1. A atualização do consultório centra-se em três questões práticas da língua quotidiana: o advérbio brevemente e a locução em breve são sinónimos? O que distingue tráfico de tráfego? Existe a palavra observacional? Uma quarta pergunta diz respeito à herança tupi que a toponímia brasileira exibe dia a dia: qual a origem de Ituverava, nome de uma cidade do estado brasileiro de S. Paulo?
2. Na língua, porém, é frequente a alteração de significado quando passamos do discurso corrente a um registo mais especializado. É o caso da linguagem jurídica – como aponta o advogado Miguel Faria de Bastos no texto que deixamos na rubrica O Nosso Idioma. Nele, fazem-se algumas distinções vocabulares no âmbito do léxico corrente dos tribunais. Por exemplo: mentira é equivalente a inverdade? Erro, desacerto e dolo aplicam-se a situações idênticas? E não andaremos nós a chamar erro àquilo que é, afinal, uma avaria?
3. Quanto aos programas de rádio que o Ciberdúvidas produz para a rádio pública portuguesa:
– No Língua de Todos de sexta-feira, 21 de outubro (às 13h15*, na RDP África; com repetição no sábado, 22 de outubro, depois do noticiário das 9h00*), a professora Sandra Duarte Tavares esclarece várias dúvidas; por exemplo: qual a pronúncia correta – logotipo ou logótipo?
– Comemora-se em 2016 o centenário do escritor português Mário Dionísio (1916-1993). Para falar desta grande figura da literatura portuguesa do século XX, o Páginas de Português de domingo, 23 de outubro (Antena 2, às 12h30*, com repetição no sábado seguinte às 15h30*), convida o poeta Nuno Júdice, antigo aluno de Mário Dionísio, e Pedro Rodrigues, da direção da Casa da Achada, sede do Centro Mário Dionísio.
*Hora oficial de Portugal continental.
4. Anuncia-se a realização do ciclo de conferências Perspetivas Didáticas e Formativas em Gramática e Texto nos dias 21 e 24 de outubro p.f. na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Trata-se de uma iniciativa do Centro de Linguística Universidade Nova de Lisboa que tem como conferencistas Florencia Miranda (Universidade de Rosário, Argentina) e Joaquim Dolz (Universidade de Genebra, Suíça). Para mais pormenores, consultar o programa aqui.
1. A atualidade fez emergir, de novo, três erros recorrentes no audiovisual português, que justificam algumas chamadas de atenção:
– Com a notícia de que António Guterres vai escolher uma mulher para secretária-geral adjunta da ONU, volta a ser audível alguma resistência à formação do feminino de cargos ou profissões tradicionalmente exercidos por homens – no caso, «uma "secretário-geral adjunto"», em lugar de «uma secretária-geral adjunta». Tal como, por exemplo, é «a ministra» ou «a primeira-ministra» (e não «a ministro» e «a primeiro-ministro}, «a juíza» (e não «a juiz»), «a bombeira» (e não «a bombeiro»), «a carteira» (e não «a carteiro»), «a pedreira» (e não a pedreiro», «a tesoureira e a secretária» (e não «a tesoureiro e a secretário»), etc., etc.. Sobre este tópico do procedimento geral da formação do feminino no português, consulte-se, entre outras respostas e artigos, no arquivo do Ciberdúvidas: Feminino; masculino + Sobre a formação do feminino + O masculino, o feminino e outras (não) regras + Os géneros masculino, feminino e neutro + O sexo das profissões + Os cidadãos e a gramática + A chanceler, a chancelera ou a a chancelerina? + Poetisa inferioriza? + O feminino de médio + O feminino de músico + O feminino de maestro + Ainda o feminino de capitão + Infanta, um caso particular do feminino + Sobre o uso da forma presidenta no Brasil + Pai e mãe que estais no céu + Sobre o género gramatical das palavras.
– A propósito da entrega formal, em Portugal do Orçamento de Estado na Assembleia da República em 14/10/2016, também se nota a hesitação com que se pronuncia a vogal tónica de acordos. Sobre o plural de acordo, que mantém o o fechado ("acôrdos"), consulte-se este texto no Pelourinho.
– À volta do caso de agressão que envolve os filhos do embaixador do Iraque em Portugal, fala-se na possibilidade de recorrer à figura diplomática da persona non grata. Mas, tratando-se de dois indivíduos, qual será o plural da expressão latina? Personae non gratae – nunca "personas non gratas", nem "persona non grata", como forma invariável –, como aqui se explica.
– Sobre estas e outras incorreções recorrentes no espaço mediático português, e o efeito na propagação dos maus usos da língua, vale pena a (re)leitura de Soa bem ou mal?, uma crónica de Ana Martins.
