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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

 1. Na nova atualização do Consultório, centrados na temporalidade que lima e transforma as palavras, vamos ao encontro da  origem de marsupializaçãoaritmética e dramaturgo. É também a expressão da temporalidade que conduz à hesitação entre várias possibilidades de a verbalizar: estar + gerúndio ou estar a + infinitivo? Nesse momento ou neste momento? No dia 20 ou o dia 20?

2. Vários acontecimentos relacionados com a língua portuguesa no mundo motivam a apresentação de estudos, a estruturação do seu ensino, a reflexão sobre a sua divulgação pelo mundo e a atribuição de prémios:

– em Timor-Leste, Francisco Martins, reitor da UNTL, Universidade Nacional Timor Lorosa'e, anunciou, na abertura das 3.as jornadas Pedagógicas do Centro de Língua Portuguesa, o início, em 2019, da primeira licenciatura de formação de professores em educação pré-escolar, integralmente lecionada em língua portuguesa, em colaboração com a Universidade do Minho, e ainda o desenvolvimento de um novo programa de mestrado de ensino em língua portuguesa, em colaboração com a Universidade do Porto.

– em Bragança, decorre o “I Encontro Internacional de Língua Portuguesa e Relações Lusófonas” (LUSOCONF2018), nos dias 19 e 20 de outubro de 2018, com lugar na Escola Superior de Educação, do Instituto Politécnico de Bragança (ESE-IPB). Trata-se de um evento que conta com o apoio institucional da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e que visa promover momentos de discussão sobre temáticas em diversas áreas relevantes no âmbito da lusofonia, nomeadamente, sobre a Linguística Portuguesa, Didática da Língua Portuguesa, entre outros.

– a atribuição do prémio LeYa ao escritor brasileiro Itamar Vieira Júnior pelo seu romance Torto Arado, uma obra centrada no universo rural brasileiro.

3. Sobre os programas de rádio produzidos pelo Ciberdúvidas:

– o programa Língua de Todos conta com a participação de Luís Faro Ramos, presidente de Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, que apresenta os projetos deste organismo no âmbito da promoção e difusão da língua portuguesa. No decurso da entrevista abordam-se temas como a importância da língua portuguesa no mundo, a Rede de Ensino Português no Estrangeiro e os projetos para África (RDP África, na sexta-feira, dia 19 de outubro, às 13h15*, com repetição no sábado, 20/10)

– no programa Páginas de Português, entrevista-se Hugo Barreto, da Fundação Roberto Marinho, a propósito da exposição A Língua Portuguesa em Nós, patente no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa**. No decurso de uma visita guiada à exposição, a entrevista centra-se na análise da receção da exposição nos países por onde passou (Brasil, Angola, Cabo Verde, Angola e Moçambique) e na discussão de algumas estratégias para a promoção da língua portuguesa no plano internacional.  

* Os programas Língua de Todos, e Páginas de Português ficam disponíveis posteriormente aqui e aqui. Hora oficial de Portugal continental.

** Depois de 21 de outubro de 2018, a exposição passa a ficar patente em Óbidos, onde permanecerá três anos (ler notícia do Diário de Notícias, de 9/10/2018). 

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Desde a sua fundação que o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa se tem afirmado como espaço de esclarecimento de dúvidas e debate das mais variadas questões da nossa língua comum, em toda a sua diversidade. Na rubrica Ensino, a professora e linguista  Carla Marques dá conta disso mesmo e junta pormenores num artigo originalmente publicado na revista digital da Leya Educação de outubro de 2018.

2.Também presente em O nosso idioma, Carla Marques parte da polissemia de dizer para ilustrar como o uso redundante deste verbo leva, por avareza de recursos lexicais, ao esquecimento de outras formas de denotar a ação de declarar em português (acentuar, afirmar, confessar, declarar, transmitir, informar, revelar, escrever, observar, precisar, rematar etc.).

3. Mau resultado tem igualmente poupar na pontuação. É o que prova Sara Mourato num apontamento em linha no Pelourinho, a propósito de um texto noticioso em que a simples junção de um ponto daria coerência à mensagem.

4. No consultório, é amplo o leque de novas questões: pode-se escrever um ponto antes da conjunção ou? Na frase «este iogurte é menos caro», o adjetivo está no grau superlativo ou no comparativo? Poças!, é interjeição legítima? A locução latina in situ tem plural? O nome determinante é do género masculino ou feminino? Que valor semântico atribuir a embora e «ir embora»? E como é que colo, que geralmente significava «pescoço», passou a ser sinónimo de regaço?

