Em Portugal, na terminologia atualmente usada no ensino não universitário – o Dicionário Terminológico * –, trata-se de um complemento oblíquo, dado que marca o espaço onde se dá o evento (o desaparecimento). Ao contrário do que acontece com verbos acompanhados por todos os seus complementos (caso de «o João pôs os talheres na gaveta»; ver o que se diz sobre o verbo pôr aqui), os verbos de movimento podem não marcar obrigatoriamente o seu complemento oblíquo, uma vez que essa informação espacial pode ficar subentendida e estar acessível por meio do contexto da frase (seja o discurso anterior, seja a situação de comunicação). É o caso de chegar ou de sair, bem como o de desaparecer.
Na terminologia gramatical tradicional de Portugal, dizia-se que, no contexto em questão, «do espelho» era um complemento circunstancial de lugar donde. Na terminologia brasileira, trata-se de um complemento verbal.
* Ver, ainda, aqui, o resumo do Dicionário Terminológico.