«Das naus as velas côncavas inchando» – trata-se de uma anástrofe, pois «a anástrofe consiste na colocação do complemento do nome antes do nome ou do complemento direto antes do verbo» [Figueiredo, Eunice Barbieri & Figueiredo, Olívia Maria (1998). Itinerário Gramatical. Porto. Porto Editora, p. 160].
«A ver os berços onde nasce o dia» – será de uma metáfora, uma vez que se compara o nascimento do dia ao nascimento de uma criança e, daí, se apresentar o termo berços [«Na metáfora, a comparação não se faz através de partícula comparativa; há como que uma associação ou sobreposição do nome de duas coisas ou de duas ideias diferentes, mas entre as quais há certas semelhanças. É, por assim dizer, uma comparação abreviada.l» In Ferreira, A. Gomes & Figueiredo, J. Nunes. (s.d.). Compêndio de Gramática Portuguesa. Porto. Porto Editora, p. 85].
«Eternos moradores do reluzente» – considera-se uma perífrase, porque se utiliza um conjunto de termos para se referir aos deuses do Olimpo [«normalmente acompanhada de outras figuras de estilo, como a metáfora e a antonomásia – que emprega várias palavras ou expressões para designar o que poderia ser nomeado por poucas ou apenas uma.» In Barros, Vítor Fernando (2011). Gramática da Língua Portuguesa. Âncora Editora, p. 288].