2. No consultório, são sete as perguntas em linha: na gíria militar, o que significa «passar à peluda»? E o que é um «prego fácil»? Numa oração subordinada temporal, que marque um acontecimento futuro, o que é melhor: «quando vêm» ou «quando vierem»? Há diferença entre «de harmonia com» e «em harmonia com»? Qual é o nome coletivo correspondente ao substantivo deputado? Que nome se dá a um período de sete anos? E como chamar uma pessoa que faz uma dieta à base de peixe?
3. Na Montra de livros, apresenta-se uma obra que revela como a comunicação de hoje motiva a criação e a adoção incessantes de novos termos. Trata-se do Novo Dicionário da Comunicação, um livro publicado em Portugal em 2015 pela Editora Chiado, no qual se recolhem alguns dos neologismos de mais frequente uso mediático, entre eles os muitos anglicismos com que se vai tecendo a globalização.
1. A cobertura mediática da Cimeira da Tecnologia da Informação, mais conhecida como Web Summit 2016, que, como anunciado, se realiza entre 7 e 10 de novembro em Lisboa, enche as páginas de ocorrências do anglicismo start-up («empresa emergente»). É o que se verifica em notícias sobre o impacto deste acontecimento na ocupação hoteleira de Lisboa (ler Jornal de Negócios e ouvir Antena 1), enquanto se observa que o termo também aparece grafado startup, sem hífen (ler sítio da organização do evento). Sendo assim, apesar de existir expressão equivalente em português, para quem insista no anglicismo, como escrevê-lo? Com ou sem hífen? A grafia hifenizada parece ser mais correta (ver nota 2 de uma resposta aqui), mas está de tal maneira enraizada a forma sem hífen, com os seus elementos aglutinados, que o uso impôs startup, hoje aceite até por alguns dicionários de língua inglesa – por exemplo, o reputado Oxford English Dictionary (mais pormenores aqui.). Acrescente-se que o vocábulo inglês tem o plural start-ups ou startups e soa aproximadamente como "startape".
2. Apesar de tantas e tantas recomendações, voltou a ouvir-se o nefando "precaridade", em vez de precariedade, no parlamento português, durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro português, António Costa, que, intervindo a propósito do Orçamento do Estado, não evitou o velho tropeção. Sobre este erro, aconselhamos-lhe, entre tantos outros esclarecimentos, o que aqui se anotou.
3. O que foi o colonialismo português no século XX? Que discurso manifestava a sua ideologia? Uma pergunta sobre a expressão «branco de segunda» traz ao consultório a história do império colonial português na sua última fase, em terras africanas. Com outra resposta vamos até Trás-os-Montes, para saber o significado de acarrejo; e, pulando como uma guariba – ou a Sebastiana de uma canção popular do Brasil –, procuramos perceber a evolução histórica das locuções comparativas «que nem» e «que só». Depois, viajamos no tempo, para evocar Gil Vicente, a propósito de um imperativo com sujeito explícito, até que o regresso ao presente e à realidade do trânsito automóvel nos confronta com o perigo de choque inscrito no verbo abalroar. Por fim, recuperemos a devida cortesia para falar da palavra obséquio e da sua pronúncia.
4. No 1.º Congreso Internacional em Línguas, Linguística e Tecnologia, que realizou de 12 a 14 de outubro no Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho. Neste iniciativa, que visou a promoção de "um diálogo efetivo entre diversos representantes de áreas de aplicação da tecnologia às línguas", participaram Ana Sousa Martins, coordenadora da Ciberescola/Cibercursos da Língua Portuguesa, e Carla Barros Lourenço (Direção-Geral da Educação), com uma comunicação intitulada Ciberescola: an easy replicable online teaching model (em português: "Ciberescola: um modelo de ensino em linha facilmente replicável").
5. Temas da presente semana dos programas de rádio que o Ciberdúvidas produz para a rádio pública portuguesa: no Língua de Todos de sexta-feira, 14 de outubro (às 13h15*, na RDP África; com repetição no sábado, 15 de outubro, depois do noticiário das 9h00*), fala-se dos desafios, nos últimos anos, do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, com relevo para o ensino da língua portuguesa em África; e, no Páginas de Português de domingo, 16 de outubro (Antena 2, às 12h30*, com repetição no sábado seguinte às 15h30*), dá-se conta das medidas de promoção do Português Língua Estrangeira, anunciadas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
*Hora continental portuguesa.
