Numa perspetiva técnica e de um modo muito sintético, motivo é um elemento isolado que se pode repetir, ou não, e o padrão é a sequência de um motivo.1
Refira-se que motivo vem do latim medieval motivum (neutro), «motivo, razão», substantivação do latim tardio motīvus, a, um, «relativo ao movimento, móvel», de motum, supino2 de movēre, «mover»; contudo na aceção de «fragmento melódico ou rítmico que unifica uma composição», que é afim da que se associa ao termo empregado em design, a palavra entrou no português por via do francês motif (cf. Dicionário Houaiss). Quanto a padrão, nos sentidos genéricos de «base de comparação» e «esquema», o étimo é o latim patrōnu- de patrōnus, i, «patrono, protetor dos plebeus; advogado, defensor» e, em sentido figurado, «arrimo, apoio» (cf. idem).
1 Agradeço o esclarecimento prestado pelos designers Henrique Cayatte e Marta Teives.
2 «[O supino é uma] forma nominal do verbo latino, em -um, de sentido ativo, que se usa apenas junto a verbos que indicam movimento, como, p.ex., ire, venire etc. (fuerunt rogatum auxilium "foram pedir ajuda"), e em -u, de sentido passivo, que se emprega somente como adjunto de alguns adjetivos (spectacŭlum mirabĭle visu "espetáculo admirável de se ver")» (Dicionário Houaiss).