Jonuel Gonçalves - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Jonuel Gonçalves
Jonuel Gonçalves
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Jonuel Gonçalves, professor, escritor e pesquisador histórico. Publicou, entre outros livros, Relato de Guerra Extrema e Atlântico Sul XXI.

 
Textos publicados pelo autor
Os luso-africanos
Descolonização, relações interétnicas e terminologia

«(...) A Senegâmbia abrange uma zona cultural importante, compreendendo os atuais SenegalGâmbia e Guiné-Bissau, com foco central na Casamance, onde contactos intercomunitários foram frequentes. Os luso-africanos mencionados por Jean Boulegue integraram-se ao longo do tempo nas sociedades da região e hoje a sua presença histórica aparece em nomes de algumas famílias, da própria Casamance (do português Casa Mansa) e, mais para norte, da localidade de Joal-la-portugaise, onde nasceu Leopold Sedar Senghor [1906-2001], principal teórico da negritude e primeiro presidente do Senegal (...).»

[Artigo do economista e escritor Jonuel Gonçalves incluído em 21 de julho de 2020 na edição eletrónica do jornal Público, à volta do colonialismo português em África, da descolonização, de relações interétnicas e da terminologia associada.]

A urgência na ratificação do Acordo Ortográfico
O caso de Angola

Em Angola, tem força a corrente de opinião que encara com muitas reservas, se é que não recusa, a adoção do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 (AO). Contrariando esta posição, o professor, escritor e pesquisador histórico Jonuel Gonçalves, em artigo publicado no dia 20 de janeiro de 2019, no Jornal de Angola, considera que o AO 90 é um instrumento de aproximação entre países, que no caso angolano traz até vantagens para o registo da toponímia e demais onomástica angolana de origem banta.  

[Vide o contraponto desta tomada de posição: "O acordo errográfico", da autoria de José Luís Mendonça.]

Adiar a entrada em vigor do acordo, às portas da sua data inicial, é diplomaticamente pouco sério, quando se trata de aplicar uma decisão do mais alto nível da CPLP

Trabalho em três instituições nas áreas de docência e pesquisa - em Angola, Brasil e Portugal - e, como as matérias são idênticas, procuro usar os mesmos textos, até porque minhas pesquisas têm incidências nas aulas. Não consigo. Em virtude das diferenças ortográficas sou obrigado a modificar os textos para cada um dos casos.

Finalmente parece ter alargado o debate sobre o Acordo Ortográfico, dezoito anos após sua assinatura. De repente, muitas entidades alarmam-se e reclamam da ausência de discussão. Com razão. Só que algumas delas — como representantes de escritores e editores no conjunto lusófono — fazem parte dos que silenciaram o assunto.