1. Macau é «uma enorme ponte virtual» que liga a China às comunidades de língua portuguesa – foi com esta expressão sugestiva que o primeiro-ministro português António Costa, em visita oficial à República Popular da China, marcou as suas declarações no Instituto Politécnico de Macau (IPM), no final da cerimónia de inauguração de um laboratório de tradução automática para difusão do português entre os falantes de chinês (notícia da agência Lusa). De realçar, no mesmo contexto, o lançamento, pelo IPM, de uma licenciatura em Português no ano letivo de 2017/18 (ler aqui). Sobre o passado e o presente linguísticos de Macau, leiam-se "A origem do nome Macau", "Macaense e macaísta", "Dialeto, crioulo e patoá", "O futuro do português (também) em Macau", "A origem e o significado da palavra misco (Macau)", "O regionalismo panchão (Macau).
Cf. Qual a língua mais falada em Macau?
2. Assinala-se o Dia da Visão em 13 de outubro, com o qual a Organização Mundial de Saúde visa prevenir a população dos perigos da visão, como a cegueira e a deficiência visual. A respeito destas preocupações, consulte-se, por exemplo, a resposta intitulada "Amaurose".
3. Na rubrica O nosso idioma:
– ainda acerca do uso de nomes próprios de origem banta, Miguel Faria Bastos dá conta de algumas questões fónicas e gráficas das chamadas «línguas nacionais» de Angola na sua relação com o português;
– Filipe de Carvalho comenta um uso de «antes preferir» que, por ser ambíguo, pode não estar assim tão errado.
4. Sabe-se que, no português de Portugal, a colocação frásica dos pronomes átonos (ou clíticos) me, te, se, o, lhe, etc. obedece a certas regras específicas. Associados a infinitivos, devem aparecer antes ou depois destas formas verbais? E que pronomes podem combinar-se ao mesmo tempo? Por exemplo, em «vende-se-vo-la», aceita-se o grupo pronominal «-se-vo-la»? As respostas acham-se no consultório, cuja atualização inclui ainda uma questão sobre a construção a + infinitivo, com função descritiva: «pessoas a pedir ajuda», ou «a pedirem ajuda»?
5. Sobre os programas de rádio que o Ciberdúvidas produz para a rádio pública portuguesa:
– A rede do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua abrange hoje 84 países, 72 centros de língua portuguesa, 20 centros culturais, englobando mais de 1300 docentes, 927 instituições e mais de 160.700 alunos. No programa Língua de Todos de sexta-feira, 14 de outubro (às 13h15*, na RDP África; com repetição no sábado, 15 de outubro, depois do noticiário das 9h00*), Ana Paula Laborinho, que dirige os destinos do Camões desde 2012, evidencia os desafios que o instituto foi enfrentando nos últimos anos, sublinhando a importância do ensino da língua portuguesa em África.
– A língua portuguesa é a quarta ou quinta mais falada no globo. Os números variam consoante os estudos. Certo é que o português se tornou na quinta língua com mais utilizadores na Internet e a terceira mais usada no Facebook. Mais de 260 milhões de pessoas expressam-se em português, e a língua é ensinada em mais de 80 países. Na sequência da apresentação, em 15/09/2016, das medidas de promoção do Português Língua Estrangeira, por parte do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, o Páginas de Português de domingo, 16 de outubro (Antena 2, às 12h30*, com repetição no sábado seguinte às 15h30*), dá-se conta das declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, sobre o anunciado impulso, pelo Governo de Lisboa, do ensino da língua portuguesa no Mundo.
*Hora continental portuguesa.
1. O contacto do português com outras línguas tem sempre novos desafios: por um lado, a pressão do inglês exige-lhe a alternativa de soluções vernáculas; por outro, é necessário conciliá-lo com o contexto bilingue ou multilingue dos países onde tem estatuto oficial – como acontece em Angola. Por exemplo, ocorre perguntar como se combina numa mesma sigla as iniciais de palavras portuguesas com um nome formado em cuanhama, uma das línguas bantas faladas em território angolano. É este um dos tópicos em foco na atualização do consultório, onde outras dúvidas pedem respostas: que significam bera , ressecar e transecto? Qual o plural de meia-maratona e de afetivo-sexual? Que sentido têm as formas verbais do futuro numa frase interrogativa? E como usar o verbo tratar-se em referência a um tema ou assunto?
2. Em comparação com outros países, Portugal tem conservado certos critérios para o registo do nome de um recém-nascido. Mas há sinais de mudança nesta situação, conforme se dá conta num trabalho da autoria da jornalista Marta Martins Silva e publicado no jornal Correio da Manhã de 9/10/2016 com o título "Mas como é que te vou chamar?", disponível também na rubrica O nosso idioma (com os devidos agradecimentos à autora e ao matutino português).
