Eduardo Prado Coelho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Eduardo Prado Coelho
Eduardo Prado Coelho
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Eduardo Prado Coelho (Lisboa, 1944 - Lisboa, 2007), professor universitário, doutorado em Teoria da Literatura, entre as suas obras encontram-se: O Reino Flutuante (1972), A Letra Litoral (1978), Os Universos da Crítica: Paradigmas nos Estudos Literários (1987), O Cálculo das Sombras (1997). Recebeu o Grande Prémio de Literatura Biográfica da Associação Portuguesa de Escritores em 1994 com o livro Tudo o Que não Escrevi I e II. Escrevia uma crónica diária no jornal Público, pela qual lhe foi atribuído o Prémio João Carreira Bom 2003.

 
Textos publicados pelo autor

Lembram-se da questão da TLEBS? Aparentemente, deixou de se falar nela, apesar de se reconhecer que houve inúmeras reacções, umas tempestivas, algumas intempestivas. A tendência do Ministério da Educação foi considerar que havia outros problemas mais importantes e que era melhor deixar o assunto para a comunidade científica. Esta comunidade entrou em polémica muito viva nos jornais e na televisão, contando-se aos pontos as vantagens de ambos...

Depois da tomada de posição de Morais Barbosa (mas este é ainda um linguista de formação estrutural), tivemos no “Expresso” um texto de João Peres sobre a avaliação científica da TLEBS. João Peres é um ilustre professor catedrático da Faculdade de Letras e tem a enorme vantagem de ser um pós-chomskiano, e se integrar na mesma tendência dos autores da TLEBS. Por isso as suas críticas vêm de dentro e põem claramente em causa o ...

Helena Soares, doutoranda em Linguística Portuguesa, enviou para o correio do “Público” uma carta que me é dirigida.

Pergunta-me onde podemos encontrar esse amplo movimento de opinião contra a TLEBS (Terminologia Linguística para os Ensinos Básicos e Superior). Diz que contou apenas meia dúzia de reacções. Vejo que sabe de línguas, mas não de números. Eu contei muito mais. Não sei se são altas autoridades que "têm cáte...

 

O fio do horizonte.

Ainda acreditamos na verdade porque ainda acreditamos na gramática” (estou a citar de memória) – foi mais ou menos isto o que disse o filósofo, numa formulação ambivalente: pode ser a favor da verdade e da gramática, ou contra a verdade e a gramática. A perspectiva de Nietsche é contra.

Já por várias vezes me interroguei nesta crónica: para que serve a CPLP? Como é óbvio, não tenho a menor má vontade. Contra uma instituição? É portanto uma interrogação feita de boa-fé. Para que serve? No Brasil, ninguém sabe o que seja. Uma aluna que esteve presente no congresso da AULP em Macau (projecto generoso e bem intencionado) afirmava que em vários anos de curso nunca ninguém lhe falara na CPLP. Mas basta conversar com qualquer brasileiro ligado à promoção da cultura portuguesa para com...