João Pedro George - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
João Pedro George
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Dicionário Sério de Calão, Javardice e Alarvidades
Por João Pedro George

O Dicionário Sério de Calão, Javardices e Alarvidades é uma obra da autoria de João Pedro George, sociólogo, crítico literário, escritor, tradutor e professor universitário. Publicado pela editora Guerra e Paz em maio de 2024, o livro, como o título sugere, é um dicionário que «reúne as palavras mais javardas, mais fora das marcas, mais completamente grosseiras, mais inconvenientes e indecentes» (pág. 11) que o leitor já encontrou, como por exemplo: corno manso; monstrengo; passaroca; carocho; ir às gatas1; chamuça2; lelo, entre outros.

O dicionário divide-se em 10 secções, e, em cada uma delas, organiza-se alfabeticamente «o calão mais cru, mais directo, mais vulgar e mais escancarado que se conhece» (pág. 11). São elas: (1) «Alarvidades, javardices e boçalidades»; (2) «Bêbedos, bem regados e copofónicos»; (3) «Drogas, drogados e speedados»; (4) «Prostitutas, bordéis e chulos»; (5) «Gatunagem, bandidos e vigaristas»; (6) «Fado, fadista e fadistagem»; (7) «Política, politiqueiros e politiquices»; (8) «Racismo, xenofobia e arroz chau-chau»; (9) «Alforrecas, cabeças de nabo e araújos»; (10) «Gays, borboletas e camionistas».  

Ao leitor mais sensível não é aconselhado a leitura desta obra, pois encontrará uma linguagem em estado bruto, irónica e desapiedada, mas, de acordo com o autor, na introdução da mesma, este dicionário constitui um «repositório fundamental e indiscutível do nosso património linguístico e sociológico. E se muitas destas palavras e expressões são recriminadas pela consciência atual e têm hoje uma carga ainda mais negativa, elas são cruciais para qualquer entendimento das dinâmicas de classe e de género» (pág....

(Entre parênteses)
Tidos como próteses de frases, ou cápsulas de informação

Neste  terceiro artigo sobre a pontuação* – cf. Psicologia da pontuação + A arte da respiração –, o escritor e sociólogo português João Pedro George debruça-se sobre os parênteses, lembrando  o uso que lhe deram, por exemplo,  DostoiévskiVirginia Woolf William FaulknerRaymond ChandlerErnest Hemingway ou Pablo Neruda. Ou, também, António Lobo Antunes e José Saramago. Em sentido oposto, Mark Twain  que os detestava, considera mesmo «uma das doenças da literatura norte-americana».... 

* in revista Sábado do dia 12 de agosto de 2021. 

Psicologia da pontuação

«Todos os sinais de pontuação podem ser explicados pela psicologia e pela fisiologia» escreve (e justifica) o escritor e sociólogo português João Pedro George, publicado originalmente na revista Sábado do dia 5 de agosto de 2021. O segundo sobre este mesmo tema.

A arte da respiração
Dos erros ortográficos à pontuação
Artigo* do autor sobre quantos, na sua opinião, «olham para o português apenas a partir de Portugal e o convertem num objecto de culto (para esses, o português de Portugal deveria manter-se inalterável através dos séculos, como no tempo das danças religiosas medievais)». 

 

*in revista Sábado de 1 de agosto de 2021, escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

 

 
Estalo de génio
Curiosos nomes de pequenas e médias empresas portuguesas

A originalidade do nome de pequenas e médias empresas em Portugal motiva uma crónica* do sociólogo e crítico literário João Pedro George, que conclui que, em Portugal, «a poesia está em tudo».

 

in revista Sábado, de 27 de junho de 2021.