1. Uxoricídio e feminicídio: qual a diferença entre estes dois termos da área penal? E se o último nem tem ainda registo dicionarístico, qual a necessidade dessa recorrente distinção na imprensa? – é umas das 12 perguntas a que damos resposta no consultório da presente atualização do Ciberdúvidas*. E ainda esta outra, igualmente do domínio da semântica: «Ao ler a ode Nem vã esperança vem, não anos vão, de Ricardo Reis, encontrei no quinto verso a palavra labento. Em vão procurei esta palavra (…). Qual o [seu] significado?»
* Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – agora à terça-feira. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques que vão sendo renovados neste período.
2. Da sintaxe, deixamos três esclarecimentos sobre modificadores (dois restritivos do nome e um do grupo verbal), sobre o predicativo do sujeito, um caso de ambiguidade por via de um sujeito subentendido e, da pontuação, à volta do uso das aspas (e quais).
3. Oficialmente em vigor em Portugal desde 13 de maio de 2009, o Acordo Ortográfico volta a ser questionado na Assembleia da República. A iniciativa agora é da responsabilidade do grupo parlamentar do Partido Comunista Português, com o Projeto de Resolução n.º 1340/XIII – 3.ª, levado a plenário no dia 21 do presente mês de fevereiro. As suas cinco propostas de recomendação ao Governo encontram-se aqui detalhadas. Na mesma sessão plenária de deputados, é também votada a petição “Cidadãos contra o ‘Acordo Ortográfico’ de 1990”, que reuniu 22 mil assinaturas, entre várias figuras públicas nacionais das mais diversas áreas profissionais, políticas e culturais.
Cf. Só o PCP quer sair do Acordo Ortográfico + PCP e peticionários ficam a falar sozinhos sobre reversão do Acordo Ortográfico + Parlamento rejeita desvinculação de Portugal do Acordo Ortográfico de 1990 + Os votos contra e a favor
1. Predomina a sintaxe nas respostas – 10 ao todo – colocadas em linha na presente atualização do Ciberdúvidas*. Por exemplo: à volta de uma frase no Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco, de um caso de modificador apositivo com vírgula obrigatória, e um terceiro sobre classificação de orações subordinadas. Já na área da semântica responde-se a esta dúvida, chegada de Barcelona: «Recentemente, li "os carros calcorreavam". Ora, se calcorrear significa “andar a pé”, “percorrer (caminho geralmente longo) a pé”, “caminhar muito”, não se poderia aplicar o termo a veículos motorizados?» E, finalmente, um caso menos bem esclarecido sobre o uso do hífen em ligações enclíticas e mesoclíticas («telefonaram-lhe», «fá-lo-ei», etc.).
* Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – agora à terça-feira. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques que vão sendo renovados neste período.
2. Na rubrica O Nosso Idioma, deixamos transcrito um apontamento do jornalista Luís M. Faria, publicado na Revista do semanário “Expresso” do dia 10 p.p. sobre algumas metáforas do discurso político em Portugal.
1. O sentido adversativo da conjunção pois, a regência nominal do substantivo opinião, assim como a do verbo incorporar, o emprego inviável de duas preposições numa mesma frase e, ainda, a classificação do verbo considerar são quatro das novas respostas – sete no total – que integram a presente atualização do consultório do Ciberdúvidas.*
* Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – agora à terça-feira. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques.
2. A propósito de dois episódios que agitaram as redes sociais por causa de um tasse, em vez da trivial forma verbal está-se, e um tive que devia ser um estive, deixamos na rubrica Pelourinho um apontamento da professora Maria Eugénia Alves.
3. Finalmente, na Montra de Livros fica um registo do professor Filipe Carvalho sobre o livro recém-editado em Portugal Coisas do Arco-da-Velha – Sem Perguntas Só Respostas. Da autoria de Jorge Esteves e a chancela da editora Perfil Criativo, compila 320 dos mais conhecidos aforismos e expressões idiomáticas da língua portuguesa, com as respetivas explicações.
