O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
Génio
Usos e abusos da palavra, a propósito da morte de Agustina Bessa-Luís (1922-2019)

É o que, por regra, se chama a alguém que, em vida, se tenha sobressaído  por uma qualquer «aptidão  excecional para determinada atividade, principalmente se relacionada com o intelecto». O termo – quantas vezes, também, aplicada a «artistas de importância limitada, ou até a entidades medíocres que adquiriram proeminência em atividades de negócios»... – emergiu, de novo, nos comentários ao falecimento da escritora portuguesa Agustina Bessa-Luís (1922 – 2019). É o que observa o jornalista Luís M. Faria neste apontamento publicado na Revista do semanário Expresso do dia 8 de junho de 2019, esmiuçando a respetiva origem e evolução semântica, desde a expressão «mau génio» até aos aos clichês «génio incompreendido» e «génio maligno».

 

 

Quando a Língua Portuguesa encontrou Homero e a Ilíada
O contributo lexical das traduções do grego nos séculos XVIII e XIX

Ensaio da investigadora brasileira Tâmara Kovacs sobre o contributo das traduções da obra de Homero para a evolução do léxico em Portugal e no Brasil, nos finais do século XVIII e ao longo do século XIX.

 

Na imagem, Irís ordena a Príamo que vá resgatar o corpo de Heitor (1796 dC - 1807 dC), de Domingos António de Sequeira (1768-1837). Fonte: MatrizPix.

Nossa Língua Portuguesa, a língua da poesia
De D. Dinis à lírica de Camões, até à poesia de Cecília Meirelles e de Sophia de Mello Breyner

«Última flor de Lácio», que nasceu «inculta e bela», última a se desgarrar da saia da mãe Latim, era considerada, em seus primórdios, uma língua inferior, popularesca, rústica e menor que sua irmã espanhola, recorda neste ensaio* professora universitária brasileira Adrienne Kátia Savazoni Morelato. «Mal sabia o mundo que as pessoas nascidas naquela região cantavam em vez de falar ou contar»...

 

* transcrito, com a devida vénia, do jornal digital Tornado, do dia 9 de junho de 2019.

«
Palavras que se atraem

Alguns erros ortográficos ficam a dever-se à interferência da oralidade no sistema escrito. Grafias erradas como concerteza, benvindo ou embaixo poderão encontrar neste facto a sua justificação, como explica a professora Carla Marques.

Por uma irmandade da língua
No espaço pluricontinental onde o português convive com outros idiomas locais

«A língua portuguesa é uma construção conjunta de todos aqueles que a falam — e é assim desde há séculos», escreve neste artigo, dado à estampa no semanário Expresso do dia 1 de junho de 2019, o jornalista e  escritor angolano José Eduardo Agualusa. «A minha língua — aquela de que me sirvo para escrever —, não se restringe às fronteiras de Angola, de Portugal ou do Brasil. A minha língua é a soma de todas as suas variantes. É plural e democrática.»

 

O euroléxico de A a Z
A terminologia das eleições para o Parlamento Europeu

Europeístas versus eurocéticos – e ainda os que nada querem com a União Europeia, defendendo a saída dos respetivos países do espaço comunitário dos atuais 28 Estados-membros –, social-democrata, extrema-direita, neoliberal, cristão-liberal,  ultraliberal e populismo(s); ou ainda, os neologismos de mais recente criação: MayexitDexit,  Frexit, Nexitbrexiteiros. Alguns dos termos mais falados e escritos no decurso das eleições para o Parlamento Europeu, realizadas entre 23 e  26 de maio p.p.

Avaliar o caráter com nacionalidades
As perceções linguísticas associadas a nacionalidades e etnias

«O contacto com outros povos propiciou a consolidação de perceções relativas às diferentes nacionalidades raças e etnias com as quais os portugueses foram convivendo», escreve a professora Carla Marques, num apontamento em que  recorda os muitos sentidos associados às palavras que designam nacionalidades ou etnias.

Será desconhecimento? Será descaso?
A falta de padronização da toponímia em português

A padronização dos nomes geográficos é uma tarefa valorizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), que, para isso, promoveu a realização, de 29 de abril a 3 de maio p.p., da 1.ª sessão do Grupo de Especialistas em Nomes Geográficos das Nações Unidas (UNGEGN). Este encontro também contou com a presença da Divisão dos Países de Língua Portuguesa em Nomes Geográficos (DPLPng), para a qual o Brasil e Moçambique têm dado importantes contributos. Estranha-se, contudo, a inatividade de Portugal e de outros países de língua portuguesa, de modo a capacitar a língua portuguesa a enfrentar a sua internacionalização também no domínio da toponímia. Desta situação preocupante dá conta a linguista Margarita Correia, professora universitária e investigadora do Centro de Estudos de Linguística Geral e Aplicada da Universidade de Coimbra (CELGA-ILTEC), em artigo  publicado no Diário de Notícias no dia  25 de maio de 2019.

O tamanho da língua
História e variedades geográficas do português

Jornalistas do jornal brasileiro Folha de S. Paulo percorreram Portugal e Moçambique, além de diversas regiões do Brasil, para mostrar a riqueza das expressões da língua portuguesa, a sétima mais falada do mundo.

Os episódios completos da série O Tamanho da Língua, aqui.

Uma redundância a menos
História das palavras e sistemas de informação

A imprescindibilidade de um sistema de redundância, no centro das negociações entre o Estado português e a parceria público-privada SIRESP (Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal), cria um paradoxo linguístico só resolvido pelo esclarecimento da evolução do adjetivo redundante. Texto publicado com o título "Redundância" na "Revista" do semanário português Expresso  do dia 18 de maio de 2019.