1. O Brasil passou a aplicar plenamente o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa a partir de 1 de janeiro de 2016, pondo assim termo ao período de transição que começara em 2009 e durante o qual coexistiram a norma mais antiga – a do Formulário Ortográfico de 1943 – e as novas regras. A este assunto dedicou a TV Globo uma reportagem que está também disponível na rubrica Acordo Ortográfico.
2. Como anunciado, o consultório regressa às atualizações trissemanais para neste dia evidenciar a mestria do Padre António Vieira (1608-1697) no uso da interrogação retórica, descrever o comportamento do numeral milhão e analisar a formação de inúmero. Em O nosso idioma, a propriedade vocabular é o tema em foco numa crónica do professor e jornalista angolano Edno Pimentel, que mostra como a confusão entre convite e bilhete é também um problema de honestidade. Por último, no Correio, um consulente retoma o debate sobre a definição da norma linguística: o que é o erro? Que limites devem ter a variação e a mudança da língua?
3. Igualmente neste dia, em cerimónia realizada na Biblioteca Municipal José Saramago, em Loures (Portugal), anunciou-se (ler notícia) que refugiado é a Palavra do Ano de 2015, escolhida entre as dez de uma lista que a Porto Editora pusera em linha em dezembro passado, para votação pública. Além da vencedora, contavam-se as seguintes opções: terrorismo (17% das escolhas), acolhimento (16%), esquerda (8%), drone (7%), plafonamento (6%), «bastão de selfie» (5%), festivaleiro (4%), superalimento (3%) e privatização (3%). Sobre refugiado, podem ler-se no Ciberdúvidas: "A noção jurídica de refugiado", "Refugiados, e não migrantes", "O significado de migrante".