A origem e a história do “OK!” (abreviatura de “okay”), a mais popular palavra inglesa e, provavelmente, o empréstimo mais generalizado em todas as linguas, incluindo o português. Apontamento difundido pela Agência [de notícias] France Press e que, a pretexto dos 175 anos da sua primeira atestação num jornal norte-americano, foi dado à estampa pelo Jornal de Angola, na sua edição de 26/03/2014.
A expressão apareceu pela primeira vez em 1839, no jornal The Boston Morning Post, que na época era um dos diários mais importantes dos Estados Unidos.
Para Allan Metcalf, a maior autoridade na história sobre esta palavra em todo o mundo e autor de um livro sobre o tema, o “OK” surgiu como uma abreviação da expressão «oll korrekt», que derivava de «all correct» (tudo certo).
O Post tinha o costume de usar abreviações, como ng (no go, «não saia»), gt (gone to Texas, «foi para o Texas») e sp (small potatoes, «batatas pequenas»). Mas a expressão só se popularizou em 1840, quando simpatizantes do candidato presidencial Martin Van Buren, natural da cidade de Kinderhook, afirmaram que «OK!» se referia a «Old Kiderhook» (Velha Kinderhook).
Com o passar dos anos, a expressão popularizou-se em todo o mundo e surgiram inúmeras versões alternativas da sua história, mas nenhuma delas foi comprovada. Agora, com as mensagens curtas por telemóvel e nas redes sociais da Internet, o uso do “OK” registou uma expansão ainda maior e universal, para assinalar que tudo vai bem. Mas na rede mundial de computadores a expressão sofre a concorrência de uma não menos vulgar, a “lol”1, que significa «all right», que também significa tudo bem, mas não atinge a dimensão do “OK”, porque esta é muito mais utilizada da linguagem verbal corrente.
Por mais que palavras novas surjam para dizer que estamos todos em boa forma, nenhuma vai dar um KO a um bom OK!
1 N.E. - Não é verdade que lol tenha o significado atribuído no texto. A expressão a que esta abreviatura realmente corresponde é «laughing out loud», ou seja, numa tradução livre, «(é de) rir às gargalhadas».
texto difundido pela Agência France Press, publicado no Jornal de Angola de 26 de Março de 2017.