O modismo incontornável, o Dia de Todos os Santos vs. Noite das Bruxas, a formação da palavra pobreza e o vocábulo incongruado
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O modismo incontornável, o Dia de Todos os Santos vs. Noite das Bruxas, a formação da palavra pobreza e o vocábulo incongruado
1. Em O nosso idioma, um novo texto da linguista Carla Marques descreve a evolução semântica da palavra incontornável, um lugar comum da adjetivação do atual discurso mediático e político. Sobre este tema, observa a autora: «Os sentidos dicionarizados são [...] muitas vezes curtos face aos usos a que uma palavra é sujeita. É sobretudo no domínio da comunicação social que o recurso à palavra parece ser incontornável, que é uma forma de dizer que está na moda...
A sintaxe do medo, o termo decrescimento e os palavrões na relação com o ser humano
1. As mais recentes respostas do Consultório debruçam-se sobre a formação e o significado de uma "nova" palavra: decrescimento. A homonímia associada à palavra como motiva duvidas relativas à sua classe nas expressões «fixar-se como docente» e «a maneira como ele fala». Ainda no âmbito da sintaxe, identifica-se a preposição selecionada pelo adjetivo conveniado e retoma-se a identificação da...
Palavrões, um «vaso ruim», o ensino do português no estrangeiro e (re)leituras a pretexto da eleição presidencial no Brasil
1. A utilização generalizada do calão* entre os alunos das escolas é o mote para a reflexão da formadora e professora de Português Carmo Machado sobre as possíveis reações às seleções lexicais dos alunos em espaço escolar, disponível na rubrica O nosso idioma (texto originalmente publicado na edição digital da revista Visão, de 24/10/2018).
*O termo calão é aqui utilizado no sentido de 'linguagem considerada rude ou grosseira' (cf....
O advérbio não, Bossa Nova, verbos traiçoeiros e o sinal @
1. A propósito da atualidade brasileira e da palavra-chave (hashtag*) #Elenão, a professora e linguista Carla Marques, em O nosso idioma, desvela o muito que está para lá da categorização gramatical de não. Na mesma rubrica, o jornalista e escritor brasileiro Ruy Castro, evocando Tom Jobim (1927-1994), revela a etimologia de algumas palavras como botequim e bossa, tão ligadas ao movimento...
Um anglicismo mentiroso, zoónimos insultuosos, alguns nomes tabu e a falta de conhecimento da língua
1. Atingindo a credibilidade da vida política e da informação mediática, além do Brasil, também circulam em Portugal as fake news (notícias falsas) – um anglicismo difundido à escala planetária. O Diário de Notícias de 21/10/2018 dá pormenores aqui e junta um texto de reflexão intitulado "Não há fake news. Chamam-se mentiras", da autoria da jornalista Catarina Carvalho, que desmonta o sentido do anglicismo e lança um alerta: «"Fake news", em inglês. "Fake"...
O tempo na língua: passado, presente e futuro
1. Na nova atualização do Consultório, centrados na temporalidade que lima e transforma as palavras, vamos ao encontro da origem de marsupialização, aritmética e dramaturgo. É também a expressão da temporalidade que conduz à hesitação entre várias possibilidades de a verbalizar: estar + gerúndio ou estar a + infinitivo? Nesse momento ou neste momento? No dia 20 ou o dia 20?
2. Vários acontecimentos relacionados com a língua...
1. Desde a sua fundação que o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa se tem afirmado como espaço de esclarecimento de dúvidas e debate das mais variadas questões da nossa língua comum, em toda a sua diversidade. Na rubrica Ensino, a professora e linguista Carla Marques dá conta disso mesmo e junta pormenores num artigo originalmente publicado na revista digital da Leya Educação de outubro de 2018.
2.Também presente em O nosso idioma, Carla Marques parte da...
Das estremas entre compreender e perceber às realidades extremadas
1. Na presente atualização do Ciberdúvidas as cinco novas respostas no Consultório abordam questões em torno da evolução da língua, da etimologia do topónimo Elvas, sobre a origem da sinonímia entre perceber e compreender e quanto às formas de tratamento Senhor e Sire. No campo da sintaxe, dá-se atenção a uma estrutura clivada e ao sujeito de uma oração não...
O dinamismo da língua, na sua unidade e diversidade
1. A permeabilidade da língua às intenções dos falantes espelha-se tanto na forma como se organiza a frase como na inovação lexical. As construções clivadas constituem um bom exemplo desta realidade na medida em que são estruturas que visam destacar elementos das frases. Mas, como constatamos no Consultório, estas mesmas estruturas oferecem dúvidas aos falantes: «Foi em agosto que...» ou «Foi em agosto quando...»? Também a criação de novas palavras levanta...
Usos cristalizados, dialetologia brasileira e equívocos interlinguísticos
1. Nem sempre se pode esperar que frases e sintagmas resultem de regras e se interpretem como cálculo dos significados de cada palavra constituinte. Em discurso, ocorrem frequentemente sequências prontas a usar, que se cristalizaram no tempo, como é o caso da pergunta «que horas são?» ou da expressão «meter à bulha», tópicos de duas novas perguntas em linha no consultório. Desta atualização fazem ainda parte as seguintes questões: diz-se «a 3D» (= «a três dimensões»)? O...
