A intervenção de um advogado envolvido no caso das gémeas, que tem feito correr tinta mediática em Portugal, foi o contexto de um uso de alienígena pouco habitual na comunicação social portuguesa. O comentário de Paulo J. S. Barata.
A intervenção de um advogado envolvido no caso das gémeas, que tem feito correr tinta mediática em Portugal, foi o contexto de um uso de alienígena pouco habitual na comunicação social portuguesa. O comentário de Paulo J. S. Barata.
A consultora Sara Mourato explora, neste texto, a variedade de denominações e significados associados ao dicionário, desde termos como calepino até sinónimos como desmancha-dúvidas, pai dos burros e tesouro.
Numa ementa lê-se «sardinhas grelhadas», o que suscita interrogações e dúvidas, porque a expressão corrente é «sardinhas assadas». Este é o mote do apontamento do consultor Carlos Rocha sobre as relações entre verbos grelhar e assar no tocante a preparar sardinhas, carapaus ou bacalhau.
Descolonização, militância, reforma agrária, retornado ou saneamentos foram, entre tantas outras, as novas palavras e expressões mais marcantes da primeira década da restauração da democracia em Portugal e decorrentes de toda uma realidade sociopolítica diametralmente oposta ao que se vivera até então. 50 anos transcorridos, o que vai prevalecendo atualmente no espaço político-mediático nacional são mais os modismos e... alguns (escusados) tropeções gramaticais.
O jornalista José Mário Costa, cofundador do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, faz um balanço dos usos lexicais que refletiram modas e momentos críticos do meio século de democracia em Portugal.
«Há palavras que se encontram numa situação crítica. Algumas só sobrevivem graças a provérbios ou expressões idiomáticas, que funcionam como última reserva, santuário, onde essas palavras ainda encontram espaço para respirar.»
O diagnóstico é do tradutor Gonçalo Puga neste artigo incluído no jornal Público em 27 de janeiro de 2015 e aqui transcrito com a devida vénia. Mantém-se a ortografia de 1945, seguida pelo autor.
A propósito das sondagens pré-eleitorais em Portugal que têm ocupado uma posição central nas discussões públicas antes das eleições legislativas de 10 de março p.f. a consultora Sara Mourato dá conta da origem e do significado do substantivo feminino sondagem.
«A evolução fez-nos perder as vantagens de ser macaco, por muito que determinadas expressões populares como “sorte macaca” ou “morte macaca” nos queiram convencer do contrário» – comenta o escritor português Bruno Vieira Almeida à volta do uso idiomático de macaco, no contexto da detenção, em 31 de janeiro de 2024, de Fernando Madureira, por alcunha "(o) Macaco" e líder dos Super Dragões, claque do Futebol Clube do Porto (ler pormenores no Correio da Manhã).
Crónica aqui transcrita com a devida vénia do semanário Expresso em 2 de fevereiro de 2024.
Crédito da imagem:
«De forma estrita e literal, epistemicídio refere-se à "morte do conhecimento"» – refere o consultor Paulo J. S. Barata sobre o uso de epistemicídio por uma política portuguesa.
Na expressão «almoços e jantares de valor não despiciendo», qual o significado do adjetivo despiciendo? O assunto dá matéria ao apontamento da professora Carla Marques.
(Incluído no programa Páginas de Português, na Antena 2, no dia 3 de dezembro de 2023)
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