitivo com sujeito acusativo. E, para terminar, será a etimologia de lâmpada a mesma de lampreia?

³ Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – agora à terça-feira. Entretanto,sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques.  

4.  Évora e a sua milenar região é o tema do sexto episódio da 10.ª série do magazine televisivo Cuidado com a Língua! Na segunda-feira, dia 4 de dezembro de 2017, no primeiro canal da RTP, depois das 21h00 (hora oficial de Portugal continental). Com repetição nos demais canais da televisão pública portuguesa, ficando depois acessível, também, na aplicação RTP Play. 4

4 Interrompido nesta data pela RTP 1, Cuidado com a Língua!  voltará só em 2018, em dia e horário ainda por se saber.

 

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Na presente atualização do Ciberdúvidas – que, a partir da próxima semana, passa a ser à terça-feira*, ficam disponíveis no consultório 12 novas perguntas. Por exemplo, estas: ♦ «Em vez de “Eu te batizo...” não deveria ser “Eu batizo-te...”?». «Deve dizer-se “orientar para…” ou “orientar a…”?». ♦ Qual a diferença entre «faixa de rodagem» e «via de rodagem»? ♦ «Como devemos assinalar o refrão de uma cantiga de amigo, quando fazemos o seu esquema rimático?». ♦ «Como se podem diferenciar no uso “sob aviso” e “sobreaviso?”». E, ainda, questões à volta de uma oração subordinada substantiva completiva nos Contos de Eça de Queirós, sobre um poema de Álvaro de Campos e uma última a propósito da classificação sintática de três frases iniciada com os pronomes interrogativos Que, Qual e Quem.

* Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana. Passa a ser, futuramente, sempre, à terça-feira.  E, como até à data, sempre que a atualidade ou a importância do assunto o justificar, não deixaremos de o noticiar, com o devido registo nos Destaques.  

2. O afastamento de Robert Mugabe da presidência do seu país trouxe, de novo, para o espaço mediático a oscilação na grafia dos topónimos estrangeiros – no caso, ora em inglês, Zimbabwe, ora na sua forma aportuguesada há muito, Zimbabué/Zimbábue. Oportunidade para uma revisitação do que se encontra em arquivo e noutras fontes quanto a este tema específico.**

** Cf. Zimbabwe, Zimbábue ou Zimbabué? + Nova Iorque, Moscovo/Moscou, Zimbábue/Zimbabué e Botsuana Aportuguesamento de vários topónimos estrangeirosDe Almeida a Tomar, até ao CatarA grafia portuguesa de topónimos estrangeiros + Costa del Sol (esp.), Costa do Sol (port.) + Cazaquistão + Iucatão + Os gentílicos da Guiné, da Guiné-Bissau e da Guiné Equatorial + A grafia de algumas capitais africanasDicionário de Gentílicos e Topónimos (Portal da Língua Portuguesa) +  Código de Redacção Interinstitucional do portal Europa (União Europeia) + Exónimos em português.  

3. Em crónica publicada na edição digital da revista Visão de 1/11/2017, a professora Sandra Duarte Tavares escreve sobre comunicação empática e cortesia linguística. E o economista António Bagão Félix, em artigo dado à estampa no jornal “Público” do dia 16/11/2017, enumera as 10 palavras mais feias que circulam no espaço mediático português «de braço dado com modismos ou encavalitadas em posologia tecnocrática». Um e outro textos ficam transcritos, também, na rubrica O Nosso Idioma

4. Nova data da emissão: 2.ª-feira, dia 27/11* (depois da sua não transmissão na passada segunda-feira pela RTP 1, por alteração de última hora da sua programação).

Calçada Portuguesa, de Lisboa ao Rio de Janeiro – aqui designada de Calçadão, com os seus 4,15 km de extensão na praia de Copacabana –, é o tema do quinto episódio da 10.ª série do magazine televisivo Cuidado com a Língua!

