José Luís Mendonça - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
José Luís Mendonça
José Luís Mendonça
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Jornalista, escritor e poeta angolano. Membro da União de Escritores Angolanos desde 1984, autor, entre outras obras, de Chuva Novembrina, Gíria de Cacimbo, Logaríntimos da alma, Poemas de amar e Ngoma do Negro Metal.

 
Textos publicados pelo autor
Somos felizes com o português?
Uma proposta angolana a propósito do Relatório de Felicidade Mundial 2022

«A inspiração para forjar este discurso sobre a relação entre felicidade e língua(s) nasceu da leitura na Internet de um resumo do Relatório de Felicidade Mundial 2022 (World Hapiness Report 2022), elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU).» 

Texto da palestra que o escritor José Luís Mendonça proferiu em 11 de maio de 2022 no encontro "Literatura, Arte, Projecto" e que gentilmente em 16 de maio de 2022 cedeu para divulgação nestas páginas. Mantém-se a ortografia de 1945, adotada pelo autor.

O acordo errográfico
A questão da norma do português em Angola

A situação linguística de Angola revela especificidades que inviabilizam a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, daí que, em vez de o discutir constantemente, o melhor será pensar primeiro em definir uma norma angolana da língua portuguesa, capaz de ser ensinada nas escolas e usada pela administração. Tal é a posição que o jornalista e escritor José Luís Mendonça defende no artigo que assinou em 18/06/2019 no Jornal de Angola.

 

[vide o contraponto a esta tomada de posição: "A urgência na ratificação do Acordo Ortográfico", da autoria de Jonuel Gonçalves.]

 

Na imagem, a serra da Leba e a estrada sinuosa que a percorre (província de Huíla, Angola).

Lusofonia: um conceito operativo
O estatuto do português nos países africanos de língua oficial portuguesa

Discordando da promoção do uso extensivo das línguas nacionais nos países africanos de língua oficial portuguesa, o jornalista angolano José Luís Mendonça defende a ideia de Lusofonia, considerando que a língua portuguesa deve manter o estatuto de língua principal nesses Estados, entre eles, Angola e Moçambique, a bem da unidade dos mesmos.

Língua e segurança nacional em Angola

«(...) O chamado português de Angola, uma versão da língua-padrão, não pode ignorar o ensino da gramática. Se se adoptar essa versão – que eu não acredito que esteja histórica e geograficamente consolidada em Angola – mesmo assim, se, depois de adoptada oficialmente, o ensino primário continuar como está, não resolveremos o problema da proficiência linguística desse pretenso português de Angola», escreve neste texto o escritor e jornalista angolano José Luís Mendonça*, à volta do português usado nas escolas, na administração, nas empresas ou na comunicação mediática do seu país, em que traça um quadro bem preocupante: «A versão popular, que eu chamo de portungolano, pode ser usada na rua, nos corredores da escola, no seio da família e no discurso literário, mas, na sala de aula, na burocracia do Estado e das empresas privadas e no noticiário da TPA é o português oficial que deve servir de veículo da comunicação. Sem concessões de espécie alguma. O resto são balelas para adormecer incautos e para alguns licenciados se vangloriarem com teses mal concebidas. (...)»

disponível no blogue da Associação Internacional dos Colóquios da Lusofonia (AICL)