5. Os crioulos são línguas como as outras, com a particularidade de terem origem na expansão e conquista europeias, do século XV em diante. Estando o português implicado na história de vários desses idiomas, assinale-se um interessante artigo do professor e tradutor Marco Neves sobre o papiamento, língua de génese crioula e base lexical portuguesa, que tem estatuto oficial na ilha de Curaçau, nas Caraíbas. Sobre as línguas crioulas, leiam-se também no Ciberdúvidas: "Crioulos", "Dialeto, crioulo e patoá", "Crioulo, dialeto e pidgin", "A teoria da simplificação e da relexificação do crioulo", "A língua portuguesa e o crioulo cabo-verdiano",  "A propósito de "galescolas" e crioulo".

Cf.: 32 idiomas de origem portuguesa espalhados pelo mundo

6. Das Caraíbas para o noroeste da Península Ibérica. Chega o eco de o parlamento galego ter aprovado por unanimidade em 9/10/2018 uma resolução com vista à adesão da Galiza à Comunidade de Países de Língua Portuguesa, instando o governo autonómico «a desenvolver de maneira real e efectiva a Lei Paz Andrade para o aproveitamento da lingua e cultura portuguesas convocando prazas [=vagas] docentes de portugués na vindeira [=próxima] oferta pública de emprego dirixida ao ensino e a dotar de orzamento nas contas para 2019 a aplicación desta lei». Sobre a Lei Paz Andrade, aprovada em 2014, e as vicissitudes da sua aplicação, ler aqui e aqui.

7. Sobre os programas de rádio produzidos pelo Ciberdúvidas:

– no Língua de Todos, transmitido pela RDP Áfricana sexta-feira, dia 19 de outubro, às 13h15* (com repetição no sábado, 20/10), Luís Faro Ramos, presidente Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, fala sobre os projetos deste organismo do Ministério dos Negócios Estrangeiros para a promoção e difusão da língua portuguesa, referindo-se à importância que esta tem no mundo, à Rede de Ensino Português no Estrangeiro e às apostas em África;

– no Páginas de Português, emitido na Antena 2, no domingo, 21 de outubro, às 12h30* (com repetição no sábado seguinte, 27/10, pelas 15h30), em foco a exposição A Língua Portuguesa em nós, patente no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa**, numa entrevista com Hugo Barreto, da Fundação Roberto Marinho, que, numa visita guiada à exposição, dá conta de como esta exposição tem sido recebida, por onde já passou (Brasil, Angola, Cabo Verde, Angola e Moçambique) e do que seria necessário fazer para que a língua portuguesa tivesse mais peso internacional.

* Os programas Língua de Todos, e Páginas de Português  ficam  disponíveis posteriormente aqui e aqui. Hora oficial de Portugal continental.

** Depois de 21 de outubro de 2018, a exposição passa a ficar patente em Óbidos, onde permanecerá três anos (ler notícia do Diário de Notícias, de 9/10/2018).

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Na presente atualização do Ciberdúvidas as cinco novas respostas no Consultório abordam questões em torno da evolução da língua, da etimologia do topónimo Elvas, sobre a origem da sinonímia entre perceber e compreender e quanto às formas de tratamento Senhor e Sire. No campo da sintaxe, dá-se atenção a uma estrutura clivada e ao sujeito de uma oração não finita

 2. Na Montra de livros, apresenta-se o Roteiro da História da Língua Portuguesa, da autoria de Ana Paula Banza e Maria Filomena Gonçalves, publicado numa parceria da UNESCO e da Universidade de Évora, uma obra centrada numa perspetiva de âmbito teórico e histórico, disponível em formato pdf

3. Na rubrica O nosso idioma, um artigo da jornalista Rita Pimenta explora os sentidos dicionarizados e as interpretações dos falantes em torno de um termo que domina a atualidade e que a leva para os seus extremos: a palavra extrema-direita. Uma reflexão emanada da atual realidade brasileira suscetível de se alargar a outros domínios. (transcrito, com a devida vénia, do jornal P2, suplemento do jornal Público, de 14/10/2018). 

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. A permeabilidade da língua às intenções dos falantes espelha-se tanto na forma como se organiza a frase como na inovação lexical. As construções clivadas constituem um bom exemplo desta realidade na medida em que são estruturas que visam destacar elementos das frases. Mas, como constatamos no Consultório, estas mesmas estruturas oferecem dúvidas aos falantes: «Foi em agosto que...» ou «Foi em agosto quando...»? Também a criação de novas palavras levanta questões relacionadas com a possibilidade de existência de termos como "cozinhação", "submunicipal" ou motiva a hesitação entre "tricoteiro" e "tricotadeiro". E o que significa a expressão "conversa de pé de orelha"? Nesta secção, ainda uma questão sobre maiúsculas e minúsculas.  

