1. As questões semânticas têm o seu predomínio na presente atualização do consultório do Ciberdúvidas*. Começamos com duas figuras de retórica: um eufemismo, numa frase retirada da Odisseia, de Homero, em que o narrador conta a morte de Argos, o cão fiel de Ulisses; e uma sinestesia, esta remetendo para Os Maias, de Eça de Queirós. E, ainda, à volta da locução «assalto à mão armada» e do género do nome Fanta. Lugar, também, para um esclarecimento a propósito da regência do verbo posar e para um outro a respeito do uso do hífen com o prefixo auto- antes do Acordo Ortográfico de 1990. Última questão: uma análise sintática com o verbo inspirar-se.
* Pelas razões já anteriormente expostas, o Ciberdúvidas passou a assegurar as suas atualizações temáticas apenas uma vez por semana – agora à terça-feira. Entretanto, sempre que a atualidade ou a relevância informativa o justificar, não deixaremos de o assinalar nos Destaques que vão sendo renovados neste período.
2. A rubrica Antologia ficou enriquecida com um poema do brasileiro Manuel Bandeira à volta de um delicioso neologismo por ele próprio inventado: o verbo teadorar.
3. Registo final, na rubrica Lusofonias, para uma reportagem publicada no semanário macaense Ponto Final sobre o bairro português Kampung Portugis, em Malaca. Nele vive uma comunidade de descendentes dos navegadores portugueses, de há 500 anos.