 

* Na segunda-feira, dia 27/11, no primeiro canal da RTP depois das 21h00 (hora oficial de Portugal continental). Com repetição nos demais canais da televisão pública portuguesa; ficando depois acessível, também, na aplicação RTP Play. 

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1.  De Timor-Leste, veio este pedido: «Numa aula com formandos de um curso de magistrados [em Díli], surgiu a dúvida sobre a diferença nas seguintes palavras: estabelecimento prisional, prisão, cárcere e penitenciária. Em dicionários são consideradas sinónimos, mas ao nível jurídico e histórico não é bem assim. Gostaria, se possível, que me esclarecessem.» O esclarecimento, subscrito pelo jurista Miguel Faria de Bastos, é uma das 8 novas respostas da presente atualização do consultório do Ciberdúvidas*. A que se acrescentam, entre elas, perguntas chegadas de Angola («maioria de razões» ou «maioria de razão»?), do Brasil («Gostaria de saber se a expressão «no que tange» requer a preposição a» e sobre a regência dos verbos chamar e denominar), de Espanha (qual a diferença entre «todo o leite» e «o leite todo»?) e de Portugal: «Diz-se “desgastado com” ou “desgastado por”?, "Tem por tema" ou «Tem como tema»?, "Aluna do Mestrado em Design" ou "Aluna do mestrado em Design"?»; e, ainda, uma pergunta sobre a divisão silábica da palavra conseguia, e uma última sobre um caso de  coesão lexical

*Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana, à segunda-feira. Sempre que a atualidade ou a importância do assunto o justificar, não deixaremos de o noticiar, com o devido registo nos Destaques. 

2.  Em Portugal, mas com origem em Espanha, e por via do fluxo noticioso à volta da questão da Catalunha, também tem sentido esta dúvida: como dizer o apelido Puigdemont? Pronunciado indistintamente na rádio e na televisão portuguesas, é oportuno lembrar o que já anteriormente aqui** se abordou com outros antropónimos estrangeiros de uso corrente no espaço mediático. No essencial: dizê-los em português levando em conta a forma como é pronunciado o nome no país de origem e a consequente aproximação fonética do seu aportuguesamento. Sendo um nome catalão (e não espanhol…) /Pújdemon/, na língua original –, o mais aproximado da fonética portuguesa será, pois, /Púijdemon/. 

** Outros  casos de nomes estrangeiros que sofreram um processo de aportuguesamento na sua dicção:  Al-Qaeda, Co Adriaanse, KoemanIKEAGulbenkian, Nobel, ONU, etc. 

3. Organizada pelo Grande Oriente Lusitanorealiza-se em Lisboa, no sábado, dia 18/11, a cimeira da Aliança Maçónica Europeia. Trata-se de uma associação que inclui 23 obediências de Portugal, Espanha, França, Bélgica, Luxemburgo, Grécia, Turquia, Suíça, Áustria, Países Baixos, Croácia, Roménia e Polónia. Oportunidade então para revisitarmos o que foi respondido por  José Neves Henriques (1916-2008 ) a um dos primeiros primeiro pedidos de esclarecimento chegados ao Ciberdúvidas, ainda em vida de João Carreira BomMação. E a mulher da Maçonaria? 

4. A origem da palavra água e os seus muitos significados é o tema do quarto episódio da 10.ª série do magazine Cuidado com a Língua!.Na segunda-feira, dia 13/11, no primeiro canal da RTP, depois das 21h00* 

 

* Hora oficial de Portugal continental, com repetição nos demais canais da televisão pública portuguesa; ficando depois acessível, também, na aplicação RTP Play.