3. A contar para o Mundial 2018 de futebol, a seleção de Portugal joga neste dia nas ilhas... "Faroe", "Faroé", "Feroé", ou "Féroe"? O nome tem conhecido variantes em Portugal1, pelo menos desde os anos 60 do século passado: Rebelo Gonçalves, no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (1966), fixou a forma Féroe, que foi também adotada por José Pedro Machado, no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, publicado em 1981 (ler respostas aqui e aqui). Contudo, mais recentemente, o vocabulário ortográfico da Porto Editora (versão impressa, de 2009) consigna Faroé e Ilhas Faroé2, grafias que também acolhe o Código de Redação Interinstitucional do português na União Europeia. Em suma, atualmente existem duas formas corretas em Portugal: uma mais antiga, Féroe, e outra mais recente, Faroé2.
1 No Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras (VOLP-ABL) não se registam nomes geográficos, mas a entrada faroense parece remeter para a forma Faroe, conforme grafa o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (1.ª edição brasileira, 2011) na definição que dá do referido gentílico: «faroense relativo às ilhas de Faroe, no oceano Atlântico, ao norte do Reino Unido, ou o que é seu natural ou habitante».
Atualização (11/10/2016) – Faltou assinalar que o Vocabulário Onomástico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras apresenta a forma Feroé (informação do consultor Luciano Eduardo de Oliveira), à qual corresponde o gentílico feroês, que o VOLP-ABL também acolhe. O Dicionário Houaiss tem igualmente feroês e feroico, cuja definição os relaciona surpreendentemente não com Faroe, mas com a forma Féroe, que ocorre na expressão «ilhas Féroes».
2 É discutível o uso de maiúscula inicial também em ilhas, porque não é esta forma parte essencial do uso de Feroé ou Faroé: pode dizer-se ou escrever-se as «ilhas Féroe/Faroé», ou simplesmente «as Féroe/Faroé», ao contrário de Ilhas Britânicas, que não permitem a redução «as Britânicas».
3 Saliente-se que o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa dá conta das variantes apontadas, quando regista os gentílicos faraonse, faroês, feroês e feroico como «relativo ou pertencente ao arquipélago Faroé ou Féroe, território da Dinamarca» (sublinhado nosso).
1. Portugal e todo o mundo de língua oficial portuguesa se regozijam com a escolha do político e antigo primeiro-ministro português António Guterres para novo secretário-geral da Organização das Nações Unidas, ou seja, da ONU. Esta forma constitui-se como sigla (junta as iniciais da denominação por extenso), mas emprega-se como acrónimo – isto é, como redução vocabular que é lida como palavra. Por isso, nem por sombras querendo estragar o ambiente de entusiasmo criado por esta nomeação – muito pelo contrário –, renova-se aqui uma recomendação: sempre que referirmos a ONU, é essencial pronunciar este acrónimo como uma palavra aguda (ou oxítona) – "onú". Transformá-la em palavra grave (ou paroxítona) – "ónu" –, como recorrentemente se vai ouvindo nos noticiários televisivos e da rádio portuguesas não é congruente com a forma gráfica em português.*
* Cf. ONU tem a tónica no "u" + A pronúncia de algumas siglas (ONU, SMU, IMPI) + Outra vez a pronúncia de ONU + A distinção entre siglas e acrónimos
2. Acontece precisamente o mesmo com o nome Nobel – nomeadamente nesta época da atribuição dos vários galardões à volta do «prémio Nobel» –, ouvindo-se, de novo, novamente se ouve a pronúncia defeituosa "nóbel" e, até, o plural «prémios "nobéis"». Aqui se de deixa, pois, de novo, a recomendação a quantos, na rádio e na televisão, dizem mal o nome Nobel. Tal como ONU, trata-se de uma palavra aguda e, portanto, soa "nobél". No caso, como acontece em português com qualquer palavra sem acento gráfico terminada em "el" – tal como anel e papel, por exemplo**.
** Cf. O plural de Nobel e a sua pronúncia + Fugiu o Nobel, ficou o erro + Bem-haja, José Saramago! + Prémio N[ó]bel ou Nob[él]? + A pronúncia de Nobel
3. A propósito dos muitos jovens que nem estudam nem trabalham, em contexto de crise económica, a designação «nem nem» ou nem-nem e o seu estigma vão criando raízes na perspetiva mediática e nos estudos internacionais – cf. notícia sobre o estudo Society at a Glance 2016 (= Panorama da sociedade 2016) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Como escrever e usar esta palavra? Atendendo a assim-assim (advérbio), nem-nem hifenizado perfila-se como boa opção; e, apesar de se dizer/escrever «os nem-nem», não será descabido aceitar que o plural deste neologismo seja nem-nens. O conceito começou por aparecer em notícias e estudos em inglês – associado a neet, nome comum que resulta da conversão da sigla correspondente a not in education, employment, or training, o mesmo é dizer «(que) não está a estudar, nem a trabalhar, nem em estágio». Voltando a atenção para uma língua-irmã, diga-se que, em espanhol, o inglês neet se traduz como nini* (ni trabaja ni estudia = «nem trabalha nem estuda»), cujo plural é ninis (cf. Fundación para el Español Urgente – Fundéu BBVA).