 2. Para enquadramento do valor patrimonial da língua portuguesa, na sua unidade e diversidade, faça-se referência a uma obra concebida numa perspetiva histórica: trata-se de Roteiro da História da Língua Portuguesa, da autoria de Ana Paula BanzaMaria Filomena Gonçalves e publicada numa parceira da UNESCO e da Universidade de Évora.  

3. Ainda uma palavra para a exposição A Língua Portuguesa em Nóspatente no MAAT até 26 de outubro, que, de seguida, rumará até Óbidos. Destaque também para o anúncio da reabertura do Museu de Língua Portuguesa, de São Paulo, em dezembro de 2019. 

  4.  Por Portugal, continuam as comemorações dos 20 anos da atribuição do Prémio Nobel da literatura a José Saramago, com a exposição O «nosso» Prémio: 20 anos do Nobel de José Saramago, com lugar na Biblioteca Nacional, em Lisboa entre 12 de outubro e 29 de dezembro de 2018. 

    Recordamos algumas publicações do Ciberdúvidas em torno da vida e obra de Saramago: na Abertura, "José Saramago (1922-2011)" (18/06/2010), "Ler e reler Saramago" (27/07/2011), "Nos quinze anos do Nobel de Saramago" (10/10/2013), "Castelhanismos, a propósito de Saramago" (25/06/2014); em O nosso idioma, "Memorial do Convento, 'uma permanente homenagem à língua portuguesa'" (27/07/2011), texto do crítico, ensaísta e dramaturgo Luís Francisco Rebelo (1924-2011); no consultório, "A expressão 'palmo a palmo" no Memorial do Convento de José Saramago" (27/04/2017) e, no Correio, "As palavras de José Saramago sobre a língua portuguesa e o seu ensino" (2008) e "Uma língua que não se defende morre", texto que Saramago escreveu especialmente para o Ciberdúvidas. 

5. Entretanto, em Angola, a Academia Angolana de Letras (AAL) em conferência de imprensa realizada em 10/10/2018, divulgou um comunicado em que pede ao Governo de Angola que não ratifique o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 (AO). Várias razões apresenta a AAL para rejeitar o atual AO, entre elas (ler notícia no jornal Público de 10/10/2018), «um número elevado de exceções à regra», o qual «não concorre para a unificação da grafia do idioma, não facilita a alfabetização e nem converge para a sua promoção e difusão [em Angola]»; divergências relativamente a normas da Organização Internacional para a Padronização e aos princípios da UNESCO e da Academia Africana de Letras sobre a «cooperação linguístico-cultural com vista à promoção do conhecimento enciclopédico e de paz»; e o não reconhecimento por parte do AO «[d]a importância das línguas nacionais angolanas como factor de identidade nacional», defendendo a AAL que «[a] escrita de vocábulos, cujo étimos provenham de línguas bantu[*], deve ser feita em conformidade com as normas da ortografia dessas línguas, mesmo quando o texto está escrito em português»

[*] Sobre o termo bantu, invariável (forma, também, do inglês e das línguas nacionais angolanas), sublinhe-se que a sua forma  aportuguesada está há muito consagrada e é assim que se encontra abonada nos dicionários e nos vocabulários ortográficos atualizados: banto, variável em género (banta) e número (bantos, bantas). A observância dos preceitos ortográficos da língua portuguesa não pode, pois, deixar de ser seguida, neste e noutros casos similares  Veiam-se as respostas "Banto/a, bantos/as vs. bantu (invariável)",  "O plural de banto" e Uma sigla com nomes de uma língua banta.

6. No programa Língua de Todosentrevista-se a professora Teresa Lino, investigadora do Grupo de Lexicologia e Terminologia do Centro de Linguística da Universidade Nova de Lisboa sobre o tema dos neologismos. Passa RDP África na sexta-feira, dia 12 de outubro, às 13h15*, com repetição no sábado, 13/10). E no programa Páginas de Português a atenção recai sobre as estratégias adotadas por Camões – Instituto da Cooperação e da Língua para projetar a língua portuguesa. Luís Faro Ramos, presidente deste organismo do Ministério dos Negócios Estrangeiros, fala sobre as ações de promoção do nosso idioma no espaço da sua geografia pluricontinental, da Europa às Américas e da Ásia. Emitido em direto na Antena 2, no domingo, 14 de outubro, às 12h30*, com repetição no sábado seguinte, 20/10, pelas 15h30.

* Os programas Língua de Todos, e Páginas de Português  ficam  disponíveis posteriormente aqui e aqui. Hora oficial de Portugal continental.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Nem sempre se pode esperar que frases e sintagmas resultem de regras e se interpretem como cálculo dos significados de cada palavra constituinte. Em discurso, ocorrem frequentemente sequências prontas a usar, que se cristalizaram no tempo, como é o caso da pergunta «que horas são?» ou da expressão «meter à bulha», tópicos de duas novas perguntas em linha no consultório. Desta atualização fazem ainda parte as seguintes questões: diz-se «a 3D» (= «a três dimensões»)? O adjetivo perpétuo deriva de perpetuar? E não será tudo isto estrambólico... ou estrambótico?

 2. Ainda tendo por mote o contexto político do Brasil (prepara-se a segunda volta das eleições presidenciais, a realizar em 28/10/2018), nota-se que uma região sobressai quer do ponto de vista eleitoral quer no plano linguístico. Trata-se do Nordeste, que, como salienta o linguista brasileiro Aldo Bizzocchi num texto intitulado "O Brasil que tem sotaque" (blogue Diário de um Linguista), se distingue das demais regiões brasileiras pelas características inconfundíveis dos seus dialetos. Do mesmo autor, leia-se igualmente o artigo "Como nascem os sotaques". Ambos os textos passam a estar também disponíveis na rubrica O nosso idioma.

3. Falando ainda de diversidade, mas na perspetiva interlinguística, recomenda-se a divertida crónica escrita por Marco Neves no blogue Certas Palavras, a propósito de um modelo de carro sul-coreano cujo nome equívoco choca uns e faz rir outros em muitos lugares onde se fala português (ou galego).

4. Que neologismos têm entrado na língua por influência de idiomas originários dos países africanos lusófonos? No programa Língua de Todos,  transmitido pela RDP África na sexta-feira, dia 12 de outubro, às 13h15, com repetição no sábado, 13/10), os neologismos são o tema em foco numa entrevista com a professora Teresa Lino, investigadora do Grupo de Lexicologia e Terminologia do Centro de Linguística da Universidade Nova de Lisboa. E que estratégias está a adotar o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua para projetar a nossa língua comum? O programa Páginas de Português, que vai para o ar na Antena 2, no domingo, 14 de outubro, às 12h30* (com repetição no sábado seguinte, 20/10, pelas 15h30), fala com Luís Faro Ramos, presidente deste organismo do Ministério dos Negócios Estrangeiros sobre ações de promoção da língua portuguesa no espaço da sua geografia pluricontinental, da Europa às Américas e da Ásia à África.

* Os programas Língua de Todos, e Páginas de Português  ficam  disponíveis posteriormente aqui e aqui. Hora oficial de Portugal continental.

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1. Faz neste dia 20 anos que o Prémio Nobel* da Literatura foi atribuído ao escritor português José Saramago (1922-2010). Em Portugal, multiplicam-se os eventos que assinalam a efeméride, entre eles, até 10/10/2018, em Coimbra, o Congresso Internacional José Saramago: 20 anos com o Prémio Nobel (cf.  Ana Paula Arnaut diz que Saramago recria heterónimo de Pessoa como sua personagem).  Igualmente no campo editorial é este aniversário lembrado com a publicação de um escrito inédito do autor, Último Caderno e de dois outros livros: O Último Caderno de Lanzarote e Um país levantado em alegria. O Ciberdúvidas da Língua Portuguesa associa-se também às comemorações, recuperando do seu arquivo o testemunho da arte literária do escritor:

– na Antologia, "Uma língua que não se defende morre", texto que Saramago escreveu especialmente para o Ciberdúvidas, a marcar o regresso depois de uma interrupção em 2002, "As palavras" (in Deste Mundo e do Outro, Editorial Caminho, 4.ª edição, 1997), e "Poema à boca fechada" (in Os Poemas Possíveis, Editorial Caminho, 1981);

– em O nosso idioma, "Palavras para uma cidade" (in Caderno, Editorial Caminho, 2009);

– a entrevista que o prémio Nobel português concedeu em 13 de julho de 2008 ao programa Páginas de Português (Antena 2) – ver também "Palavras de Saramago sobre o português" (Abertura, 14/07/2008);

— e Saramago: 20 anos depois do Nobel.

* Pronuncia-se "nobél", recorde-se. Cf. "Nobel, palavra oxítona(aguda): /Nobél/".

2. À volta da vida e obra de Saramago: na Abertura, "José Saramago (1922-2011)" (18/06/2010), "Ler e reler Saramago" (27/07/2011), "Nos quinze anos do Nobel de Saramago" (10/10/2013), "Castelhanismos, a propósito de Saramago" (25/06/2014); em O nosso idioma,i"Saramago, o escritor que brinca com a pontuação" (24/05/2008), da jornalista Isabel Coutinho, "Memorial do Convento, 'uma permanente homenagem à língua portuguesa'" (27/07/2011), texto do crítico, ensaísta e dramaturgo Luís Francisco Rebelo (1924-2011); no consultório, "A expressão 'palmo a palmo" no Memorial do Convento de José Saramago" (27/04/2017) e, no Correio, "As palavras de José Saramago sobre a língua portuguesa e o seu ensino" (2008). 