1. De onde e como nos chegou a expressão «negócio da China»? E o que dizer da frase «ela é uma de nós (angolanos)»? Estas são duas das oito perguntas às quais damos resposta no consultório da presente atualização do Ciberdúvidas*. Outros esclarecimentos: a classificação do verbo corresponder, sobre um caso de predicativo do sujeito e outro relacionado com o complemento oblíquo. E terminamos com uma oração com construção clivada, uma elucidação sobre regência nominal e o emprego do futuro do conjuntivo.
* Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – agora à terça-feira. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques.
2. Na rubrica Pelourinho, deixamos um apontamento da professora Maria Eugénia Alves sobre o nome em inglês da final de uma prova do futebol português, entre quatro equipas portuguesas e realizada numa cidade portuguesa.
1. No consultório, entre as nove novas respostas da presente semana, destacamos uma sobre a pronúncia da locução latina statu quo, que suscitou um esclarecimento esta semana; e uma outra que evidencia a relevância da pontuação. No campo da sintaxe, faz-se a análise de uma frase d’Os Maias, de orações substantivas relativas sem antecedente; esclarece-se a relação entre os modificadores e o predicado; e responde-se a esta dúvida: «considerar-se é um verbo copulativo?». Por último, explica-se a expressão olhos injetados, abre-se espaço para responder a mais uma questão particular de formação de palavras; e termina-se com este desafio: diz-se um bólide ou uma bólide?
2. Na rubrica O Nosso Idioma deixamos três novos textos: uma reflexão à voltada construção idiomática «nem por isso» – essa «alforreca das respostas negativas» como lhe chamou o escritor e colunista Miguel Esteves Cardoso, glosando a falta de lógica gramatical desta e de outras expressões de uso corrente na coloquialidade dos portugueses; uma outra sobre a origem latina da frase «A montanha pariu um rato»; e um terceiro apontamento a propósito dos videojogos e dos seus anglicismos escusados.
3. Dois últimos registos: nas Controvérsias, fica uma contestação – com a devida réplica – à volta do bordão de linguagem «Não faz sentido»; e, na Montra de Livros, assinala-se a recente publicação do Dicionário de Palavras Soltas do Povo Transmontano, da autoria de Cidália Martins, José Pires e Mário Sacramento, sob a chancela da editora Guerra e Paz.
4. Voltamos com nova atualização, na próxima terça-feira, dia 30 p.f.– lembrando que, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificarem, não deixaremos de assinalar esses temas nos Destaques. Disponível para toda e qualquer consulta fica, em permanência, o vasto e diversificado arquivo do Ciberdúvidas… à mercê de um simples clique.
1. Seis novas entradas no consultório desta semana*. Por exemplo: como se pronuncia Pavalhã? Quanto a questões sobre formação de palavras, são duas as respostas: pormenor e outra sobre um grupo de palavras a partir de elementos de composição. De Espanha, pede-se um esclarecimento sobre funções sintáticas. E do Brasil chegaram-nos dois temas para elucidação: o uso do pretérito-mais-que-perfeito e da vírgula nas orações subordinadas adverbiais.
* Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – agora à terça-feira. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques.
2. Não se esgota aqui a presente atualização do Ciberdúvidas:
Na rubrica Pelourinho, damos conta de dois registos críticos: um, infelizmente muito recorrente nos media portugueses – o tropeção na conjugação do verbo intervir – e o segundo à volta de um flagrantíssimo “portunhol”.
Em O Nosso Idioma deixamos disponível o texto Cinco boas resoluções linguísticas de Ano Novo, da autoria de Sandra Duarte Tavares, transcrito da edição digital da revista portuguesa Visão.
E, nas Notícias, damos nota das primeiras declarações públicas do novo presidente do Camões — Instituto da Cooperação e da Língua, o embaixador Luís Faro Ramos, em entrevista ao semanário português Expresso, de 13 de janeiro p.p.
3. Os 21 anos do Ciberdúvidas, entre muitos cumprimentos recebidos, de que aqui deixamos público reconhecimento, não escaparam também ao Google – que, muito simpaticamente, lhe dedicou a ilustração ao lado**. O nosso obrigado pela gentileza.
