Na frase apresentada, em que é uma locução composta pela preposição em, que acompanha o pronome relativo que. Esta locução abre uma oração subordinada adjetiva relativa explicativa que tem como antecedente o constituinte «amor para connosco».
Como é sabido, uma frase que inclua uma oração relativa resulta da junção de duas frases simples, como se observa em (1), frase complexa que inclui as frases simples (2) e (3):
(1) «O livro que li é muito conhecido.»
(2) «O livro é muito conhecido.»
(3) «Eu li o livro.»
No caso da frase apresentada, a sintaxe é um pouco mais densa. Poderemos considerar que resulta da junção de duas frases como:
(4) «Deus prova o seu amor para connosco.»
(5) «Cristo morreu por nós no seu amor para connosco [sendo nós ainda pecadores].»
Acresce que da junção destas duas frases resultou também um valor explicativo associado à oração relativa, que apresenta a razão comprovativa do amor de Cristo. Talvez por essa razão seja possível encontrar outras traduções da mesma passagem que acentuam este valor explicativo, como se observa em (6):
(6) «Deus, porém, demonstra o seu amor para connosco, pelo facto de Cristo haver morrido por nós, quando ainda éramos pecadores.» (“Carta aos Romanos”, 5:8 in Bíblia Sagrada, Difusora Bíblica)