CfJosé Saramago, biografia do escritor da nova escrita + E disto se fez Nobel

3.  Relativamente à atualização do conjunto de rubricas de O português na 1.ª pessoa:

– Carla Marques traz a O nosso idioma exemplos de como a falta de hífen ou o seu uso errado agravam os enganos do amor;

– na rubrica Ensino, Ana Sousa Martins, coordenadora da Ciberescola da Língua Portuguesa, lança um alerta para a necessidade urgente de haver mais adaptações de textos literários para quem aprende o português como língua estrangeira;

– no Pelourinho, disponibiliza-se um texto saído no Jornal da Madeira (2/10/2018), em que a autora, a advogada Patrícia de Vasconcelos, denuncia o desleixo na escrita.

4. Atualizado fica também o consultório com seis novas respostas: tardoz é substantivo feminino? Como pronunciar o topónimo grego Santorini? O possessivo correspondente a vocês é seu? Na frase «se não quer é porque não gosta» não falta uma vírgula? Como aportuguesar slide (= diapositivo)? Substantivando o pronome eu, diz-se «o eu», ou também se pode atribuir o género feminino?

** A propósito de género gramatical e do debate em torno do conceito de género, registe-se a polémica gerada em Espanha em fevereiro de 2018 por causa da forma "portavoza", como feminino do castelhano portavoz. O neologismo foi rejeitado, porque portavoz, como o português porta-voz, é substantivo dos dois géneros; além disso, tratando-se de um composto de verbo + substantivo, não se justifica alterar o segundo elemento voz, que, como a forma homóloga do português, já é do género feminino. Sobre a relação entre a construção social de género e a categoria gramatical de género, leia-se o texto intitulado "'Machista' e 'heteropatriarcal', a língua portuguesa?", do linguista João Veloso.

5. Da atualidade com interesse para a promoção da língua portuguesa, saliente-se, no âmbito da exposição "A Língua Portuguesa em Nós" patente no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa, o seminário A Língua Portuguesa ‘Entre Gente Remota’, a realizar em 15/10/2018 (acesso livre) e acreditado pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua – CCPFC).

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. "A Língua Portuguesa em Nós" é a exposição que estará patente no MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, de Lisboa), a partir de 6 de outubro*, e que se constitui como uma viagem pela língua portuguesa no mundo. Esta é uma exposição itinerante do Museu da Língua Portuguesa, de São Paulo (em reconstrução desde o incêndio de 2015), que já passou por Cabo Verde, Angola, Moçambique, para além do próprio Brasil, e que envolve um programa diversificado, construído em torno do português. 

* Depois de 21 de outubro de 2018, a exposição passa a ficar patente em Óbidos, onde permanecerá três anos (ler notícia do Diário de Notícias, de 9/10/2018).

2. Um nó na língua terá de dar quem proferir um palavrão. As palavras tabu acompanham o nosso quotidiano. Todos os falantes as conhecem, muitos usam-nas mais ou menos frequentemente, mas quantos conhecem a sua origem? Na rubrica O nosso idioma, a jornalista Rita Cipriano reúne algumas curiosidades a este propósito no seu artigo "Palavrão a palavrão: de onde vieram as asneiras" (transcrito, com a devida vénia, do jornal digital Observador, de 20/09/2015).

3. Para que os significados das palavras não se transformem num nó cego, a editora Texto acaba de lançar o Dicionário da Língua Portuguesa – Léxico, Gramática, Prontuário, da autoria das linguistas Aldina Vaza e Emília Amor. Um dicionário a procurar variegar, cuja apresentação se faz na Montra de Livros

4. E para que as dificuldades da língua não se transformem num nó górdio, no Consultório, respondemos a questões em torno de palavras: qual a origem de Talefe? Posso dizer "bem hajam"? Qual a diferença entre léxico e vocabulário? São metáforas os "cavalinhos" das ondas e os "cavalos de Fão"? Também a sintaxe coloca os seus problemas aos utilizadores da língua: diz-se «Ela nos viu queixar» ou «Ela nos viu queixarmo-nos»? E ainda a identificação de uma oração completiva não finita

