É uma variação que ocorre nas chamadas orações condicionais «em que a condição é irrealizável ou hipotética» (Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1984, pág. 469). Por enquanto, só parece aceitável na oralidade informal – ler aqui. No entanto, podem encontrar-se argumentos para a considerar correta. Também se observa (e não é de agora) o uso do pretérito perfeito composto em lugar do mais-que-perfeito na oração condicional:
1. Se eu não tenho chegado a tempo, tu tinhas/terias morrido.
Em todo o caso, no discurso formal, recomenda-se a sequencialização dos tempos verbais conforme as condicionais canónicas, ou seja, tal como se exemplifica a seguir:
2. «Se eu não chegasse a tempo, tu morrerias.» [ou «morrias»]
3. «Se eu não tivesse chegado a tempo, tu terias morrido.» [ou «tinhas morrido»]
Agradecem-se as palavras finais que o consulente dirige ao Ciberdúvidas.