Aceitam-se as duas construções, que, embora praticamente sinónimas, apresentam uma pequena diferença:
1. Quem sou eu para dizer não. = ... para dizer a palavra não.
2. Quem sou eu para dizer que não. = ... para dizer que não quero isso/não concordo.
Note-se que não há impedimento para um verbo no infinitivo ser seguido da conjunção que – não se trata de regência, porque não é uma preposição. Exemplos:
3. Não quero dizer que discordo de ti.
4. Gostaria de informar que vai realizar-se uma nova reunião.
Em 3 e 4, os infinitivos dizer e informar são seguidos da conjunção que, porque são verbos que podem selecionar orações completivas («que discordo de ti» em 3, e «que vai realizar-se uma nova reunião» em 4).