5. Na RDP África, no programa Língua de TodosSandra Duarte Tavares aborda duas questões que levantam muitas dúvidas: quando é que devemos escrever porque, junto, e por que, separado? Segundo o novo Acordo Ortográfico, a palavra fim de semana perde o hífen, mas a palavra primeiro-ministro mantém o hífen. Qual é, afinal, a regra para o uso do hífen nas palavras compostas?  É o que se pode ouvir, em direto, na sexta-feira, dia 5 de outubro, às 13h15, com repetição no sábado, 6/10). O programa Páginas de Português, da Antena 2, esteve no FOLIO (Festival Literário Internacional de Óbidos, que, de 27 de setembro a 7 de outubro, é Ponto de Encontro. Encontro de escritores, leitores, artistas, músicos, livros, letras… e muitos pontos de vista diferentes. Durante o evento, foram entrevistados Teresa Calçada, comissária do Plano Nacional de Leitura sobre os desafios e novos projetos, e José Castilho Marques Neto, mentor do Plano Nacional do Livro e Leitura do Brasil, que teve início em 2006. A entrevista abordou também os desafios, as dificuldades e as perspetivas para o futuro com a nova Lei 13.696/18, que institui a Política Nacional de Leitura e Escrita. O programa é transmitido no domingo, 7 de outubro, às 12h30* (com repetição no sábado seguinte, 13/10, pelas 15h30).

* Os programas Língua de Todos, e Páginas de Português  ficam  disponíveis posteriormente aqui e aqui. Hora oficial de Portugal continental.

6. Na atualidade, vemos o Brasil chegar ao nó da questão. Dia 7 de outubro, tem lugar a 1.ª volta das eleições presidenciais**, numa altura em que o país luta para resolver inúmeras crises: as opções da extrema-direita, a indignação das mulheres, a violência extrema, a imigração... Também no dia 7 de outubro, São Tomé e Príncipe* realiza eleições legislativas, autárquicas e regional da ilha do Príncipe. Uma palavra ainda para o poeta Manuel Alegre que recebeu ontem, dia 2 de outubro, o Doutoramento Honoris Causa em Letras pela Universidade de Lisboa. Durante o seu discurso, o poeta afirmou: «Sou desta língua que foi ao mar, descobriu outras línguas e, transformando-as, a si mesma se transformou. Una e diversa, dela nasceram a grande literatura brasileira e também a angolana, cabo-verdiana, moçambicana e de todos os países que falam e escrevem o português.»

** Respostas e artigos sobre o Brasil: "Brasil"; "Brasil/ 'Brazil'"; "Língua portuguesa (emancipação do Brasil)"; "Do português europeu para o português do Brasil"; "Bilinguismo luso-brasileiro"; "Sobre o sotaque do Brasil"; "As grafias húmido (PE) e úmido (PB)"; "Portugal-Brasil. Diferenças linguísticas"; "Língua portuguesa Portugal-Brasil"; "O futebol falado diferentemente no Brasil e em Portugal".

*** Respostas e artigos sobre São Tomé e Príncipe: "Português de São Tomé";  "Os naturais do Príncipe (São Tomé e Príncipe)"; "Os gentílicos de Lamego, Douro, Chaves, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe".

7. Informamos os nossos consulentes de que a nova atualização será feita no dia 8 de outubro, devido ao feriado (em Portugal) da Implantação da República, com lugar a 5 de outubro. A este propósito, recordamos que as palavras república e monarquia se escrevem com minúscula e passamos em revista o sentido do verbo implantar.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Em Portugal, pelo menos, no seu território continental, o mês de setembro de 2018 terá sido o mais quente desde que há registos, fazendo o tempo estival prolongar-se fora de época. Nas conversas, fala-se em "verouno", amálgama dos nomes verão e outono. E para referir o calor forte emprega-se canícula, uma palavra que herdámos da Antiguidade romana, como recorda Guilherme de Almeida, professor e especialista em Física, num texto que se disponibiliza na rubrica O nosso idioma.

2. No consultório, uma questão de estilística centra-se num modismo recente em Portugal, «aquilo que é», em frases como «falo daquilo que é a minha preocupação», em lugar da formulação «falo da minha preocupação», muito mais simples. Outra diz respeito à semântica de haver usado como auxiliar («hás de pagar esta dívida»). Regressa também a etimologia, com a obscura origem do topónimo Leiria (centro de Portugal) e um tópico muito discutido mas ainda mal conhecido, o do contributo das línguas célticas para do léxico comum português.

3. As relações estreitas dos países de língua portuguesa com a Galiza justificam dar atenção redobrada a certas notícias de Espanha, país onde a diversidade linguística é sempre tema polémico. Propondo suprimir o requisito de o conhecimento das línguas cooficiais ser condição para o emprego público nas comunidades autónomas bilingues, o deputado Toni Cantó declarou que «é um facto que o castelhano desapareceu de lugares como a Catalunha, as Baleares, a Comunidade Valenciana, o País Basco ou a Galiza». Contudo, no caso galego, a realidade é o castelhano ganhar cada vez mais terreno, ao ponto de o secretário da Real Academia Galega, Henrique Monteagudo, desmentir a afirmação do referido político e considerar que se está a faltar à verdade para minar ainda mais o estatuto da língua vernácula daquela região: «Como non existen datos reais nin argumentos lóxicos que sustenten unha política discriminatoria cara [=face] aos falantes das linguas cooficiais, só queda o recurso á mentira e á demagoxia. [...] Créase así un mundo do revés, onde a vítima é verdugo e o castelán [=castelhano] desapareceu de Galicia.»

4. Outros ecos da atualidade: o interesse em aumento do mercado de trabalho asiático pela língua portuguesa; entre os Estados ibero-americanos, a criação de um programa inovador para difusão da língua portuguesa; e o referendo pouco conclusivo realizado na República de Macedónia em 30/09/2018  para decidir sobre a mudança de nome deste país* – para República da Macedónia do Norte.

* A este caso, somam-se, nos últimos 50 anos ou mais, muitos outros, de países que adotaram um novo nome ou que estão envolvidos em polémicas à volta da sua denominação oficial. Entre páginas sobre o assunto, dispersas pela Internet, consultem-se, por exemplo, "Países extintos ou que mudaram de nome", "10 países que mudaram de nome" ou "Estes países também mudaram de nome nas últimas décadas". No Código de Redação Interinstituconal para o uso do português na União Europeia, encontra-se uma lista muito útil e atualizada de nomes dos Estados e territórios.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Numa altura em que as questões relacionadas com a política da língua foram colocadas na ordem do dia por Marcelo Rebelo de Sousa, que, no seu discurso na ONU1, defendeu a adoção do português como idioma oficial das Nações Unidas, vem a propósito o que escreveu2 o escritor a Miguel Esteves Cardoso sobre o que, provavelmente,  mais condiciona a  aprendizagem e a prática da língua portuguesa pelos estrangeiros que visitam ou residem em Portugal: «Um estrangeiro está a fazer o esforço de falar português com um português. Pode até estar a pedir ajuda com o vocabulário. Em vez de o ajudar, o português começa a falar inglês. E a conversa é feita em inglês, geralmente atroz de um lado e doutro

1 O discurso do Presidente português, na  73.ª sessão da Assembleia Geral da ONU pode ser ouvido na íntegra, aqui. E aqui, encontra-se disponível  entrevista concedida  à Rádio das Nações Unidas.

2 «Deixem-nos falar», in jornal Público de 26/09/2018, disponível também na rubrica O nosso idioma.

2. Na atualidade relacionada  ainda com a língua portuguesa, destacamos:

– na RTP2, a série Acende a luz para eu te "ouvir". Trata-se de uma série com 13 episódios, que teve início esta semana e que se destina às pessoas que não ouvem, colocando aquelas que ouvem numa posição de segundo plano a que normalmente não estão habituadas no panorama televisivo;

– Folha, 1.ª Festa Literária, com início a 26 de setembro, na Curia: um encontro de três dias à volta dos livros e dos escritores (programa completo aqui).

3. No Consultório, surgem dúvidas relativas ao uso pronominal dos verbos buscarrecamar e reerguer e da forma escolhes-te. Uma frase de António Lobo Antunes é o ponto de partida para analisar o uso do infinitivo pessoal do verbo rejuvenescer. E ainda, os sentidos que se podem associar à locução de todo e a distinção entre uma oração relativa e uma oração consecutiva.

4. A obra do pedagogo brasileiro Paulo Freire estará no ar, no programa Língua de Todos (RDP África, sexta-feira às 13h153, com repetição no sábado, 29/09, às 9h103), com Luiza Cortesãoprofessora jubilada da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Portoque se referirá, em particular, aos projetos de alfabetização que aquele educador desenvolveu sobretudo na Guiné. A digitalização do acervo de livros raros da Biblioteca Brasiliana do casal Guita e José Mindin será o mote para a entrevista ao professor Alexandre Saes, da Universidade de São Paulo (no ar, na Antena 2, programa Páginas de Português, no domingo, 30 de setembro, pelas 12h303 (com repetição no sábado seguinte, 6 de outubro, pelas 15h303). Ainda nesta emissão, na rubrica "Cronogramas", a  professora Sandra Tavares Duarte fala sobre a obra do eminente gramático brasileiro Evanildo Bechara.

3  Os programas Língua de Todos, e Páginas de Português  ficam  disponíveis posteriormente aqui e aqui. Hora oficial de Portugal continental.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. A atualidade fica marcada pela realização da 73.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, onde o debate tem por  tema “Tornar a ONU relevante para todos: liderança global e responsabilidade partilhada para sociedades pacíficas, equitativas e sustentáveis”. Com a participação do Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa  discursa neste dia – e foi na nossa língua que se fez ouvir, apelando ainda à adoção do português como idioma oficial das Nações Unidas*.

* O discurso do Presidente português, na íntegra, aqui: e, aqui. a entrevista concedida  à Rádio ONU.

2. A propósito do acrónimo (que também é sigla) ONU – uma incorreção recorrente nos media nacionais na sua prolação – vale a pena lembrar que se trata de palavra aguda (ou oxítona), como aqui se tem repetido. Por exemplo, em "ONU tem a tónica no u", "Como (bem) dizer ONU e Nobel... em português", "Prosódia das siglas ONU, OVNI e UCI". Sobre a grafia de «assembleia geral», leia-se uma das respostas em arquivo.

3. Faça-se ainda registo de como, em Portugal, o Ministério Público apelidou a operação que levou à detenção de alguns militares no caso do roubo das armas de Tancos, ocorrido em junho de 2017: Operação Húbris. O termo húbris, de origem grega e insólito na língua do dia a dia, é ou deveria ser conhecido dos finalistas do ensino secundário, pois é recorrente no estudo da dimensão trágica da peça Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett (1799-1854). Etimologicamente, significa «para os antigos gregos, conduta desmedida que é considerada um desafio aos deuses e que acarreta a ruína de quem assim age» (Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora), mas hoje vai-se vulgarizando como o mesmo que «autoconfiança excessiva» e sinónimo de orgulho, arrogância, insolência. Sobre este tópico, leiam-se também os apontamentos "A húbris, a síndrome do excesso do poder" e "Húbris, Integridade e Moral em Mago: O Despertar".. 

4. Entre o muito que se faz e diz à volta da língua portuguesa, salientamos:

– a Feira do Livro de Maputo, até 30 de setembro p.f., evento que inclui uma mesa redonda neste dia, às 17h00, no Camões – Centro Cultural Português de Maputo, dedicada à literatura infantil em língua portuguesa;

– um curioso apontamento do linguista brasileiro Aldo Bizzocchi sobre palavras estrangeiras inventadas em português – pedipaper, usada em Portugal, é certamente um caso.

– a nomeação do novo diretor-executivo do Instituto Internacional da Lingua Portuguesa (IILP), o investigador e linguista guineense Icanha Itunga;

– e a comemoração, também na presente data, do Dia Europeu das Línguas, por iniciativa do Conselho da Europa desde 2001.

5. No consultório da presente atualização, comenta-se uma ocorrência do pronome o num livro do jornalista e escritor português Miguel Sousa Tavares, sondam-se as origens da palavra badagaio, descreve-se o uso do pronome relativo quem, revela-se a equivalência entre fresco e afresco e fala-se de quatro figuras de estilo – metáfora, ironia, antítese e comparação.

5. Para a promoção da língua, não chega traduzir os seus autores literários, é preciso pôr os falantes estrangeiros a aprendê-la. Em O nosso idioma, disponibiliza-se um texto assinado pelo ensaísta e crítico literário Eugénio Lisboa (Jornal de Letras de 13/04/2018), que deixa a seguinte consideração: «[...] é à conquista da disseminação da língua portuguesa que devemos partir. Enquanto não trouxermos o estrangeiro até à nossa língua, teremos ficado apenas a meio do caminho.»

6. No programa Língua de Todos, transmitido pela RDP África, na sexta-feira, dia 28 de setembro, às 13h15* (com repetição no sábado, dia 29/09), Luíza Cortesão, professora jubilada da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto evoca a obra do pedagogo brasileiro Paulo Freire, em especial, os projetos de alfabetização em que participou em África, particularmente na Guiné. No Páginas de Português, que vai para o ar na Antena 2, no domingo, 30 de setembro, às 12h30* (com repetição no sábado seguinte, dia 6/10, pelas 15h30*), entrevista-se o professor Alexandre Saes da Universidade de São Paulo, responsável pelo acervo de livros raros da Biblioteca Brasiliana do casal Guita e José Mindlin, a respeito da digitalização da totalidade desta biblioteca e do acesso a este recurso; ainda neste programa, na rubrica "Cronogramas", Sandra Duarte Tavares refere-se a obra do gramático brasileiro Evanildo Bechara.

* Os programas Língua de Todos, e Páginas de Português  ficam  disponíveis posteriormente aqui e aqui. Hora oficial de Portugal continental.