** Já agora, amigos do Google, para a próxima não esqueçam da vírgula, sempre obrigatória no vocativo!...
1. A 15 de janeiro de 1997 nascia o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. 21 anos decorridos, seja-nos permitido realçarmos a singularidade deste projeto em todo o espaço de língua oficial portuguesa, desde a sua criação. Assente na filosofia de um verdadeiro jornal – espaço simultaneamente noticioso, de esclarecimento, reflexão e polémica sobre o idioma comum de oito povos, em toda a sua diversidade histórica e geográfica (e com essas áreas, de informação e opinião, sempre delimitadas). Contando, à data, no seu arquivo com cerca de 45 mil respostas e outros textos sempre disponíveis, dos mais diversificados sobre o português escrito e falado, não tem sido isento de dificuldades a manutenção deste serviço público, gracioso e universal, sem quaisquer apoios senão a generosidade dos seus consulentes mais dedicados. A eles, e ao grupo de consultores que garantem o regular funcionamento do consultório, o nosso bem-hajam.
2. Na atualização deste dia*, deixamos em linha 10 novas respostas. Entre elas, destacamos o pedido de esclarecimento chegado do Brasil sobre esta curiosa frase de Jorge Amado, em Capitães da Areia, «Tú vae acabar tútú!». E um outro, de um consulente português, a propósito da frase idiomática «Fazer-se de Inês». Dois novos colaboradores do Ciberdúvidas assinam estas respostas: os professores Regina Antunes Meyerfeld e Artur Morão. Outras dúvidas: a eventual redundância da expressão «Render preito e homenagem a alguém», a sinonímia de anestético e de anestésico e, ainda no domínio da semântica, se vingará em Portugal o neologismo arrobar, como acontece na vizinha Espanha. De Angola, chegou-nos o pedido de distinção ente conjunções e preposições. Finalmente, a nível sintático, analisa-se uma construção clivada, bem como se esclarece uma dúvida sobre a hipótese de um complemento direto preposicionado; e ainda se aborda o caso de uma passiva adjetival.
* Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – agora à terça-feira. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques.
3. As rubricas Montra de Livros e O Nosso Idioma trazem também novos conteúdos: registos sobre os dicionários de regionalismos Falares e Ditarenhos do Alentejo e Pragas e Falares do Algarve; e um texto transcrito da Revista do semanário “Expresso” do dia 6 p.p., da autoria de José Tolentino Mendonça sobre verbos «que pressupõem a repetição e convocam uma multitude de sentimentos».
4. A plataforma CiberEstudo, inaugurada em maio de 2017, outro projeto educativo da Associação Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, e patrocinada em exclusivo pela Fundação Vodafone, está a ter grande aceitação junto de alguns agrupamentos de escolas de ensino básico e secundário em Portugal. Mais pormenores na rubrica Noticias.
1. Na semana de entrada no novo ano e no regresso às atualizações semanais do Ciberdúvidas*, o consultório responde a nove perguntas que abrangem áreas muito diversificadas. Por exemplo: nada ocorre em duas respostas de teor muito diferente (aqui e aqui); um esclarecimento de uma interessante pergunta sobre mesóclise e outro sobre a distinção entre o que conjunção ou pronome relativo; uma ocorrência atípica de complemento indireto. Por fim, no domínio da semântica, poderá a água ser um alimento?
* Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – agora à terça-feira. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques.
2. Na rubrica Montra de Livros assinalamos três novos registos: sobre o Dicionário de Calão do Porto, da autoria de João Carlos Brito, e a propósito das obras Introdução à Escrita Criativa e Dialogar em Português, de João de Mancelos e de Helena Lemos, respetivamente. E, no Pelourinho, fica o texto Desmerecimento(s) para com o seu próprio idioma – um apontamento crítico à volta da não tradução dos títulos de dois filmes estrangeiros em salas de cinema portuguesas.