4. Na rubrica Ensino, disponibiliza-se um texto intitulado "Estudo autónomo programado em sala de aula: o caso do projeto Ciberescola.com" da autoria de Ana Sousa Martins, coordenadora da Ciberescola/Cibercursos da Língua Portuguesa. Trata-se de um artigo publicado na revista Nova Ágora (n.º 5, setembro de 2016), do Centro de Formação de Associação de Escolas Nova Ágora (Coimbra). Na mesma rubrica, fica também o acesso à comunicação que Carla Lourenço (Direção-Geral da Educação, Ministério da Educação) e Ana Sousa Martins apresentaram na 7th International Conference on Computer Supported Education (7.ª Conferência Internacional de Educação assistida por Computador), realizada em maio de 2015, em Lisboa.
5. O consultório discute nesta atualização se existe ou não diferença entre mão-cheia e mancheia, retoma o problema das regências antes de orações subordinadas («ter dúvidas de que esteja correto», ou «ter dúvidas que esteja correto»?) e recua à Idade Média galego-portuguesa para falar da locução «a eito».
6. Nos programas de rádio que o Ciberdúvidas produz para a rádio pública portuguesa:
– A língua portuguesa tem convivido, em Cabo Verde, com outras línguas africanas desde o século XV. Foi aqui que surgiu o primeiro crioulo africano de base lexical portuguesa. No arquipélago, as duas línguas têm convivido e têm vindo a evoluir. O programa Língua de Todos de sexta-feira, 7 de outubro (às 13h15****, na RDP África; com repetição no sábado, 8 de outubro, depois do noticiário das 9h00****), entrevista a professora cabo-verdiana, Ana Josefa Cardoso sobre a convivência das duas línguas em Cabo Verde e no sistema de ensino do país.
– Cleonice Berardinelli ultrapassou, em agosto, a marca dos cem anos de vida. Especialista em literatura portuguesa, Cleonice, ou dona Cleo, como é carinhosamente chamada pelos amigos, é uma personalidade incontornável nos estudos camonianos e pessoanos. Associando-se à celebração do centenário de vida de Cleonice Berardinelli***, o Páginas de Português de domingo, 9 de outubro (Antena 2, às 12h30****, com repetição no sábado seguinte às 15h30****), tem a participação do professor e escritor português António Carlos Cortez, para falar da importância deste nome incontornável no mundo académico em língua portuguesa.
*** Cleonice Berardinelli licenciou-se em Letras Neolatinas pela Universidade de São Paulo, em 1938 onde teve como professor de Literatura Portuguesa Fidelino de Figueiredo, e livre docente pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1959, com uma dissertação intitulada “Poesia e Poética de Fernando Pessoa”, a primeira tese sobre o autor feita no Brasil. Cleonice foi orientadora de 74 dissertações de mestrado e 42 teses de doutoramento.
**** Hora continental portuguesa.
1. As Controvérsias disponibilizam um texto do jornalista português Nuno Pacheco (ver Público, de 30/10/2016), com considerações sobre a eventual perda do contraste feito em Portugal entre falamos (com a tónico fechado), 1.ª pessoa do plural no presente do indicativo, e falámos (com a tónico aberto), 1.ª pessoa do plural no pretérito perfeito do indicativo. Observe-se a propósito que no Brasil não parece existir tal diferença, nem fonética nem graficamente; mas sabe-se que, não se tratando de importação brasileira, pratica-se e aceita-se a indistinção na pronúncia lusitana (não na escrita), umas vezes, a favor da vogal fechada (entre muitos falantes do Porto ou do Alentejo), outras a favor da vogal aberta (noutros dialetos nortenhos). É de notar que, em qualquer variedade normativa do português, as formas da 1.ª pessoa do plural do presente e do pretérito perfeito, no indicativo dos verbos regulares da 2.ª e 3.ª conjugações, são homónimas, ficando a sua destrinça a cargo da interpretação do contexto: «vendemos muitos livros todos os dias» vs. «ontem vendemos muitos livros»; «partimos de casa sempre às 7h00» vs. «ontem partimos de casa às 7h00».