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1.  «Como se chama à pessoa que faz artigos?» ♦ «Na frase “Houve quem achasse desmedida a vingança do homem.”, a oração «quem achasse desmedida» é subordinada substantiva relativa?» ♦ «Gostaria de saber se a análise sintática da seguinte frase está correta: «Sabia-se portador de uma mensagem importante. ♦ «Retrovisor; ciberespaço; passatempo; descobrimento; ternura; sociologia; trespassar; ilegal; vaivém; belas-artes; bem-me-quer; louvável; cooperar; saltitar; autocarro; desalmado; abraço; apadrinhar; flor da idade; agronomia e planalto. Qual o processo de formação [destas] palavras?»♦«Como posso distinguir os vários tipos de modificador?»; «Está correto aceitar que comida deriva, por processo não afixal, de comer?» ♦«Como posso distinguir o que nas orações?»♦ «Está correto considerar que a expressão "a boatos" («Não dês ouvidos a boatos.») desempenha a função de complemento indireto?»♦ «Tenho dificuldades em distinguir o valor aspetual imperfetivohabitual e iterativo. Se me puderem ajudar…»♦ «Na utilização de pronomes pessoais referentes à divindade, são geralmente colocados com letra maiúscula: “…viemos adorá-Lo”, “…começaram a acusá-Lo” (…). Seria possível explicar se as duas formas estão corretas ou se apenas uma é válida?»♦ A estas 10 perguntas deixamos os devidos esclarecimentos no consultório, na presente atualização do Ciberdúvidas¹

¹ Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana, à segunda-feira. Sempre que a atualidade ou a importância do assunto o justificar, não deixaremos de o noticiar, com o devido registo nos Destaques.  

2. Um ano depois, volta a realizar-se em Lisboa a Web Summit 2017. Oportunidade para lembrarmos estas reflexões na resposta, de 18/01/2016, Web Summit, start-up e feature: como usar em português? ²

² «Trata-se de um nome próprio resultante da conversão da expressão «web summit», que literalmente é o mesmo que «cimeira da/na rede», «cimeira da/na Web» ou «cimeira da/na Internet»; pode ainda sugerir «cimeira web», com web empregado adjetivalmente e em itálico (ou aspas). Como Web Summit se comporta como nome próprio, não tem, em princípio, tradução. Mesmo assim, esse estatuto não o dispensa de se ligar a outro nome próprio, seguindo a sintaxe portuguesa: «a Web Summit de Lisboa» (apesar de, em certos eventos, se observar a omissão da preposição, como sucede com o Moda Lisboa).» Vide, ainda, Web Summit para totós e dicionário startupês..

3. Da atualidade lisboeta são também os violentos incidentes que levaram, já, ao encerramento de uma discoteca à beira-Tejo, chamada Urban Beach³. "Praia Urbana", está visto, era demasiado português...

³ Diga-se «a Urban Beach» (e não «"o" Urban Beach»), uma vez que nos referimos a uma discoteca.

4. «Pregar um prego», «pregar uma seca» e o «pregar» de uma vendedora de castanhas – qual a diferença, de sentido e de pronúncia, e porquê? E quanto à palavra «castanha» e as suas tantas e saborosas derivações («estalar a castanha na boca», «apanhar uma castanha», «levar uma castanha [do irmão mais velho]» ...)? E no fim deste novo episódio da 10.ª série do magazine Cuidado com a Língua! (o terceiro), porquê a buzinadela quando o humorista Eduardo Madeira se queixa de se sentir «o pior convidado» do programa? Na RTP1, na segunda-feira, dia 6/11/2017, depois das 21h00. 4

4 Hora oficial de Portugal continental, com repetição nos demais canais da televisão pública portuguesa, e disponível, também, no RTP Play.

 

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1. 10 novas respostas ficam disponíveis no consultório, na presente atualização do Ciberdúvidas*. Delas, realçamos os esclarecimentos sobre o uso do advérbio latino circa na datação de acontecimentos históricos, a classificação da palavra caixinha, a razão do uso da expressão «sou a enviar», a conjugação do verbo vir, como auxiliar, e a regência dos verbos tornar-se, navegar e tocar.

* Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana, à segunda-feira. Sempre que a atualidade ou a importância do assunto o justificar, não deixaremos de o noticiar, com o devido registo nos Destaques. 