3. «A língua portuguesa é provavelmente a maior herança de Portugal no Brasil. Um património imaterial que hoje permite criar pontes criativas entre países lusófonos.» – foi o ponto de partida de uma visita do magazine Imagens de Marca ao Real Gabinete Português de Leitura, do Rio de Janeiro, e às obras de restauro do Museu da Língua, em São Paulo. Emitido na SIC Notícias no passado dia 29/12/2017, este tributo ao nosso idioma comum pode ser (re)visto aqui.
1. Coincidente com a pausa escolar do Natal em Portugal, o Ciberdúvidas regressa com as suas atualizações regulares* a 2 de janeiro de 2018. Até lá, desejamos Boas Festas e um feliz ano novo a todos os que, por este mundo fora, nos consultam regularmente, querendo saber sempre mais sobre a língua portuguesa**.
* 2 de janeiro de 2018 – uma terça-feira, o dia das atualizações temáticas semanais do Ciberdúvidas. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques.
**Cf. Votos de Boas-Festas e feliz Ano-Novo + «Ano Novo» e «Ano/ano novo» + Votos de próspero ano novo! + Boas-festas, «boas festas para todos!»
2. No consultório ficam em linha nove novas respostas. Giram, por exemplo, à volta da sintaxe (aqui, aqui e aqui, entre outras), sobre a diferença semântica de simulacro e de simulação e quanto à acentuação da palavra silêncio. Ou, ainda, a propósito desta pergunta: «Em que contextos se deverá usar a forma de tratamento "Dona" com uma senhora?»
3. O episódio 34.º do programa do provedor do telespectador da RTP, “A Voz do Cidadão”, debruçou-se de novo sobre o mau uso da língua nos vários canais da televisão pública portuguesa. Algumas das incorreções e desvios à boa ortografia mais recorrentes aí foram**** comentados pela nossa consultora Sandra Duarte Tavares. Como se pode (re)ver a partir do minuto 7.
**** Foram referidos os casos do mau uso dos verbos evacuar, intervir, ver e vir; da expressão "mau estar"; do plural do pronome indefinido qualquer; da prolação de acordos, de alcoolemia e de rubrica; e da confusão entre o há e o à.
4. Iniciativa da Porto Editora, que se vai repetindo desde 2009, a votação para a palavra 2017 decorre até ao dia 31/12. A votação far-se-á entre os 10 vocábulos previamente selecionados: afeto, cativação, crescimento, desertificação, floresta, gentrificação, incêndios, independentista, peregrino e vencedor.
1. O curioso regionalismo português estar com fezes é uma das 9 novas respostas que ficam em linha no consultório, na presente atualização semanal do Ciberdúvidas*. Outros esclarecimentos referem-se à grafia de nomes próprios antigos, como se relacionam numa mesma frase uma oração subordinada e outra coordenada ou sobre o emprego de uma oração subordinada adverbial proporcional («Quanto mais dorme, mais sono tem»). Do Brasil, chegou-nos o pedido da contagem de fonemas nas palavras bebê e bebe. Quanto ao adjetivo primeiros («… aos primeiros raios de sol…»), poderá ser ele um adjetivo numeral? E como traduzir adequadamente a expressão inglesa real time? E, ainda, como se classifica uma oração iniciada por onde? Para finalizar, voltamos esta semana a Álvaro de Campos para refletirmos sobre uma hipálage singular no início da Ode Triunfal.
* Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – à terça-feira. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques.
2. Portugal ocupa o 30.º lugar na avaliação da literacia em leitura dos alunos do 4.º ano, entre 50 países: baixou 11 posições nos testes de leitura efetuados pelo estudo internacional Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS) em relação a 2011, ano da última avaliação, contrariando a tendência dos bons desempenhos internacionais obtidos nos últimos anos por estudantes portugueses. Este estudo realiza-se de cinco em cinco anos e os resultados foram divulgados esta terça-feira. Em 2011, data da última avaliação, os alunos portugueses tinham conquistado a 19.ª posição. Contudo, Portugal continua acima da média (500 na escala de PIRLS, que vai de 300 a 700).
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações