Velhos tropeções linguísticos que a televisão propaga
Informação relacionada sobre todas as Aberturas
Velhos tropeções linguísticos que a televisão propaga
1. Em Portugal, as notícias sobre o desvio do avião egípcio para Chipre levaram, pelo menos, a SIC a referir e escrever «"o" Chipre». Trata-se de um erro – recorrente –, porque o nome deste país não tem artigo definido; deve, portanto, dizer-se ou escrever-se «para Chipre», «em Chipre», «de Chipre» ou simplesmente «Chipre». Entre respostas e artigos em arquivo no Ciberdúvidas, recomendamos a (re)leitura de «Em Chipre», e não «no Chipre», "O" Chipre, Morra o Chipre, viva Chipre, Pobre...
Saber português é cultura
1. Regressam as atualizações do consultório para novos esclarecimentos sobre aspetos do uso da língua: o mesmo vocábulo pode ter significados diferentes? O hífen de prova-modelo é obrigatório? Que forma tem o imperativo do verbo proteger na 2.ª pessoa do plural? E como se pluraliza guarda-noturno?
2. Sinal da sua vitalidade como veículo de comunicação e cultura será a capacidade de o português captar o...
Páscoa ou primavera, sempre em português
1. Como anunciado, a atividade do consultório tem uma pequena pausa durante os dias de Páscoa*, ficando desativado o formulário para envio de perguntas (para outros assuntos que não o esclarecimento de dúvidas, agradecemos que o contacto seja feito por aqui). Enquanto se aguarda o regresso das atualizações já em 28 de março p. f., ficam disponíveis para consulta todas as respostas e os artigos que constituem o vasto e variado arquivo do Ciberdúvidas – sempre a respeito da língua portuguesa. Por isso, a...
O consultório regressa depois da Páscoa, em 28 de março
1. Durante o período da Páscoa, o consultório faz uma pausa, e fica desativado o formulário para envio de perguntas. Apesar disso, as atualizações regulares já têm regresso marcado para 28 de março p. f. Como sempre, além de não deixarmos de pôr em linha conteúdos que ainda aguardam divulgação, continuaremos a acompanhar no espaço mediático, para a selecionar e disponibilizar nas nossas diferentes rubricas, a atualidade que diga respeito à língua portuguesa nas suas múltiplas...
Para escrever corretamente «a fim de» e o substantivo contacto
1. No Pelourinho, detetam-se dois erros com temporalidades diferentes. Um é bem antigo, devolvendo-nos à época em que a preocupação não eram os anglicismos, mas, sim, os numerosos galicismos que saturavam o discurso. Um texto de Filipe Carvalho capta um eco desses tempos na atualidade: a troca ainda insistente da locução «a fim de» pela forma incorreta «"afim" de». Outra confusão é bem recente e, em Portugal, decorre de uma generalização apressada, segundo a qual qualquer c antes de...
Um uso literário vicentino e o latinismo vale
1. Começando no século XVI, uma pergunta disponível no consultório foca a função literária que o chamado pai do teatro em língua portuguesa, Gil Vicente, deu ao grupo preposicional «à barca» no Auto da Barca do Inferno (1517)*. Já que se fala do período do Renascimento, uma outra questão aborda o curioso latinismo vale, que, em português clássico e não só, ocorre por vezes a encerrar os textos. Segue-se um salto até à atualidade, para abordar o funcionamento da língua oral e escrita: é...
A ortografia, de ontem para hoje
1. Em Portugal, encontramos por vezes espaços cujo nome é ou inclui a palavra "páteo". Representará esta forma alguma coisa muito diferente da que pátio significa e refere? Parece que não... Então, porque ocorrerá ela como denominação de lojas e espaços de lazer? Indo ao encontro desta questão, uma das novas respostas do consultório sonda o passado de "páteo" para entender as motivações do seu uso presente*. A história da língua vem igualmente a propósito no esclarecimento de...
A língua entre a formalidade e a informalidade
1. Deverão as regras e os critérios da língua culta impor-se a tudo o que se diz? Se a resposta é afirmativa e categórica, as variantes fora da norma-padrão estarão sempre incorretas: qualquer regionalismo será uma tremenda asneira, quaisquer vocábulos ou giros populares têm de ser erradicados. Porém, como tudo em sociedade, há ocasiões para marcar solenidade ou distanciamento na comunicação, enquanto, entre amigos, em família, na intimidade, as liberdades na atitude e no trato se repercutem e fixam...
Conectores, regionalismos, interjeições e estrangeirismos
1. Três novas perguntas preenchem a atualização do consultório:
– A expressão «por isso» é uma locução conjuntiva, ou um conector?
– O que significa o verbo acadar, que se emprega em certas regiões do Norte de Portugal?
– A forma verbal agarra é também uma interjeição?
2. Na rubrica Acordo Ortográfico, (subtema Critérios a rever – propostas e sugestões*) um artigo do consultor D'Silvas Filho propõe alguns critérios...
Passado e presente da mudança na língua de Camões
1. No consultório, a atualização deste dia foca a mudança de palavras e expressões no passado e no presente:
– Como é que, do ponto de vista semântico, a palavra cumprimento pôde passar a ocorrer como fórmula de despedida – «cumprimentos» – no discurso mais formal, sobretudo em mensagens escritas?
– Porque terá Camilo Castelo Branco (1825-1890) classificado como galicismo certo uso do verbo comprometer?
– Para referir a reação de embaraço que em nós...