2.  Na rubrica Controvésias, deixamos um apontamento da professora Maria Eugénia Alves a propósito dos festejos em Portugal do Dia das Bruxas – o Halloween em inglês –, uma celebração até há poucos anos circunscrita a alguns países de língua anglo-saxónica (especialmente nos EUA), em 31 de outubro. 

3.  O projeto Fala Bracarense – visando a constituição de uma base de dados (digitalizada) representativa do português contemporâneo falado na cidade de Braga e as suas principais marcas linguísticas** – foi matéria de destaque no última emissão do programa Páginas de Português, na Antena 2, com uma conversa com a sua coordenadora, a investigadora do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho, Pilar Barbosa. A (re) ouvir aqui.

** Cf. O fenómeno do queísmo no falar bracarense: um estudo sociolinguístico.

4.  A tipografia – na sua dupla aceção da arte de imprimir e do estabelecimento onde se imprimem livros, revistas e folhetos de toda a ordem – é o tema do 2.º programa da 10.ª série do magazine televisivo Cuidado com a Língua!, no primeiro canal da televisão pública portuguesa. Na 2.ª-feira, 30 de outubro, depois das 21h00***

*** Hora oficial de Portugal continental, com repetição nos demais canais da televisão pública portuguesa; ficando depois acessível, também, na aplicação RTP Play.

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1.  «Como é possível definir de forma inequívoca o devido uso do particípio como verbo ou como adjetivo?». A cantiga de amigo Ai flores, ai flores do verde pino «é constituída por dísticos seguidos de refrão ou por tercetos?». Como ler o número 18 446 744 073 709 551 615? O verbo vai para o plural ou para o singular, em frases ligadas pelo advérbio nem? E o que são verbos inergativos? Finalmente: Animé, «desenhos animados em japonês», usa-se no feminino ou no masculino em português? Estes são alguns dos esclarecimentos chegados ultimamente ao consultório que ficam disponíveis nesta atualização*. 20 no total – neles  incluídos, ainda, duas outras respostas que retomam temas recentes: a grafia de ontem e, depois da contestação de um consulente, sobre a função sintática da expressão «com lentidão» na frase «De cócoras, em linha, os calceteiros, com lentidão, terrosos e grosseiros...».

 Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana, à segunda-feira. Sempre que a atualidade ou a importância do assunto o justificar, não deixaremos de o noticiar, com o devido registo nos Destaques. 

2. O que é uma necropsia? E o humor vítreo? E o conteúdo gástrico? E um uroxida? Procedimentos, provas, vestígios e casos recolhidos, e tratados, no Instituto de Medicina Legal de Lisboa, numa viagem ao mundo das palavras das ciências forenses e da investigação de um qualquer crime ou morte não natural – é o tema do 11.º episódio da oitava série do Cuidado com a Língua!já anteriormente emitido, que a RTP 1 repete nesta segunda-feira, dia 23/10, excecionalmente às 19h15.**  

 

** Hora oficial de Portugal continental, com repetição nos demais canais da RTP, e disponível, também, no RTP Play. 

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1. 14 novas respostas ficam em linha na presente atualização do Ciberdúvidas*. Entre as mais relevantes realçamos os esclarecimentos sobre o uso da oração completiva infinitiva com o verbo permitir, um segundo quanto à partícula apassivante se e o sujeito indeterminado e um terceiro a propósito da diferente utilização dos pronomes pessoais tu e ti. E o que dizer da frase «Ninguém mandou aqui a mim»? Finalmente, o momentoso referendo na Catalunha foi pretexto de uma pergunta relacionada com os gentílicos das diversas regiões e comunidades de Espanha. 48 precisamente.

Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana, à segunda-feira. Sempre que a atualidade ou a importância do assunto o justificar, não deixaremos de o noticiar, com o devido registo nos Destaques.

