Se a oração «onde visitou Hong Kong e Macau» fosse uma subordinada adverbial, que não é, não precisaria de ser antecedida de vírgula porque se encontra na sua posição canónica, isto é, após a oração subordinante.
No entanto, trata-se de uma oração subordinada adjetiva relativa explicativa, introduzida pelo pronome relativo «onde», tornando obrigatório o uso da vírgula: «Faz hoje anos que o Luís iniciou uma digressão pelo Oriente, onde visitou Hong Kong e Macau.»
O mesmo pronome relativo «onde» introduz também a oração subordinada substantiva relativa, que pode cumprir a função sintática de, por exemplo, complemento direto da oração subordinante, não sendo, portanto, separado por vírgula:
«Ela sabe onde está o carro.»
Fontes:
RAPOSO, Eduardo et al. (orgs).Gramática do Português. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2013
ROCHA, Maria Regina, Gramática do Português. Porto: Porto Editora, 2016