2. Nas rubricas Lusofonias, O nosso idioma e Acordo Ortográfico transcrevemos também material jornalístico em que a língua portuguesa é notícia. São casos, com a devida vénia:
– a entrevista que a presidente do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, Ana Paula Laborinho, concedeu ao jornal Expresso (edição de 1/10/2016);
– o artigo "O potencial da língua que maltratamos", da autoria do jornalista Nicolau Santos, publicado no suplemento Economia da mesma edição do semanário Expresso;
– sobre o insulto "Idiota", o apontamento escrito pelo jornalista Luís M. Alves, na revista também do Expresso desse mesmo dia;
– e, no jornal Público, um texto do escritor e jornalista Viriato Teles, contra o Acordo Ortográfico.
3. Em Portugal, foi noticiado o tiroteio de 30 de setembro p. p., numa localidade chamada Porto Alto (freguesia de Samora Correia, no concelho de Benavente); e depressa se instalou a dúvida: diz-se «em Porto Alto», ou «no Porto Alto»? Numa área (aparentemente) mais pacífica, alguém se questiona acerca de um anglicismo usado em informática: é «as cookies» ou «os cookies»? No consultório, encontram-se as respostas a estas e a mais perguntas, a saber: que modo verbal se segue ao advérbio talvez? «Passar para a frente» é pleonasmo? Nas orações que são complemento do verbo pensar, usa-se o indicativo ou o conjuntivo? «Para que» é sempre uma locução conjuncional? Depois de «ele disse que...», é obrigatório seguir-se uma oração com o verbo no pretérito?
4. E falando da comunicação social portuguesa, novamente a marca IKEA se faz ouvir como "iqueia", a rimar com feia. Bruno Nogueira, repita connosco e bem: "iquêa".
5. Comemora-se em 5 de outubro a implantação da República em Portugal, acontecimento ocorrido em 1910. Nos festejos desta data, que fica assinalada em 2016 pela reposição do feriado (suspenso em 2012, com o país sob intervenção da troica) , cabe recordar a origem e o significado de república: do latim res publica, «coisa pública, o Estado, a administração do Estado» (Dicionário Houaiss), a palavra chegou ao nosso dias associada ao conceito de um «sistema político caracterizado pela partilha do poder delegado pela sociedade nos seus representantes eleitos para o exercício do governo da nação, por um tempo determinado» (dicionário da Academia das Ciências de Lisboa). Sobre o tema, leiam-se "Viva a república" e "Vivà república" e As palavras república e monarquia.
6. Justamente por causa do referido feriado, a próxima atualização tem data marcada para o dia 7 de outubro.
1. Comemora-se em 1 de outubro o Dia Internacional da Música, que foi instituído em 1975 pelo célebre violonista Yehudi Menuhim (1916-1999), no âmbito do Conselho Internacional da Música, um organismo dependente da UNESCO. É vastíssimo o campo lexical da música, o que justifica, no Ciberdúvidas, a extensa série de artigos e respostas dedicados a este tema tão presente nas nossas vidas*: «A música secreta da língua portuguesa», I love you, música portuguesa, Os nomes (comuns) das notas musicais, A grafia dos nomes das notas musicais, O feminino de músico, Melómano, musicófilo e «amante de música clássica», «Todas as músicas que sabe(m) bem ouvir»?, O itálico e as aspas na produção artística, «Banda de música», O instrumento musical fliscorne, flicorno e fliscórnio, O nome do tocador de triângulo (instrumento musical), O género de bandas pop femininas, «Boca a saber a papel de música», A fonética a adoptar por um grupo de música medieval e renascentista, O instrumento musical indiano sitar, Sobre a letra de uma música popular, Zamburra, Os termos acompanhador e acompanhante, A expressão «cantar “a capella”», «A pop» ou «o pop»?, Instrumentos musicais, Notas musicais (origem do nome), Letra de música, «... às dos ouvintes de música», Terminologia musical, Música, Djembê = jembê, O uso adjetival de flamenco, A grafia de meio-diminuto, O significado da palavra pimba, O masculino de diva, Arpejo e harpejo, O género da palavra inglesa cover, Solidó, O termo enarmónico, Músico/a.
* Na imagem, Amadeo de Sousa-Cardozo (1887-1918), Música Surda, c. 1914-1915 (foto disponível nas páginas eletrónicas do Museu Amadeo Souza-Cardoso, em Amarante, Portugal).
2. Outra comemoração, precisamente em 30 de setembro, é a do Dia de S. Jerónimo, o qual, dedicado ao padroeiro de quem traduz, leva também a festejar na mesma data o Dia Internacional do Tradutor (consultar, em francês, a página da Federação Internacional de Tradutores). Refira-se que a tarefa de achar equivalentes vernáculos para os muitos estrangeirismos, sobretudo anglicismos, não dispensa o trabalho árduo dos tradutores, sobretudo daqueles que apresentam soluções que enriquecem a nossa língua e lhe mantêm o caráter. A propósito deste tema, no contexto das variedades do português, consulte-se, por exemplo, Tradução e língua portuguesa (Portugal/Brasil).
3. Ecos da promoção do português na Europa mais a leste: decorre até 1 de outubro p. f., na Faculdade de Letras da Universidade de Zagreb (Croácia), a 5.ª edição das Jornadas de Língua Portuguesa e Culturas Lusófonas da Europa Central e de Leste. Trata-se de uma iniciativa do Camões I. P., designadamente do seu Centro de Língua Portuguesa em Zagreb, dirigido pela professora e investigadora Soraia V. Lourenço (também consultora do Ciberdúvidas).
4. Novas dúvidas no consultório: que é mais correto: aceleração ou aceleramento? Será errado dizer que alguém «foi chamado de génio»? E estará bem juntar uma preposição ao determinante relativo cujo («...um livro para cuja edição escreveu um prefácio»)?
5. Quanto aos programas que o Ciberdúvidas produz para a rádio pública portuguesa, recordamos que o Língua de Todos de sexta-feira, 30 de setembro (às 13h15*, na RDP África; com repetição no sábado, 1 de outubro, depois do noticiário das 9h00*), entrevista o professor Tjerk Hagemeijer e a investigadora Rita Gonçalves, ambos do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa., sobre a situação da língua portuguesa em São Tomé e Príncipe . No Páginas de Português de domingo, 2 de outubro (Antena 2, às 12h30*, com repetição no sábado seguinte às 15h30*), o professor angolano Paulino Soma Adriano. propõe como tema de discussão o desenvolvimento do português angolano.
* Hora oficial de Portugal continental.
1. É tão grande a expetativa à volta das eleições presidenciais norte-americanas de 8 de novembro p. f., que, segundo o jornal Público, Barack Obama já terá dito que «tudo o que era normal em política americana deixou de o ser». É este o cenário de uma questão sobre o anglicismo «dog-whistle politics», expressão que a candidata Hillary Clinton já empregou para criticar o concorrente Donald Trump e o seu característico discurso, geralmente ruidoso. Sabemos que «dog whistle» equivale a «apito para cães», ou, mais precisamente, «apito ultrassons» ou, ainda, «apito ultrassónico», ouvido apenas por cães e gatos; e os eleitores, quem entre eles entende os subentendidos de uma política... «de apito canino»? Outras duas perguntas completam a atualização do consultório: qual a origem do apelido Carmona? Será correto dizer «da da» numa frase como «gosto de história política, sobretudo da da América»?
2. As eleições nos EUA foram também o tema glosado pelo humorista português Bruno Nogueira, na sua rubrica Mata-Bicho, da Antena 1, deste dia com uma referência mais sarcástica ao primeiro debate televisivo entre os candidatos Hillary Clinton e Donald Trump: «Decidi assistir ao debate na CNN, porque na SIC Notícias estava o [comentador] Nuno Rogeiro. E 90 minutos de Nuno Rogeiro conseguem ser os únicos 90 minutos pior passados do que com o [comentador desportivo] Freitas Lobo.» Escorregadela do humorista e do autor dos seus textos: antes de particípios passados, o comparativo do advérbio mal é «mais mal», e não pior. Portanto, para Bruno Nogueira, a transmissão da SIC seriam os «mais mal passados» 90 minutos que ele podia desejar...
[Cf. Mais mal ou pior? + Mais mal / pior? + «As "mais piores"»?!.. + «Pior» e «mais mal» + “ranking” + Fala-se pior + O bicho-papão «mais bem»]
3. A respeito dos programas que o Ciberdúvidas produz para a rádio pública portuguesa:
– A língua portuguesa é falada em São Tomé e Príncipe por mais de 95% da população; no entanto, no arquipélago fala-se ainda o forro, o angolar, o tonga e o monco. Desde o século XV, depois da descoberta pelos Portugueses e após o povoamento, o país tem assistido ao desenvolvimento do português. Estaremos a assistir ao despontar de uma nova variedade da língua? O Língua de Todos de sexta-feira, 30 de setembro (às 13h15*, na RDP África; com repetição no sábado, 1 de outubro, depois do noticiário das 9h00*), entrevista o professor Tjerk Hagemeijer e a investigadora Rita Gonçalves, ambos do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa.
– A língua portuguesa em Angola encontra-se em franco crescimento e em desenvolvimento. Em contacto, durante séculos com as línguas locais, em especial as de origem banta, o português tem vindo a adquirir uma particularidade e tem vindo a divergir da variedade europeia. Para discutir a situação linguística de Angola e a situação da língua portuguesa no que respeita à sua variação, o Páginas de Português de domingo, 2 de outubro (Antena 2, às 12h30*, com repetição no sábado seguinte às 15h30*), falou com o professor angolano Paulino Soma Adriano.
* Hora oficial de Portugal continental.
1. No consultório, evidencia-se como o latim continua a ser fonte de renovação vocabular, com um comentário sobre o (discutível) modismo vox pop – redução inglesa da locução latina vox populi –, com o qual se designam as conhecidas entrevistas de rua ou os inquéritos que a comunicação social dirige ao público. Outras questões incidem na semântica do advérbio relativo onde, na coerência lógica de «tiro ao arco», no emprego da conjunção como a introduzir o predicativo do complemento direto, e na variação entre necropsia e necrópsia.
2. Relevo para as palavras do antigo ministro da Educação português e atual admnistrador da Fundação Calouste Gulbenkian, Guilherme d'Oliveira Martins, num texto publicado neste dia no jornal Público* (e que fica igualmente disponível na rubrica O Nosso Idioma):
«A língua portuguesa tem uma difusão planetária. Tal obriga [a] que as instituições de ensino superior e de investigação, em especial as que se dedicam à cultura e à defesa do nosso idioma, desenvolvam ações articuladas, coerentes e persistentes, em ligação com os Estados que usam o português como língua oficial, bem como com as instituições da sociedade civil, no sentido de pôr em comum as ações necessárias com vista à preservação, salvaguarda e desenvolvimento da língua e da cultura.»
*Trata-se de parte do discurso que Oliveira Martins proferiu na cerimónia realizada em 21/09/2016, em que a Universidade Aberta lhe atribuiu o doutoramento honoris causa.
3. O Pelourinho dá conta de uma confusão cujo remédio incluirá também a história do léxico português. Um apontamento de Filipe Carvalho deteta a troca do verbo envidar, «empregar com empenho», pelo verbo endividar, «contrair dívida». Lembremos que envidar vem do latim invitare, «fazer vir», enquanto endividar é verbo derivado de dívida, substantivo que evoluiu do latim debĭta, plural neutro de debĭtum, «dívida de dinheiro» (cf. Dicionário Houaiss).
4. Uma nota rápida sobre o pobre substantivo rubrica, continuadamente mal dito no audiovisual português, como ainda aconteceu neste dia em Contas do Dia, na Antena 1, a propósito das rubricas do próximo Orçamento do Estado. A palavra é grave – "rubríca" –, como se observa à saciedade no nosso arquivo. Consulte-se, por exemplo: Rubrica (e não "rúbrica"), Rubrica, outra vez, Rubrica é uma palavra grave (e não esdrúxula), «... à "rúbrica"».
5. A propósito das eleições na Galiza, em 26/09/2016, pelas quais o Partido Popular volta a alcançar a maioria absoluta no parlamento autonómico, recorde-se o pedido de um deputado galego do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) no sentido de fazer representar esta região de Espanha na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). E registe-se a reação do jornalista Nuno Pacheco, que, em artigo publicado em 23/09/2016, no jornal Público, além de retomar a militância anti-Acordo Ortográfico, assinala os interessantes contrastes entre o português e a norma reconhecida pelo governo galego (mantém-se a ortografia do texto aqui citado): «Se alinharmos várias palavras da Língua Galega veremos que, para passarem a Português, basta mudar uma ou duas letras. Por exemplo: imaxes, proxectos, xeración, xeografías, paisaxe, xénese, subxectividade, estratéxico, misóxino, simboloxía, xa, paxariño (onde o x substitui o g ou o j). Mas há diferenças mais acentuadas, como moi por muito ou unha por uma.»* Sobre o passado e o presente linguísticos da Galiza, sugerimos a consulta dos seguintes artigos e respostas, no arquivo do Ciberdúvidas: Galaico-português/galego-português, Galego-português e galego medieval; O galego-português existe?; Descubra as diferenças; Mana Galiza; Sobre o galego; Como o galego é visto em Portugal; Galiza fomenta uso do português; Pontes sólidas.
* No galego, o grafema ñ de paxariño corresponde ao nh do português (passarinho). Na forma moi, reconhece-se o arcaísmo português mui (em documentos medievais portugueses, moi não é desconhecido). A forma galega unha, que soa aproximadamente "ung-a" e é o feminino do artigo indefinido, manterá de certa maneira a pronúncia arcaica de uma, que, até aos séculos XVI-XVII, mesmo na língua-padrão, se pronunciava e escrevia ũa, forma ainda existente nos dialetos ou falares regionais do português de Portugal.
6. Comemora-se nesta data o Dia Europeu das Línguas, marcado em Portugal por várias iniciativas nas escolas dos ensinos básico e secundário públicas (consultar página da Direção-Geral da Educação).
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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