 

2. A calamidade dos incêndios florestais em Portugal, com excecionais altas temperaturas para esta época do ano, atinge proporções de absoluta destruição, de norte a sul do país, incluindo já a Galiza. Com a descrição jornalística de toda esta tragédia de pessoas, animais e bens devorados pelas chamas sem controlo, vejamos algumas das palavras e expressões mais  em foco nestes dias – e nem sempre  da melhor forma. Por exemplo, o adequado emprego de evacuar e de evacuação, ou a recomendada  pronúncia de fogo, no singular, e de fogos, no plural. E qual é o seu aumentativo?

 Vide, ainda, no arquivo do Ciberdúvidas: A etimologia de fogo, «Brincar com o fogo» e «Fogo que lavra e devora».

 

3.  Ainda em Portugal, a apresentação do Orçamento de Estado, na Assembleia da Repúblicapropiciou, por parte do ministro das Finanças Mário Centeno, uma precisão semântica recorrentemente contrariada no discurso mediático: o verdadeiro sentido da palavra reforma. Nada melhor, então, do que recordarmos o artigo A (falsa) reforma da palavra «reforma», uma reflexão da linguista Daniela Cordeiro publicada originariamente no semanário Expresso de 2/07/2011. Nem o contexto já ultrapassado desses tempos  da intervenção da troika em Portugal – e o que a decorrente política de austeridade económica duramente imposta ao país se fazia passar sob a denominação de «reformas estruturais» – perdeu atualidade. Antes pelo contrário. 

 

4.  Viana do Castelo é o cenário e o tema do primeiro episódio da 10.ª série do magazine televisivo Cuidado com a Língua!. Começando logo com a explicação do próprio topónimo: Viana do Castelo porquê? E quanto ao significado original do nome Viana? Três outras curiosidades: a conhecida troca do “b” pelo “v” nos falantes da região, a confusão entre «miradouro» e «belveder» e o sentido do provérbio «Gente do Minho veste pano e linho.» Na RTP 1, 2.ª-feira, 16 de outubro, depois das 21h00.**

** Hora oficial de Portugal continental, com repetição nos demais canais da televisão pública portuguesa; e disponível, também, na aplicação RTP Play.  

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1.  14 novas respostas ficam em linha na presente atualização do Ciberdúvidas*. Na verdade, nem todas elas correspondem a questões novas, como são os casos do emprego da próclise, da concordância verbal em frases com a expressão um dos… ou, ainda, a confusão entre o infinitivo pessoal e o futuro do conjuntivo. Aos consulentes que fizeram essas perguntas sem a prévia confirmação do que já constava no vasto e diversificado arquivo do Ciberdúvidas – mas também a todos os demais que procedem do mesmo modo –, voltamos a lembrar como (melhor) navegar e pesquisar no Ciberdúvidas

* Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana, à segunda-feira. Sempre que a atualidade ou a importância do assunto o justificar, não deixaremos de o noticiar, com o devido registo nos Destaques. 

2.  Novos temas e respetivos esclarecimentos: legiferante e/ou legisferante? Qual a função sintática de «o aborto» na frase «Você é contra o aborto»? E entre «em princípio» ou «a princípio»? Ou, ainda, sobre a origem da palavra soco e o advérbio mais. E diz-se «no [largo] Saldanha» ou na [praça] Saldanha»? 

3.  Em tempo ainda da atribuição anual dos prémios Nobel 2017 e a propósito dos continuados fogos florestais em Portugal, neste mês de outubro ainda com altas temperaturas de verão, lembramos os dois erros recorrentes nos noticiários nacionais: a pronúncia da palavra Nobel e o seu plural + o mau emprego do verbo evacuar

4.  Finalmente: como nos chegou até hoje a expressão «obras de Santa Engrácia»? E qual a ligação da igreja que lhe deu o nome com o Panteão Nacional, em Lisboa? E porquê, precisamente, o termo «panteão»? Destas e outras curiosidades trata o último episódio da 9.ª série do magazine televisivo apresentado pelo ator Diogo Infante e a locução da jornalista Maria Flor Pedroso, com a realização de Ricardo Freitas, da produtora Até ao Fim do Mundo. Na RTP 1, 2.ª-feira, 2 de outubro, depois das 21h00 (hora oficial de Portugal continental), com repetição nos demais canais da televisão pública portuguesa; e disponível, também, no RTP Play

 

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1. Agora, à segunda-feira, o primeiro canal da televisão pública portuguesa volta a emitir o magazine Cuidado com a Língua!, que fora interrompido em junho transato. Trata-se do 12.º programa da 10.ª série, à volta da figura e da obra de Rafael Bordalo Pinheiro, no cenário natural da fábrica e respetivo museu em memória do celebrado caricaturista, ceramista, político e jornalista português dos fins do século XIX. Os pormenores deste episódio aqui.

* Na RTP 1, 2.ª-feira, 2 de outubro, depois das 21h00 (hora oficial de Portugal continental), com repetição nos demais canais da televisão pública portuguesa e disponível, também, no RTP Play

2. No consultório ficam entretanto em linha 10 novas respostas, que preenchem a presente atualização do Ciberdúvidas**. Esclarecimentos respeitantes a questões de concordância verbal adjetival e com sujeitos no singular; sobre discurso indireto livre sobre o conceito de deixis espacial e a conjunção subordinativa causal porque; quanto ao pronome cujo e ao uso dos pronomes pessoais eu, tu, mim e ti; uma dúvida sobre semântica («Como devo dizer quando deito um álcool por cima de qualquer alimento e depois lhe deito fogo, estou a flamejar ou a flambear?») e uma última a propósito do uso do hífen nas novas regras definidas nos pontos 4.º e 5.º da Base XV do AO90 («”Ele é um homem muito sem-vergonha!” Todos sabemos que se usa o hífen neste caso. “Aqueles são filmes sem censura.” Usa-se hífen?»).

** Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana, à segunda-feira. Sempre que a atualidade ou a importância do assunto o justificar, não deixaremos de o noticiar, com o devido registo nos Destaques.

3. Finalmente, na rubrica Pelourinho, deixamos disponível um texto da professora Maria Eugénia Alves comentando o inadequado uso da forma de tratamento «você» numa série televisiva sobre Napoleão Bonaparte

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 1. Trave mestra, sem hífen, ou trave-mestra, com hífen? O que mudou, e se mudou, depois do Acordo Ortográfico? E o que dizer sobre o ver “ociar”? Outras perguntas esclarecidas na presente atualização do consultório do Ciberdúvidas*: 

  • «Qual a função sintática desempenhada pelo pronome relativo "que" na frase “O mesmo sol que abre os céus»  [Mensagem,  Fernando Pessoa]»?

  • «Ele adquire conhecimentos que o torna capaz de...» ou «ele adquire conhecimentos que o tornam capaz de...»?

  • Sobre a 1.ª pessoa do plural do imperativo do verbo permitir-se e à volta do esquema rimático do soneto esquema Ser Poeta, de Florbela Espanca.

  • Finalmente: «Na frase “De cócoras, em linha, os calceteiros, com lentidão, terrosos e grosseiros...”, qual é a função sintática de “com lentidão''»? 

* Recordamos o que foi anunciado anteriormente: dados os constrangimentos no seu funcionamento regular, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana, à segunda-feira. Sempre que a atualidade ou a importância do assunto o justificar, não deixaremos de o noticiar, com o devido registo nos Destaques.  

Cf.: Fernando Pessoa: 10 das melhores frases do génio + Banda desenhada francesa recria últimos dias de vida de Fernando Pessoa

2.  Na rubrica O Nosso Idioma deixamos disponíveis os cinco pressupostos para se escrever uma (boa) carta de apresentação, num texto da linguista Sandra Duarte Tavares, dado à estampa na revista Visão (edição digital) do dia 22 de setembro de 2017. E, do arquivo do Ciberdúvidas, respigamos alguns temas consonantes com o fluxo informativo destes dias: